F1: Números das redes sociais sofrem com o domínio de Max Verstappen
As redes sociais podem ser usadas como um barómetro da popularidade de um desporto. E neste capítulo, a época 2023 tem feito mal à F1.
Segundo um estudo da Buzz Radar, uma empresa que analisa dados e padrões de redes sociais, a popularidade da F1 caiu a pique este ano. Os seus dados sugerem que as menções à F1 nas redes sociais diminuíram 70,2% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, com uma descida de 46,29% nos novos seguidores e de 64,10% no alcance social.
Segundo o relatório, “os dados sociais de 2023 também permitiram perceber uma mudança fundamental na conversa sobre a F1: um aumento notável na utilização de adjetivos negativos associados ao desporto. Palavras como “aborrecido” e “irritante” estão agora a ser usados com mais frequência para descrever a competição, substituindo palavras anteriormente positivas como ‘interessante’ e ‘excitante’.
O interesse pela F1 tem caído e nem as boas lutas no meio do pelotão parecem fazer esquecer o domínio da Red Bull e de Max Verstappen. A F1 continua a cometer alguns erros, com algumas decisões dos comissários da FIA a provocarem discussão, faltando consistência nas penalizações. Isso não ajuda um desporto que atingiu o auge na luta Hamilton vs Verstappen de 2021 que prendeu todos ao ecrã. Mas já se sabia que uma época destas acontece de 20 em 20 anos, na melhor das hipóteses. As épocas são algo normal na F1, por muito que fale do passado. Mesmo no passado isso existia. Não eram domínios tão vincados, é certo, mas desde meados dos anos oitenta que vemos esse fenómeno.
No entanto, a F1 prometeu com esta nova regulamentação que os períodos de domínio seriam muito menos frequentes e menos prolongados. O domínio da Red Bull leva dois anos. Veremos se em 2024 essa tendência se esbate. A competição precisa de mais entusiasmo, pois as lutas do meio da tabela são boas, mas o grande público apenas se foca nos primeiros lugares.
E há também a sociedade que deixou de ser como era. Se antes os fãs da F1 seguiam religiosamente a competição, hoje em dia, com tanta opção de entretenimento, muitos fãs vão migrando à procura de sensações mais fortes.
Este fenómeno não é espantoso, mas merece reflexão por parte de quem manda. Faz sentido uma época de 24 corridas que fica decidida a 5 corridas do fim? Faz sentido reforçar a oferta quando o produto pode tornar-se aborrecido para os fãs menos fidelizados? Os responsáveis têm tentado apimentar os fins de semana com corridas sprint, com novos formatos, tentando fazer coisas novas. Mais uma vez se pede ponderação e bom senso, inovando, sem perder as raízes do desporto. E que estes números não levem à adoção de soluções que descaraterizem o desporto, em busca de mais audiências.
Statistics show #F1 social media stats have dropped dramatically this year 👀
Are you less engaged with F1 this season? 🧐 pic.twitter.com/UjIU4EAUtA
— Motorsport.com (@Motorsport) September 28, 2023
A F1 já lançou novos dados que contrariam exatamente este estudo.
Segundos os responsáveis comerciais, na verdade, entre muito mais coisas, só a liga espanhola de futebol teve um crescimento maior do que a F1 em termos de desporto.
E que me dizem a esta:
https://www.youtube.com/watch?v=lax7gyc8cJY
Não é um daqueles sites em que eu confio, mas a ser verdade, acho que mataria a F1 em muitos países. Além do mais, será que a UE, com as suas leis sobre concorrência, iria autorizar isso?
Sim, esse e o hora do piloto são daqueles que durante algum tempo ainda perdi minutos da minha vida a acompanhar mas lá me deixei disso em boa hora.
O hora do piloto era tão mau que até já acabou. Gosto do motorsport Brasil, do ressaca e do boteco. Ainda vejo o grande prémio, mas já me está a irritar com a perseguição à FIA, há maledicência a mais .Descobri há pouco o traduzindo F1 e estou a gostar, embora de uma forma ligeira, explicam as incidências das corridas.
O hora do piloto já terminou? Não fico surpreendido.
Deixei de ver o GP em casa por aquilo que a pity referiu.
Do Brasil só vejo mesmo o programa do Fitippaldi.
O hora do piloto já acabou há, talvez, um ano ou mais. Também vejo o dos Fittipaldi.
Tivemos 8 anos seguidos de dominio de uma marca e de prácticamente o mesmo numero de anos de um piloto – Lewis Hamilton. As preocupações da imprensa e das entidades que regulam o Desporto Automóvel na altura foram incomparávelmente menores do que o que actual se vê. O numero de artigos neste jornal sobre o dominio de Max com cariz negativo (não temos nada contra a RB e o Max, mas…) são algo preocupantes. Os métodos de pressão são conhecidos e visiveis e naturalmente que mais tarde ou mais cedo a FIA irá fazer alguma coisa. Nunca fui apoiante de… Ler mais »
Concordo consigo, mas há uma pequena diferença entre o actual domínio e o anterior. No domínio Mercedes / Hamilton, ainda havia quem se intrometesse e Bottas andava muitas vezes em segundo ou terceiro, enquanto agora é um domínio de um homem só, se esquecermos Singapura. Mérito dele e da equipa, demérito das outras equipas.