F1: Muito em jogo na jornada tripla europeia

Por a 15 Maio 2023 17:08

A Fórmula 1 vai ‘pisar’ pela primeira vez o solo europeu depois de cinco rondas dominadas pela Red Bull e marcadas ainda pelos bons desempenhos de Fernando Alonso, coroados com quatro pódios, e pelas dificuldades de Mercedes e Ferrari. A pressão para alcançar bons resultados nessas duas equipas é alta, mas mais para trás há outras estruturas e pilotos sob pressão. 

Correr na Europa não é apenas um regresso à origem da Fórmula 1 e onde estão os fãs mais dedicados da disciplina, mas é também a primeira grande oportunidade para as equipas apresentarem os maiores pacotes de desenvolvimentos nos seus monolugares. Uns jogam contra o tempo para conseguirem subir na classificação, outros tentam manter-se no topo da sua performance. 

A jornada tripla começa com a visita a Imola, passa pelo Mónaco e termina em Barcelona, tudo num espaço de três semanas. Podem surgir algumas surpresas, principalmente com a corrida no citadino do Principado do Mónaco, mas os principais pontos a observar não se ficam por aí. 

Serão três semanas importantes para aferirmos as atualizações apresentadas pelas equipas, com a Mercedes no topo. A equipa de Brackley promete alterar fortemente o W14 e esperam poder tirar finalmente o desempenho que dizem que o monolugar é capaz. A estrutura interna foi alterada e espera-se que possam dar luta a Aston Martin e quem sabe à Red Bull.

A Ferrari, que mostrou poder desafiar a equipa de Milton Keynes em qualificação, tem que trabalhar para tornar  consistentes os seus desempenhos. A equipa italiana tem dificuldades em gerir o ritmo de corrida com o SF-23, que comprovou ser faminto por borracha dos pneus da Pirelli, tendo agora uma fase importante para tentar resolver esta e outras questões. 

Não é apenas na frente que a pressão se instalou. McLaren tenta sair dos lugares não pontuáveis e estar na luta pela frente do segundo pelotão, depois de ter apenas somado pontos em duas corridas. A expectativa é grande para que se alcance bons resultados, visto que nas duas épocas passadas a equipa de Woking perdeu em confronto direto com a Ferrari e Alpine e ter dado um passo atrás no objetivo delineado por Zak Brown em lutar por vitórias. Neste momento, lutam por somar pontos. 

No caso da Alpine, depois das críticas severas do CEO Laurent Rossi, todos deverão querer mostrar mais serviço. Houve erros de principiante no Bahrein, houve um azar tremendo que terminou com um acidente entre ambos os pilotos, mas principalmente, houve um adversário do meio do pelotão que deu um salto qualitativo enorme – Aston Martin – que não agradou aos franceses. Parece estar um pouco melhor do que os adversários diretos no ‘segundo pelotão’, mas é preciso afinar agulhas para que os resultados apareçam e possam estar mais próximos das equipas da frente, como é o objetivo publicamente assumido pelos responsáveis da equipa. 

AlphaTauri e Williams também querem poder competir pelos pontos, estando um pouco da pressão mais instalada na equipa italiana do que na britânica. No entanto, ambas querem aproveitar o facto da Sauber estar num período em que espera pelo assumir completo das operações pela Audi e se despede da Alfa Romeo. 

A Haas, apesar de nunca se estar completamente satisfeito na Fórmula 1, não haverá tantas expectativas, mas deverão apresentar mais atualizações do que fizeram na temporada passada, dando mais ferramentas aos seus dois pilotos para poderem entrar mais vezes na discussão dos pontos.

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