F1: Pilotos avisam que carro de 2026 “continua a ser pesado”

Por a 7 Junho 2024 16:00

A FIA revelou o novo regulamento técnico para os chassis que entrará em vigor em 2026. As novas regras exigem que cada equipa conceba um carro com menores dimensões e com uma redução de peso mínima de 30 kg, mas alguns pilotos duvidam que isso possa acontecer. 

“São apenas 30 quilos, o que significa que vamos na direção certa, mas continua a ser [um carro] pesado”, reagiu Lewis Hamilton, acrescentando o piloto da Mercedes que em conversas “com alguns pilotos que conduziram no simulador e disseram-me ser bastante lento. Por isso, veremos se é a direção certa ou não, mas penso que em termos de sustentabilidade, particularmente no que diz respeito à unidade motriz, penso que é um passo muito arrojado e penso que vai na direção certa.”

Os monolugares também terão uma solução para ultrapassagens e aerodinâmica ativa para substituir o atual sistema DRS, tendo sido revelado ainda que a resistência aerodinâmica será reduzida em mais de metade e a força descendente sofrerá uma redução de aproximadamente 30%.

Por isso, Carlos Sainz espera que “este caminho e também com o botão de ultrapassagem, não nos afastemos do bom desporto que temos conseguido mostrar nos últimos anos”, enquanto Max Verstappen expressou ceticismo relativamente ao novo regulamento, acreditando que as asas móveis e o impulso para ultrapassagem são compromissos óbvios necessários para as unidades motrizes radicalmente novas.

“Tornou-se claro que é necessária a aerodinâmica ativa, porque, caso contrário, o piloto poderia ficar sem energia elétrica antes de completar a volta”, disse o neerlandês. “Mas eu entendo que a FIA queria atrair mais fabricantes, e uma mudança nos regulamentos era essencial para isso.”

Também Fernando Alonso lançou dúvidas sobre a viabilidade das equipas conseguirem produzir carros 30 kg mais leves do que os modelos atuais, mas, ao mesmo tempo, Verstappen recordou que “alguns carros já têm peso a mais. Preferia que fossem 100-150 quilos mais leves, mas com estes motores híbridos isso é pura ilusão.”

Recordamos que ainda antes de conhecidos os planos para o novo regulemento, James Vowles manifestou o seu ceticismo relativamente à capacidade de qualquer equipa de Fórmula 1 em produzir um monolugar perto do novo limite mínimo de peso estabelecido para a temporada de 2026. 

Para Fernando Alonso, o regulamento técnico dos novos monolugares, e algumas das inovações foram apresentadas, são o resultado de uma compensação para “os objetivos demasiado ambiciosos que os fabricantes de unidades motrizes estão a tentar alcançar”, acrescentando o piloto espanhol são precisas mais lutas e “mais vencedores. Não queremos que alguém domine durante três ou quatro anos seguidos. Esta é a única coisa que falta à Fórmula 1.”

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