F1: Madrid promete receita anual de 450€ milhões, paddock coberto e um projeto “muito inovador”

Por a 23 Janeiro 2024 13:14

Foi confirmado oficialmente apenas hoje, mas a organização do Grande Prémio de Espanha em Madrid revelou alguns dados interessantes do que podemos esperar da prova em 2026, além do traçado do circuito junto ao centro de exposições IFEMA. 

A apresentação oficial do evento na capital espanhola contou com a presença de Stefano Domenicali, diretor executivo da Fórmula 1, Isabel Diaz Ayuso, Presidente da comunidade de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, alcaide de Madrid e José Vicente de los Mozos, Presidente do Comité Executivo do IFEMA, além de algumas personalidades do desporto espanhol, como, por exemplo, Carlos Sainz (pai), regressado da quarta conquista do Rali Dakar. 

Nos 10 anos de contrato com a Fórmula 1 – iniciando-se em 2026 e a terminar em 2035 – os organizadores locais calculam uma receita anual de 450 milhões de euros para a cidade de Madrid, com a “premissa é que seja sustentável tanto do ponto de vista económico, financiado pelo investimento privado, como do ponto de vista ambiental”. 

José Vicente de los Mozos fez saber que o GP de Espanha em Madrid terá o “Paddock Club coberto e climatizado com todas as comodidades para as equipas”, tendo um modelo económico sustentável e sem despesas públicas, confirmando que o IFEMA será o organizador, mas sem ter esclarecido, durante o seu discurso quem financiará o projeto. 

Ainda sujeito à homologação da FIA, o traçado em redor do centro de exposições espanhol terá 5,474 metros de comprimento, 20 curvas e, segundo os dados revelados pela F1, um tempo em qualificação previsto de 1 minuto e 32 segundos, com secções temporárias e outras permanentes e será construído pela empresa Dromo, como adiantou a publicação do país vizinho Marca. Pelo esboço do traçado, que fica nas imediações da cidade desportiva do clube Real Madrid, é possível perceber que haverá duas passagens para atravessar a autoestrada M-11 que separa o terreno do IFEMA, onde estará localizado parte do circuito, e o terreno ao lado, onde será construído o restante. Ao que parece, através de algumas imagens divulgadas do evento de hoje, as passagens poderão ser feitas por dois túneis.

Com um paddock completamente coberto, o circuito pode receber mais de 110 mil espectadores por dia durante o evento, havendo vontade e o acordo para aumentar em mais 30 mil nos primeiros anos de duração do contrato com a F1. 

Considerado por Stefano Domenicali um projeto “muito inovador”, a Fórmula 1 vai regressar a Madrid 44 anos depois da última corrida, realizada no circuito permanente de Jarama. Mas em 2026, será mais um circuito citadino que vai estrear-se no calendário da competição, o que levanta algumas críticas. Mesmo assim, a Presidente da comunidade de Madrid acredita que a prova será vista por mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo um impacto direto no PIB de Madrid – nas suas contas “em mais de 4,5 mil milhões de euros” – e potenciando a criação de emprego. 

Querendo estar entre os “melhores” eventos da F1, Isabel Diaz Ayuso sublinhou que os madrilenos vão “fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que Madrid seja a casa da F1 e para que os espanhóis se sintam felizes com a sua capital”. 

A organização espanhola apresentou, durante o momento da apresentação do projeto, o hino da Fórmula 1 com um ritmo muito mais ibérico, com tons da Andaluzia, que ainda não se sabe se será adotado pela competição durante a cobertura televisiva, tal como aconteceu durante a prova na Cidade do México em 2022.

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1 Comentário
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hellrun
hellrun
10 meses atrás

Espanha é um dos paises europeus com mais circuitos permanentes. E vamos para um circuito citadino ? Enfim, a Isabel Ayuso quis sobretudo tirar o GP a Barcelona. Eles lá saberão….

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