F1: James Vowles acredita que monolugares serão novamente mais pesados em 2026

Por a 31 Maio 2024 10:27

James Vowles manifestou o seu ceticismo relativamente à capacidade de qualquer equipa de Fórmula 1 em produzir um monolugar perto do novo limite mínimo de peso estabelecido para a temporada de 2026. 

Com alterações significativas aos regulamentos, incluindo o peso mínimo reduzido, Vowles acredita que o peso adicional do motor elétrico impedirá as equipas de atingirem o novo objetivo, voltando a acontecer o que vimos no início da corrente era regulamentar, quando os primeiros desenvolvimentos eram especificamente para reduzir o peso dos carros, uma vez que a maioria das equipas apresentaram monolugares muito longe da marca mínima estabelecida. 

Em 2026, a Fórmula 1 passará por grandes atualizações dos seus regulamentos, com impacto tanto na unidade motriz como no chassi. A unidade de potência será drasticamente diferente, com a geração de energia quase igualmente dividida entre o motor de combustão interna e o motor elétrico. Além disso, o MGU-H (Motor Generator Unit-Heat) será removido. À medida que a tecnologia híbrida ganha proeminência, o peso total da unidade irá aumentar.

O chassis, embora concebido para ser mais leve por ser mais curto e dez centímetros mais estreito do que as versões atuais, poderá não compensar o aumento de peso da unidade motriz. A aerodinâmica ativa também será introduzida para melhorar as corridas em pista, mas espera-se que estes avanços apenas resultem numa redução de peso de 40 a 50 quilogramas.

Ainda pagando o preço do muito peso do monolugar da sua equipa, James Vowles não acredita que o panorama em 2026 seja diferente daquele que assistimos no início do atual regulamento técnico. 

“A Williams vai estar numa posição difícil [em termos de peso]”, disse Vowles. “2026 será muito interessante porque as regras de peso não são comparáveis a nenhum outra temporada. É um valor muito baixo. Não creio que alguém o consiga alcançar. Além do peso, o ‘downforce’ também terá um papel importante, porque sem isso, uma equipa não tem nenhuma hipótese de estar na frente”.

A passar por algumas dificuldades com relação direta ao peso do seu monolugar, James Vowles admitiu que não há nenhuma área da Williams que o satisfaça totalmente, considerando que ainda há muito caminho pela frente para poder atingir o objetivo de recuperar na classificação. No entanto, salienta que “todos compreendem agora o problema do peso e dizemos que estamos no bom caminho. Ainda há muitas áreas que precisamos de melhorar. Estamos abertos a isso e seguiremos esse caminho. Sabemos porque é que é tão difícil e o que torna a Fórmula 1 tão única”, concluiu.

Foto: Philippe Nanchino/ MPSA

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