F1: Liberty repensa nas alterações de formato
A Liberty continua à procura de soluções para revitalizar a F1 e para apimentar a competição. Uma das primeiras medidas que foi pensada, passava pela extensão do calendário para 24 corridas, o que nunca agradou às equipas.
Já o calendário com 20 provas exige muito das equipas e este ano com três provas seguidas, pudemos ver que tal não foi do agrado de ninguém, pois além de colocar muita pressão em toda a logística, esgota as equipas. A F1 é um desporto muito exigente não só para os pilotos mais ainda mais para as equipas e staff que trabalham a um ritmo quase infernal para garantir que tudo esteja em condições.
Uma das soluções para aumentar o número de corridas passava por diminuir os dias de um fim de semana de prova, passando de três para dois dias, mas tanto as equipas como os patrocinadores foram contra, pelo que a Liberty colocou completamente de parte essa possibilidade.
Em relação às mudanças que estão a ser pensadas, o foco está agora na qualificação, pois as alterações ao formato da corrida foram também colocadas de lado. Há também a possibilidade de mudar o sistema de pontuação como explicou Ross Brawn:
“Estamos focar-nos no formato de qualificação, e no sistema de pontos. Estamos em discussão profunda com as equipas e a FIA para encontrar possíveis melhorias. Recebemos feedback dos fãs e eles sentem que abaixo do 10º lugar, ninguém tem objectivos e que as equipas podem poupar os carros devido a restrições de elementos do motor das e caixas de velocidade, etc. As equipes dizem o contrário, e pessoalmente eu concordo com isso, mas os fãs não o veem dessa maneira. Então, estamos a analisar se os pontos forem distribuídos até ao 15º lugar diminuiria esse sentimento.”
Também a qualificação poderá ser alterada para um formato diferente:
“Como um evento independente, queremos que a qualificação seja para mostrar quem é verdadeiramente o mais rápido. Mas quando pensamos na qualificação como um elemento da corrida, então queremos que a qualificação crie alguma desordem, de modo que haja carros fortes fora do lugar. A qualificação melhora a corrida. Então o nível de risco na qualificação é algo que queremos repensar, talvez reduzindo o número de voltas que um carro faz em cada sessão. Acho que devemos ter muito cuidado, porque o formato actual é popular e bem-sucedido”.
Se a mudança do sistema de pontos não deverá ter grandes argumentos contra, a mudança da qualificação é um caso mais sensível. A última vez que mudaram a qualificação correu tão mal que a ideia foi abandonada de rápida. E ainda bem pois o formato não era bom. Este tipo de qualificação é interessante e não há muita gente a querer que seja mudada. Como tal qualquer alteração deverá ser muito cuidada. Pessoalmente, uma qualificação tipo WTCC, com a Q3 a ter apenas uma volta lançada com pista limpa, pode ser uma solução interessante, mas para cada opinião que surja, existirão muito motivos válidos para que a mudança não seja feita.
O certo é que a Liberty está a querer mudar a F1, mas sem exageros o que é um sinal positivo.
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