F1: Horner não prevê mudanças na gestão da Red Bull, mas cresce especulação sobre luta interna
Continuam a circular na imprensa internacional notícias sobre a luta interna na Red Bull, como demos conta anteriormente, entre Christian Horner e Helmut Marko, havendo rumores sobre a possibilidade do afastamento do austríaco da estrutura.
Os rumores sobre o futuro de Helmut Marko na Red Bull vão crescendo, desta vez através da publicação alemã F1-Insider, que dá conta de uma “guerra civil” iniciada por Horner para aumentar o seu poder dentro de toda a estrutura, estando inclusivamente nos seus planos passar a decidir o rumo da AlphaTauri, que deverá mudar de designação em 2024. Segundo a mesma publicação, o britânico terá ganhado a confiança do cofundador da Red Bull Chaleo Yoovidhya após a morte de Dietrich Mateschitz para poder ter alguma vantagem dentro do conselho de administração do grupo.
No cenário dado a conhecer pelo F1-Insider não faltou um elemento externo: Bradley Lord, diretor de comunicação da Mercedes, terá ‘oferecido’ os seus serviços a Horner para tomar as rédeas da equipa italiana. Ou seja, antes de ficar decidido que Peter Bayer assumiria a nova função de diretor executivo da AlphaTauri, o homem das comunicações da Mercedes teria sido uma possibilidade. O que, como sabemos, acabou por não acontecer.
Ainda sobre a equipa italiana, Horner e Marko terão discordado sobre a forma de gerir a estrutura. O britânico terá apoiado a vinda de Bayer, enquanto o austríaco fez valer o seu poder para instalar Laurent Mekies como chefe de equipa, com igual nível de responsabilidade e poder de decisão do antigo homem da FIA dentro da estrutura.
Horner defendeu, em entrevista ao Mirror Sport que a sua relação com Helmut Marko é antiga, recordando que existe ainda antes da Red Bull Racing ter sido formada, na altura em que o britânico liderava a sua própria estrutura de corridas e que terá sido a recomendação do austríaco ao seu amigo próximo – Mateschitz – que levou Horner a tomar as rédeas do novo projeto para a Fórmula 1. “Sem Helmut, não estaria na posição em que estou atualmente. Tal como aconteceu com os jovens pilotos a quem ele deu uma oportunidade, também a mim me deu essa oportunidade. Sempre tivemos uma relação muito forte e aberta. Claro que, de vez em quando, há coisas em que discordamos, mas acho que isso é saudável”, disse o diretor executivo da Red Bull, acrescentando que Marko “continua a ter um papel muito valioso na equipa e não há qualquer intenção ou desejo da minha parte, ou de qualquer outra pessoa da equipa, de ver isso mudar”.
Não prevendo alterações na “forma de trabalhar” da equipa, Christian Horner admitiu que “é uma parceria que tem funcionado durante muitos e muitos anos. Todos têm o seu papel e a sua função a desempenhar”.
Voltando às questões levantadas pelo F1-Insider.com, esta publicação garante que houve uma conversa entre Oliver Mintzlaff – responsável por projetos corporativos e investimentos no futuro, que inclui, entre outras coisas, a Fórmula 1, depois das alterações no topo da hierarquia do grupo Red Bull – e Marko, tendo sido deixado claro o apoio do primeiro ao atual conselheiro, sendo ainda discutido o papel de Horner nesta questão.
Como já referimos antes, Helmut Marko garante que só termina funções se os acionistas assim o pretenderem e que tem contrato com o grupo até ao final de 2024. O austríaco terá ainda o apoio de Max Verstappen nesta questão, segundo a mesma fonte, mas é claro… se tudo isto for realmente verdade, o que será sempre difícil de confirmar oficialmente, uma vez que não é credível que um grupo tão forte como a Red Bull possa admitir que há uma ‘guerra’ dentro da equipa da estrutura da Fórmula 1.
Foto: Clive Rose/Getty Images/Red Bull Content Pool
Onde há fumo, há fogo. Já são muitas as fontes a referir as divergências dentro da Red Bull, o que, a ser verdade, só vai prejudicar a equipa.
Pergunto eu: a forma ríspida, que temos ouvido, com que o Lambiase responde a Verstappen, terá alguma coisa a ver com isso? Espero que não.
Desejo que a Red Bull perca a hegemonia actual, mas porque outras melhoram, não por divisões internas.