F1: Relação entre pilotos e FIA está mais tensa
A relação entre os pilotos de Fórmula 1 e a FIA parece ter sofrido bastante e está cada vez mais distante, tendo como ponto de partida para este afastamento as decisões tomadas pela entidade federativa e que são consideradas inconsistentes por quem compete em pista. Além disso, o tema dos limites de pista é fraturante entre as partes, considerando a FIA que tenta fazer cumprir, dando ao mesmo tempo alguma margem aos pilotos, enquanto estes não gostaram que por duas vezes tenham havido alterações durante os Grandes Prémios, além da alegada falta de provas suficientes para penalizar em Austin, porque as câmaras de controlo estavam mal colocadas.
Voltando ao assunto dos limites de pista em Austin: os pilotos terão feito saber à FIA que não pode haver uma falha tão grande e que permita que exista um número tão elevado de infrações cometidas sem que existam provas suficientes para que o Colégio de Comissários Desportivos possa penalizar. Há relatos que Sergio Pérez terá passado 26 vezes para além do limite da pista definido no Circuito das Américas, com os seus adversários a verem em pista isso acontecer, mas não havendo qualquer penalização porque os comissários estavam às “cegas” com as câmaras exteriores e as imagens onboard não eram suficientemente esclarecedoras dos factos.
Isso levou a esfriar mais evidente da relação dos pilotos com a FIA e que atingiu um novo nível quando apenas 8 pilotos e responsáveis de equipa se apresentaram na reunião organizada por Garry Connelly, comissário desportivo da FIA. Segundo o Auto Motor und Sport, Connelly terá endereçado um convite a todos os pilotos e chefes de equipa para discutirem abertamente o tema da inconsistência das decisões do CCD, cujos elementos vão mudando de prova para prova. Além disso, existe a possibilidade dos comissários poderem passar a penalizar mais duramente os incidentes em corrida.
Há casos que não são avaliados da mesma forma pelo CCD e os pilotos querem que isso mude, tendo também já falado sobre penalizações mais duras, que não compense quem comete a infração. Por exemplo, num caso de acidente entre dois pilotos, com responsabilidade de um deles e que o outro seja obrigado a desistir. Normalmente, haverá uma penalização de alguns segundos, mas que em alguns casos compensa quem comete a infração.
O pequeno grupo de pilotos e chefes de equipa que se reuniram com Connelly na quinta-feira passada no México terá concordado com penalizações mais duras. Fala-se de poderem existir penalizações de 10 e 20 segundos por incidente, podendo ainda ser criada uma nova sanção para casos mais graves. Ainda ninguém sabe muito bem, mas poderá dar-se o caso do piloto que comete uma infração grave possa perder uma ou duas posições. Fica a dúvida se na classificação da corrida onde é cometida a infração ou se em lugares na grelha da próxima.
Foto: Philippe NANCHINO/MPSA
Nao comparecer de todo em reuniões importantes como esta que visa criar plataformas de entendimento acho um erro.