F1: Racing Bulls brilham nos treinos, mas saem de mãos a abanar na corrida

Deceção para os Racing Bulls: Tsunoda falha estratégia por culpa da equipa e Hadjar abandona na volta de lançamento

Depois de se terem visto dois carros com bom ritmo nos treinos, os Racing Bulls nada levaram de pontos da corrida depois de Yuki Tsunoda ter sido 12º e Isack Hadjar ter abandonado…na volta de lançamento.

O quinto posto de Yuki Tsunoda na grelha foi muito bom, mas não conseguir pontuar na corrida porque foi demasiado tarde às boxes colocar pneus intermédios. Já Isack Hadjar teve um ‘choque de realidade’ quase injusto, como muitas vezes é a F1, porque bater na volta de lançamento é muito mau, mas nada que não tenha sucedido a Max Verstappen, no GP da Hungria de 2020, que também bateu na volta, não de formação da grelha para o arranque da corrida, mas na formação da grelha, com os mecânicos a conseguirem reparar o carro a tempo da corrida. Neste caso, Hadjar bateu forte na volta de lançamento e interrompeu os procedimentos de partida.

A verdade é que os Racing Bulls andaram bem nos treinos, vamos ver na China.

Quanto à corrida de Tsunoda, partiu da P5, manteve-se em sexto durante grande parte da corrida, mas a sua decisão de não colocar intermédios no final da corrida custou-lhe a oportunidade de ganhar pontos. Saiu em P11 e não conseguiu recuperar para o top 10 no final, num final dececionante.

Para Laurent Mekies, Diretor da Equipa: “Foi um final dececionante para o que tinha sido um fim de semana muito forte até à corrida. Ficar em P5 e P11 na grelha foi uma recompensa por todo o trabalho árduo durante o inverno.

No geral, ambos os pilotos fizeram um trabalho incrível, com o Yuki a dar mais um passo em frente e o Isack a adotar uma abordagem irrepreensível. É evidente que o plantel está ainda mais disputado do que no ano passado, mas estamos definitivamente na luta.

Quanto à corrida, Yuki estava a ter um desempenho muito forte até ao regresso da chuva. Não há onde nos escondermos, enganámo-nos na nossa última decisão e isso custou-nos muito caro.

Por isso, pedimos desculpa ao Yuki; a aposta de o deixar em pista não compensou, mas faz parte da dureza do desporto automóvel. Só há uma maneira de melhorar, trabalhando mais em conjunto como equipa e voltando mais fortes. Quanto a Isack, vai aprender com isto e transformar a sua frustração numa boa energia para a próxima corrida. Estaremos aqui para o apoiar nos próximos dias antes de Xangai e não deixaremos que esta situação ensombre os aspetos positivos que podemos retirar deste fim de semana.”

Yuki Tsunoda, 12º: “O timing da box não nos correu bem hoje, foi demasiado tarde e de repente caí para P11 depois do Safety Car. O ritmo estava lá e não cometemos muitos erros, até à última gota de chuva. Fiz o que pude, fiquei bastante satisfeito com o meu desempenho. Vamos certamente rever o que aconteceu e aprender com isto para o futuro. Temos de nos certificar de que não cometemos os mesmos erros, especialmente com a concorrência tão apertada este ano, cada ponto é muito importante. Não é o ideal, mas podemos tirar muitos pontos positivos deste fim de semana; tivemos ritmo e se conseguirmos maximizar o desempenho, podemos ter um bom fim de semana de corrida, só temos de continuar a ter este tipo de desempenho e voltar fortes.”

Isack Hadjar, DNS: “Sinto-me envergonhado hoje e só posso aprender com o meu erro e pedir desculpa à equipa. As condições eram difíceis e, desde as voltas de instalação, senti uma aderência muito baixa e pouca confiança. Na volta de formação, tentei preparar os pneus o mais possível, mas, infelizmente, tive um pião e o carro não tinha salvação; senti-me como um passageiro antes de bater no muro. Agora estou a pensar em estar pronto para a corrida na China na próxima semana.”