F1: James Allison diz que a Mercedes não foi suficientemente autocrítica

Por a 15 Julho 2024 12:07

De acordo com declarações de James Allison ao site oficial da F1, a Mercedes não foi suficientemente autocrítica durante os fracassos dos anos de 2022 e 2023, não conseguiu reconhecer os pontos fracos da sua abordagem que a levaram a produzir monolugares pouco competitivos nas duas últimas épocas.

Em 2022 e 2023 a equipa venceu apenas por uma vez, ficando claro que tinha falhado redondamente na transição para os novos regulamentos, em 2022. Este ano as coisas são bem diferente, e apesar do W15 ainda não ‘jogar taco a taco’ com a Red Bull e a McLaren, anda lá muito perto.

James Allison é de opinião que equipa teve dificuldades em perceber que a estrutura demasiado ‘burocrática’ dos seus departamentos técnicos estava a impedi-la de olhar para o problema de forma mais eficiente e consequentemente, trabalhar para o resolver.

Até se admite o erro inicial, a insistência em 2023, no mesmo erro é que já não é fácil de perceber…

“A coisa mais significativa que eu diria que poderíamos apontar para dentro de nós mesmos e dizer como uma crítica é que a maneira que encontramos de trabalhar no conjunto anterior de regras foi muito eficaz para o conjunto anterior de regras”, disse Allison ao site oficial da F1.

“Refiro à forma como os principais grupos de engenharia interagiram uns com os outros na equipa. Assim, a aerodinâmica com a dinâmica do veículo, a dinâmica do veículo com a pista e a pista com ambos os grupos. A forma como estávamos organizados no ‘mundo antigo’ funcionava muito bem.

E não apenas bem, funcionou durante oito épocas consecutivas, algo que nunca ninguém tinha feito antes. Continuámos com essa forma de trabalhar em conjunto em circunstâncias diferentes e não fomos suficientemente autocríticos para reconhecer que havia fraquezas inerentes a essa abordagem. Pagámos definitivamente um preço por isso”, explicou Allison, referindo-se depois ao ‘bouncing’ numa nova era em que quanto mais perto do chão os carros rodarem, mais downforce geravam, por causa do efeito de solo: “Os carros estão todos tão desconfortavelmente perto do chão neste conjunto de regras que a suspensão e a aerodinâmica têm que estar muito, muito, muito ligadas umas às outras. Anteriormente, eles meio que precisavam ser primos, mas não precisavam estar realmente ‘ligados’. Na verdade, teria sido ineficiente no passado, passar o tempo a preocupar-se com a interação de um grupo com o outro de uma forma particularmente intensa, porque eles eram, até certo ponto, ortogonais um ao outro. Agora estão completamente ligados e a interação tem de ser muito estreita”, disse Allison.

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2 Comentários
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Peter Parker
Peter Parker
5 meses atrás

Pois… Mas convinha ser totalmente honesto, ou não, uma vez que há muito que é do conhecimento geral, que logo após o bluff que se viu em 2022 o tal conceito “zeropod”, que tal como o nome indica, valia zero, o Hamilton sugeriu mudanças profundas junto dos engenheiros e nem mesmo após várias corridas em que o próprio correu com mais cerca de 2kgs de sensores para tentarem debelar o problema, escutaram o Octacampeão (ops!) e, teimosos, preferiram seguir 2023 com esse ridículo conceito! Aliás, há quem diga que o facto do ano passado insistirem na “burrice” do zeropod, foi… Ler mais »

Patucho10
Patucho10
Reply to  Peter Parker
5 meses atrás

O problema não era o zeropod! Era mais profundo. O Zeropod foi uma ideia simplesmente genial, ela não resultou, mas todo o conceito é de se tirar o chapéu a quem teve a ideia. É por esta ideia genial por parte da Mercedes que eu adoro a F1. Pensar completamente fora da caixa. E não é por acaso que o carro deste ano da RB muitas ideias foram recuperadas do Mercedes zeropod W13 e W14 principalmente W14.

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