F1, Lando Norris: “Tenho muita fé nesta equipa…”
Lando Norris admite que o MCL36 não se adequa muito bem ao seu estilo de pilotagem, e que apesar das coisas lhe estarem a correr bem este ano, isso sucede apesar da sua má relação com o McLaren MCL36.
Lando Norris ocupa atualmente o sétimo lugar no campeonato de pilotos com 88 pontos – incluindo o seu pódio em Imola, o único pódio fora da Red Bull, Ferrari e Mercedes, este ano.
Em declarações ao podcast Beyond The Grid da F1, o piloto britânico revelou que, apesar das suas boas performances nesta temporada, tem tido dificuldades em adaptar-se ao McLaren de 2022: “Tem-se dito que [Daniel] não se adequa ao carro e outras coisas, e todos pensam que eu me adequo ao carro, que foi feito para mim, mas não podia ser mais falso”, disse Norris. “Não que eu deteste conduzir este carro, mas confesso é muito desadequado ao meu estilo de condução.
Eu diria que, no início do ano, se adequava muito mais ao Daniel do que a mim, em termos de como tinha de o guiar. E isso é algo com que me debati muito no início da temporada. Estou a lidar com isso, muito melhor adaptado agora, eu diria que mais bem adaptado a ele.
Mas está longe de ser um carro que eu quereria, num mundo ideal e, digamos, se eu quisesse fazer a minha melhor volta possível, não era com esse carro”
Quando lhe perguntaram se a equipa tinha adaptado o carro para o adequar mais recentemente, Norris respondeu: “Tive de ser eu a adaptar-me muito mais ao carro.
Não há muito mais que a equipa possa fazer por mim em termos do carro.
Eles apenas o fazem o mais rápido possível… Eu peço coisas e digo “esta é a direção em que quero ir”. Mas não é como se eles apenas se concentrassem nisso no túnel de vento.
Sinto que estou a conduzir um carro bastante semelhante em termos de características ao carro que conduzi no meu primeiro ano na Fórmula 1 [em 2019]. Mudou pouco, mas nada do que eu diria agora está mais adaptado a mim do que no meu primeiro ano de corridas”, disse, falando depois no contrato a longo prazo que rubricou com a McLaren: “O facto de eu assinar um contrato assim, o facto de saber que a curto prazo eu não ia ganhar corridas – eu sabia que no ano passado não ia ganhar, este ano não vou ganhar, no próximo ano há uma hipótese razoável de não ganharmos, e eu assinei sabendo tudo isso.
Portanto, não é como se eu me comprometesse por qualquer outra razão, sabendo que a longo prazo, tenho a fé de que podemos conseguir coisas juntos e penso que isso tornará as coisas ainda mais saborosas do que simplesmente ir para uma equipa com um carro ganhador. Tenho muita fé nesta equipa… e temos uma equipa forte em termos de cultura, em termos de atmosfera interior, penso que estamos definitivamente no melhor lugar em que já estivemos”.