F1, Max Verstappen e Gianpiero Lambiase: “ele é como o meu irmão mais novo”

Por a 9 Novembro 2023 19:03

Gianpiero Lambiase e Max Verstappen têm agora uma ligação que se nota, através das imagens rádio que vamos ouvindo, que é forte. Mas como explicaram no podcast Talking Bull da Red Bull, as coisas nem sempre foram fáceis entre ambos e conhecendo Max Verstappen como já vamos conhecendo, até percebemos porquê.

Há uns anos, em 2019, fomos visitar a fábrica da Red Bull a Milton Keynes, e no programa estava também uma conversa com Max Verstappen, e a primeira ‘bola a sair do saco’ foi que o jovem que víamos nas corridas nada tinha a ver com o que ali estava à nossa frente.

Brincalhão, bem disposto, teve uma simpatia jovial para os jornalistas, mas já na altura era e hoje ainda é mais um ‘terror’ para os adversários. E pelos vistos também não é pêra doce para o engenheiro, embora as coisas tenham melhorado ao longo do tempo.

Max Verstappen e Gianpiero Lambiase são hoje em dia uma grande dupla vencedora na F1, ao ponto de terem ganho os últimos três campeonatos. Mas as coisas nem sempre foram fáceis entre os dois, como revelaram recentemente.

Ao longo dos anos, os fãs da F1 habituaram-se a ouvir as brincadeiras entre o impassível Lambiase e o seu ocasionalmente impetuoso piloto neerlandês. Mas, embora por vezes as trocas de palavras entre os dois possam não ter soado muito amigáveis, o período mais difícil entre Verstappen e Lambiase já lá vai há alguns anos. Depois do primeiro título em 2021, saiu dos ombros do jovem piloto uma enorme carga e os triunfos atrás de triunfos facilitam muito, mas mesmo muito, as coisas…

“Conhecemo-nos de dentro para fora e sabemos o que desencadeia o outro, ou como talvez persuadir ou colocar o braço à volta do ombro do outro”, disse Lambiase. “Acho que sabemos como sair de uma situação difícil e também aproveitar as melhores situações.

“Mas acho que, talvez até três anos atrás, acho que talvez em 18, 19, 20, quando o carro não era tão competitivo quanto nós, a equipa, gostaríamos, acho que especialmente Max [teria gostado] – porque naquele ponto, você já podia ver sua frustração transparecendo que ele não era capaz de competir por campeonatos naquele momento – e tivemos alguns altos e baixos, eu diria naquele período, o terceiro, quarto, quinto anos do meio.

“Mas acho que 2021 foi tão intenso, acho que… a relação e os laços foram muito cimentados nesse ano, e o ano passado e este ano têm sido apenas uma continuação disso. E sim, eu vejo-o como o meu irmão mais novo.”

“Passamos muito tempo juntos”, acrescentou Verstappen. “Comecei a trabalhar na equipa aos 18 anos. Agora tenho 26 anos. Por isso, também acho que, como pessoa, cresci muito. Por isso, quando olho para o tipo de imagens das primeiras corridas que fiz com a equipa, penso ‘oh meu Deus’. É muito diferente. Também no meu comportamento, penso que é natural que a ligação e o facto de eu também ter crescido, penso que isso ajuda muito na relação”.

Enquanto isso, a dupla revela que não tem planos de encerrar ou mesmo atenuar o seu atual período de domínio – com Verstappen, que assegurou a temporada estatisticamente mais dominante da história da F1 após sua vitória em São Paulo, no último fim de semana.

“Eu ficaria entediado se não ganhasse”, disse Verstappen. “Assim é muito melhor. Isto motiva-me todos os dias, para voltar aqui à fábrica, para me preparar para as corridas seguintes. Mas também quando se está lá, é a melhor sensação. Por isso, para mim, não é aborrecido de todo.”

“Foi-me pedida uma palavra para descrever o Max e penso que a palavra foi ‘insaciável'”, acrescentou Lambiase, “o que penso que também se aplica a mim, na medida em que não importa quantas corridas ganhemos ou quantos campeonatos tenhamos ganho ou possamos ganhar, penso que a questão é que acho que nunca estamos satisfeitos e a nossa fasquia é muito alta.

“Diria que somos ambos perfeccionistas nesse aspeto, no sentido em que nada é suficientemente bom. E acho que é isso que nos motiva a continuar a fazer o que estamos a fazer, a seguir o processo e a conseguir o melhor que podemos.

“O meu maior receio é o momento em que a concorrência aumentar e não ganharmos todas as corridas”, acrescentou Lambiase, “porque, como vêem, ele está a evitar receios neste momento, pois está a ganhar todas as corridas!”

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