F1: Novas medidas para evitar queima de óleo
A queima de óleo nos monolugares de F1 tem sido um tema de conversa que dura há já algum tempo e têm sido tomadas medidas para que esta técnica deixe de ser usada pelas equipas, mas já sabemos que a F1 é o jogo do rato e do gato entre a FIA e os engenheiros das equipas, que arranjam forma de dar a volta aos regulamentos.
A queima do óleo, colocado de forma muito simples, é apenas uma maneira das equipas conseguirem extrair mais potencia dos motores. Com o fluxo de combustível de 100kg/h, há um limite para a potência que se pode extrair dessa quantidade de combustível Esse limite é afectado pelas perdas inerentes aos motores de combustão, que faz com que a sua eficiência ronde os 50% ( em alguns motores de F1). Ora, especialmente nas qualificações, é preciso encontrar um extra que permita ao motor debitar mais potência e esse extra em alguns casos foi encontrado através do óleo de lubrificação. Alguns motores faziam chegar à câmara de combustão óleo que também apresenta capacidade para ser queimado e por isso produzir energia. Em alguns casos o próprio óleo usado nas qualificações era diferente para aumentar o seu potencial energético e assim dar mais potência.
Quando a FIA deu pelo truque, tratou logo de diminuir a quantidade de óleo que se pode gastar numa corrida que agora é de 0.6l de óleo por 100km (esse valor já foi de 1.2L/100km) entre outras medidas, que visavam eliminar o uso de óleo na combustão. A Red Bull foi uma das equipas que mais força fez para que essa medida fosse tomada e que fosse ainda mais restrita pois os ganhos que a Mercedes conseguiu assim eram significativos.
A FIA continua atenta e vai fiscalizar com mais rigor ainda o consumo de óleo, especialmente na qualificação, onde o maior foco irá estar na Q3, e as equipas foram agora proibidas de acrescentar óleo ou transferir óleo dos tanques de reserva para qualquer outra parte do sistema de lubrificação, durante a qualificação. Poderão haver excepções mas estas terão de ser pedidas pelas equipas e analisadas pela FIA.
É mais uma medida para evitar que os famosos “party modes” provoquem uma discrepância grande entre performances de motores. Esse termo ganhou relevo depois do comentário de Hamilton mas na verdade todos os motores têm um “party mode” (modo de festa) que permite extrair mais do motor. A questão não está na existência desses modos mas sim do “tamanho da festa” que cada motor. Com a queima de óleo os motores, a Mercedes ganhou uma vantagem extra mas sem essa possibilidade, em qualificação, o jogo pode ficar mais equilibrado. E é isso que a FIA quer, além de acabar com uma imagem de consumo de óleo, que em nada se adequa ao conceito de eficiência que o órgão máximo que rege o automobilismo pretende. Assim, as equipas terão de encontrar outras formas de ganhar potência, uma vez que os sistemas de recuperação estão praticamente no seu limite de potencial. O segredo para ganhar mais potência está ainda na câmara de combustão dos motores e as equipas terão de encontrar outro truque.
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