F1: O que está em causa com o protesto à Racing Point?
A Renault protestou a legalidade do Racing Point RP20, pois entende que a equipa de Silverstone está a utilizar peças copiadas da Mercedes, que são “peças listadas”, ou seja não podem ser utilizadas por outra equipa. Esses são o tipo de componentes que cada equipa tem que desenhar e construir a sua . Mas a Renault protestou especificamente os dutos dos travões, uma peça que este ano passou a fazer parte das tais peças listadas, e tendo em conta que um protesto não pode ser feito em termos globais, ou seja a Renault não pode dizer simplesmente que o carro foi copiado, tem que dizer o quê, daí ter protestado os dutos, provavelmente porque são uma peça quase impossível de replicar através de fotos, e se o RP20 tiver dutos iguais ao Mercedes W10 é gato escondido com o rabo de fora.
Logicamente que não será fácil para a Renault provar algo, mas a FIA pode lá chegar. Os desenhos da peça têm que ter uma origem, e isso pode ser verificado. Como se sabe a Racing Point falou diversas vezes com o Departamento Técnico da FIA para ter a certeza que a federação estava confortável com a sua forma de fazer as coisas.
A questão aqui tem a ver com o facto que se forem encontradas peças que se perceba que são fornecimento direto ou foram concebidas a partir de um ficheiro CAD da Mercedes, a Racing Point provavelmente não poderá correr com este carro.
O grande problema da Racing Point é que o carro é bom… demais, e pelo que já se viu até aqui, pode estar melhor que o Ferrari e ao nível do Red Bull, pelo que a Renault, McLaren não vão ficar de mãos cruzadas quanto a este assunto.
Resta saber se a Racing point foi longe demais na sua cópia e agora a grande questão é saber se essa cópia foi feita como dizem os homens da equipa do ‘Mercedes cor de rosa’. Estes alegam que o trabalho foi feito a partir de fotografias, mas é isso que agora o departamento técnico da FIA vai analisar. Basicamente, é quase impossível copiar um monolugar a este nível, com a precisão que parece ter sido feita. Alegar que o fizeram a partir de fotografias pode ser um ponto muito difícil de comprovar por parte da Racing Point.
O grande problema disto tudo é se a questão vai para os tribunais civis, porque no fim disto tudo trata-se de dinheiro. Melhores resultados significam mais dinheiro. A Force India nos últimos anos conseguiu mais do que uma vez o quarto lugar, em 2016 e 2017, mas o ano passado foi sétima classificada. É um pulo enorme face ao que estão a fazer agora. Se não descobriram a pólvora, estão perto disso, mas se fizeram algo errado a FIA é que vai ter de descobrir. Até lá são inocentes.
Era bom que esta questão não saísse da esfera da F1/FIA, pois ir para os tribunais civis seria mau demais. Por fim, talvez os regulamentos tenham que se ‘descomplicados’. Agora, a FIA vai ter que descobrir se a Racing Point utiliza componentes desenhados diretamente a partir de um desenho da Mercedes e em segundo lugar, como os obteve. Já tivemos um caso de espionagem na F1, em 2007, muito grave, que resultou numa multa de 100 milhões. Vamos ver como termina isto…
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Em 2007 a denúncia começou com um simples e misterioso pó nos motores Ferrari após o GP do Mónaco onde a McLaren demolio a concorrência com uma dobradinha. Após isso, a caso descambou para o que já se sabe e a McLaren acabou por pagar uma multa por ter tido acesso aos designs da Ferrari e sobretudo, por ter acesso aos relatórios do uso dos pneus. A Renault para protestar é porque sabe muito mais que o que neste momento pode revelar, apenas querem um início de investigação. Não nos podemos esquecer que em 2018 após um investigação à HAAS… Ler mais »
Lisboa, eles sabiam tudo da Ferrari – só emails foram 323- e tais informações foram transmitida sdentro da McLaren. E esse pó, descoberto por um dos mecanicos , salvo erro antes de ir para a pista,era um composto que iria permitir assinalar nos sensores uma quantidade de combustível superior ao real. Mas essa é a ponta do iceberg. Logo na Austrália todos se aperceberam a presença na grelha de partida do Charlie Whiting e o Joe Baue (na altura era permitido estarem à volta do carro até 5 min), eles estranhamente não saíam de ao pé do Ferrari.Teriam encontrado qualquer… Ler mais »
A Renault protestou aquilo que lhe pareceu mais difícil de copiar e é visível a olho nu, nada mais. Estão apenas a ver se cola e conseguem tirar um adversário do caminho na secretaria.
A Racing Point diz que fez o seu com base em fotos do Mercedes W10. Se calhar “esqueceu-se” foi de dizer que as fotos eram dos planos de construção do W10, e não do carro já pronto…
Tenho pena se lhes acontecer algo. É uma equipa que com pouco faziam muito. Mas regras são regras. Se estiverem a prevaricar que sejam punidos. Se calhar tinham é que punir também a Haas primeiro… xD
Pelo que depreendo do que li noutro site, o “crime” da Racing Point foi não ter incluído os dutos na “lista de compras” que fez à Mercedes. Será um crime assim tão grave?
Acho que se está a fazer uma tempestade num copo de água, a Renault apresentou apenas provas novas (dutos) e a queixa até foi admitida, agora é esperar a clarificação.
Crime não é certamente, porque ninguém vai preso.
Regras são regras.
Não pode haver excepções num mundo justo e democrático.
A Renault para fazer esta queixa é porque tem a certeza que algo não está dentro das regras impostas e previamente aceites por todas as equipas.
A Renault tem tanta certeza como qualquer um de nós. Até a própria Mclaren diz que não entende o porquê do protesto da Renault e que não vê bases legais para o fazer. Mas a FIA faz bem em investigar, o assunto tem de ser esclarecido para acabar com a choradeira caso se prove que não houve cópia nenhuma.
Se não me engano os dutos não fazem parte das peças que podem ser compradas a outras equipas. A Renault protestou essas peças porque são difíceis de copiar. Foi a maneira que encontraram de começar um processo que quem sabe pode tirar do caminho um dos adversários directos.
“Basicamente, é quase impossível copiar um monolugar a este nível, com a precisão que parece ter sido feita.” Estranho, a Haas em 2018 apareceu com uma cópia do Ferrari de 2017 e saltou automaticamente para o 4º lugar a nível de performance. A diferença é que nesse ano a Ferrari estava muito competitiva e a RB também, porque tinha dois pilotos ao mesmo nível. Porque até agora somente Pérez andou ao nível de um RB… O do Albon. Max estava a milhas de distância a nível de performance. Assim que alegar que o Racing Point está ao nível dos RB… Ler mais »
Tal como tu…que agora não pias, e ainda apoias o plágio da Racing Point…e andavas muito indignado com a Haas. Mesmo à “Pateta da Aldeia” como de costume.
O que está em causa? Que se abra um antecedente, e as equipas passam todas a fazer cópias literais de certos monolugares. Até alguma equipa se “lembrar” de protestar e proclamar legalmente a propriedade intelectual do desenho do componente.
Antecedente, ou precedente?
Antecedente…pois a FIA já acho os Racing Point legais. Precedente, vem agora a seguir com a confirmação por parte da FIA que “podem plagiar à vontade”.