F1: Nico Hulkenberg na Haas em 2023
Um dos segredos mais mal guardados das últimas semanas foi finalmente revelado. Nico Hulkenbeg vai fazer um regresso inesperado à F1 e vai ser piloto da Haas na próxima época. O “Super Sub” como passou a ser chamado depois de ter sido várias vezes chamado a substituir outros pilotos com boas prestações abriram a porta a um regresso, desta vez pela Haas ao lado de Kevin Magnussen.
No início da aventura da Haas na F1, a escolha de pilotos experientes foi sempre uma prioridade. Primeiro Romain Grosjean com Esteban Gutierrez, com o mexicano a ser substituido por Kevin Magnussen, dupla que se manteve na equipa por quatro épocas até que a necessidade de sangue novo (e mais dinheiro) motivou uma mudança radical, passando a equipa a ter dois estreantes ao invés de dois pilotos experimentados. O resultado foi sintomático e a equipa, além de ter um dos piores carros em 2020 e 2021, tinha também uma dupla pouco capaz de dar a volta à situação, com a falta de experiência a revelar-se um dos problemas.
Em 2022 e com a saída de Nikita Mazepin, com a equipa a apresentar um novo carro, bem mais capaz, Kevin Magnussen entrou e foi logo quinto na primeira corrida. Tem neste momento 25 pontos contra 12 de Mick Schumacher. Se a Haas tivesse um Schumacher ao nível de Magnussen, estaria em luta direta com a Aston Martin pelo sétimo lugar. Talvez tenha sido essa a base do raciocínio para esta tomada de decisão, aliada aos frequentes acidentes de Schumacher. Com Magnussen e Hulkenberg a equipa ganha uma dupla muito mais experiente, muito menos propensa a erros e, por conseguinte, mais “barata” e eficiente.
No comunicado da Haas poder ler-se o seguinte:
“A equipa Haas F1 assinou com o alemão Nico Hülkenberg para disputar o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 da FIA de 2023, ao lado do dinamarquês Kevin Magnussen. Hülkenberg (35 anos), um veterano de Fórmula 1 com 181 corridas de carreira e um vencedor das 24 Horas de Le Mans de 2015 com a Porsche, faz o seu regresso a tempo inteiro ao desporto no próximo ano, tendo a equipa americana passado as duas últimas temporadas no papel de piloto reserva da Equipa de F1 de Aston Martin.
Hülkenberg esteve activo no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 da FIA de 2022, tendo substituído Sebastian Vettel no Grande Prémio do Bahrein, que abriu a temporada, e novamente no Grande Prémio da Arábia Saudita, mas o piloto nascido em Emmerich fez a sua primeira partida da Fórmula 1 em 2010, debutando para Williams no Grande Prémio do Bahrein, após uma carreira júnior excelente. Campeão no A1GP com a A1 Team Germany em 2006-07, Hülkenberg venceu então a Fórmula 3 Euro Series 2008, seguida da GP2 Series 2009 (agora conhecida como Fórmula 2 ) – levando a uma rápida promoção à Fórmula 1 em 2010.
Tendo corrido pela Williams, Force India, Sauber, Renault, Racing Point e Aston Martin, Hülkenberg acumulou 521 pontos de carreira na Fórmula 1 – incluindo uma pole position (Brasil 2010), duas voltas mais rápidas. O alemão tem um currículo de qualificação que inclui 94 partidas na Q3. O sétimo lugar na classificação de pilotos da carreira foi alcançado com a Renault na temporada de 2018.
Hülkenberg vai começar a trabalhar para a Haas F1 Team na terça-feira, 22 de novembro, participando no teste de fim de temporada de Fórmula 1 realizado em Abu Dhabi no Circuito Yas Marina – Hülkenberg pilotando o VF-22 desta temporada ao lado do teste da equipa e do piloto reserva Pietro Fittipaldi no segundo carro”, concluiu a declaração.
É assim o regresso de Hulkenberg à Haas, o fim da caminhada de Mick Schumacher e uma nova era na equipa americana.
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O problema aqui é mesmo o apelido do Mick. Pois o Hulk já passou do tempo…e no tempo que lá esteve…não fez muito melhor que o Mick que ainda tinha tudo para crescer e mostrar. Mas com este Guenther, é só para arrasar…é a figura da equipa.
Sim, a Haas tem o seu novo centro em Maranello, e blábláblá,
mas,
isto é a prova, ou melhor, é mais uma, de que a academia da Ferrari, a FDA, não serve para nada.
Não me parece nada de estranho que regresse à F1 a tempo inteiro aos 35 anos. Só deixou de ser considerado normal porque a F1 tornou-se elitista a todos os níveis. Temos 20 e tal GP’s e no total uns 23 pilotos a participar por ano. Quando comecei a ver F1 nos anos 1970s participavam mais de 50 pilotos (sim, mais de 50) no total dos 15 GP’s. Vários dos principais pilotos só se estreavam na F1 com perto de 30 anos. O que está mal é o elitismo, a falta de lugares e oportunidades. Não há nada de errado… Ler mais »
Vendo as coisas pelo lado positivo, deixaremos de ouvir falar na hipótese de Hulkenberg substituir este ou aquele piloto 😀
O Mick não confirmou o que se esperava (estava quase na Ferrari não era) mas também andou um ano com a lata do Haas 2021. Não sei se merecia ficar mais um ano, mas sair para entrar o Hulkenberg? Ao menos que fosse para dar lugar a sangue novo.
Embora goste do Hulkenberg, acho que ao sair Schumacher, deviam meter um rookie, dar oportunidade a outro jovem talento. Mas suponho que a Haas queira experiência e a estabilidade que vem com ela, bem demonstrada pela regularidade de Magnussen.
Terá a sua derradeira oportunidade na F1, porque ultimamente tem sido apenas bombeiro que apanha carros em andamento. O Schumi jr. foi uma desilusão…apesar de todas as passadeiras que lhe estenderam na carreira.