F1: Jean Todt não está preocupado com o adiamento das regulamentações

Por a 20 Junho 2019 12:10

Como sempre, depois de uma notícia menos positiva, os responsáveis da F1 trataram de minimizar a gravidade da situação, e mostraram até um certo ar de normalidade.

Jean Todt afirmou que não está preocupado com o adiamento das regulamentações e que até ficou contente por ver as equipas todas a concordar de forma unânime, neste caso no adiamento:

“Eu não estou preocupado de todo. São poucas vezes na F1 em que estou preocupado porque ninguém concorda”, disse Todt. “Pela primeira vez, conseguimos que as 10 equipas concordassem, assim como o detentor dos direitos comerciais e o regulador do campeonato. Então, agora, temos de nos certificar de que todos estejam a fazer o seu trabalho. Vou pedir aos directores de equipa, pilotos e fabricante de pneus para trabalharem juntos e tentarem encontrar a melhor solução para o campeonato. Estamos a falar agora, em junho de 2019, de regulamentações que começarão em 2021 por um período de cinco anos, por isso precisamos garantir que boas soluções sejam tomadas. É por isso que acho que, se conseguirmos trabalhar por três ou quatro meses, todos juntos, para tentar abordar o que pode ser resolvido, acho que é uma situação muito boa.”

No entanto a realidade parece ser menos positiva. A Auto Motor und Sport publicou que as equipas não gostaram nada das últimas imagens mostradas do que poderão ser os novos carros para 2021. Os rumores dizem que os carro não têm nada a ver com o aspecto agressivo apresentado há alguns meses atrás, mas que parecem mais carros da Indy, em ponto maior. O choque terá sido tão grande que levou ao dito adiamento.

Fala-se também em regulamentos demasiados restritos que não permitem grande diferenciação entre equipas. Os estudos feitos pela Liberty apresentam números encorajadores. O trabalho feito no túnel de vento da Alfa Romeo mostra que a perda de performance aerodinâmica nos novos carros rondará os 10%, enquanto que actualmente se situa nos 50%. Mas a vontade dos responsáveis da F1 era criar carros esteticamente apelativos, arrojados com um ar de modernidade, capazes de apelar a um publico mais jovem, algo que pelos vistos não está a acontecer. E as restrições não permitem a inovação que as equipas normalmente procuram e que as diferencia.

Ross Brawn mostrou alguma surpresa com a reacção das equipas e terá perguntado que se estas acompanharam o processo desde início, porque não manifestaram estas preocupações mais cedo?

2021 é um ano de grande importância. São vários os campeonatos que vão apresentar mudanças neste espaço temporal, enquanto outros vão ganhando cada vez mais importância. A F1 tem de tomar as decisões certas para aumentar a sua popularidade no futuro. Mas o que parece, à distância, é que a típica luta de egos e de interesses continua a sobrepor-se aos interesses maiores do desporto.

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