F1: Planos alterados para o resto da temporada após cancelamento de Imola
Pouco há de positivo a retirar do cancelamento do Grande Prémio de Emilia-Romagna em Fórmula 1. Esta situação só ocorreu porque nessa região de Itália que dá nome à prova abateu-se um desastre sobre quem lá vive. Destruição, caos e morte resultam das condições meteorológicas adversas que se ainda se sentem na região e que impedem o mundo de falar e ver os pilotos de Fórmula 1 a competirem num traçado com muita história na competição.
Ainda assim, não havendo competição este fim de semana, há quem esteja a fazer contas à vida e a planear o que se vai suceder daqui para a frente.
Em Imola as equipas prometiam apresentar as atualizações para o desenvolvimento dos monolugares, algumas que se esperam poder acrescentar mais alguns condimentos à luta pelas vitórias em corrida e talvez, até mesmo na liderança do campeonato. Depois do domínio absoluto nas cinco primeiras provas do ano, a Red Bull esperava que no Circuito Enzo e Dino Ferrari os monolugares de Mercedes e Ferrari estivessem mais próximos do RB19 e a dar luta ao Aston Martin AMR23, sinal que tinham encurtado a diferença para Max Verstappen e Sergio Pérez.
Adiando a introdução dos desenvolvimentos, a maioria das equipas não o deve fazer na próxima ronda, no circuito citadino do Mónaco, esperando por Barcelona para mostrar os novos componentes, apesar da Mercedes avisar que o faz nas ruas do Principado. Com maior probabilidade de acidentes e de ter de montar novas peças, logo veremos se não foi um risco desnecessário que a equipa de Brackley tomou.
Com o cancelamento desta ronda, o calendário fica mais curto, voltando a ter na prática o mesmo número da temporada passada. Logo, as equipas têm menos uma corrida para colocar sob pressão os componentes das unidades motrizes, numa altura em que a FIA já tinha acordado o aumento da alocação de motores de combustão interna, MGU-H, MGU-K e turbo para o resto da temporada.
Também o teste do novo sistema de qualificação, que levantou muitas dúvidas aos pilotos pelo facto da Q1 – no momento em que estariam os 20 carros em pista – ter que ser realizada com pneus duros, ficou sem efeito após o cancelamento do Grande Prémio. A Pirelli tinha confirmado que iria anunciar um segundo teste mais tarde. Veremos se conseguem realizar dois testes ou se apenas um.
20 carros é no Q1, no Q3 são apenas 10
Corrigiram.