F1, Helmut Marko: “Sabemos que o Max não está contente”

O conselheiro da Red Bull, Helmut Marko, confirmou que Max Verstappen não está satisfeito com a decisão da equipa de trocar Liam Lawson e Yuki Tsunoda após apenas duas corridas.
Lawson debateu-se com problemas de confiança e desempenho no difícil RB21, não conseguindo marcar pontos ou qualificar-se bem. Marko reconheceu que, apesar de Lawson ter tido azar e estar sob pressão, a equipa precisava de um segundo piloto mais forte para apoiar a defesa do título de Verstappen. Apesar das críticas, Marko defendeu a decisão, destacando a experiência de Tsunoda como crucial para os objetivos da Red Bull no campeonato.
“Sabemos que o Max não está contente”, revelou Marko. “Mas precisamos de dois carros na frente. Não só para o campeonato de construtores, mas também para ajudar o Max a conquistar o seu quinto título mundial. Depois, estrategicamente, podemos conseguir mais nas corridas. Podemos usar a experiência e a forma do Yuki agora. É isso que conta. No final do dia, isso é uma vantagem para a equipa. E isso será também a favor do Max”.
“O Liam teve azar”, disse Marko ao De Telegraaf. “Durante os dias de testes no Bahrein perdeu muito tempo devido a problemas mecânicos. E também durante o terceiro treino livre na Austrália perdeu um tempo importante. Depois começaram os problemas. A pressão sobre ele tornou-se cada vez maior. Ele perdeu a confiança, começou a forçar cada vez mais, mas acabou por cometer mais erros. Na China foi de mal a pior. Além disso, o nosso carro é muito difícil de conduzir e não é o mais rápido.”
“Também não foi uma decisão fácil”, insistiu Marko. “Mas o Liam era como um pugilista ferido. E não o estamos a expulsar da Fórmula 1. Ele continua ativo na Red Bull e o Racing Bull é um bom carro. Também tivemos de tomar decisões semelhantes no passado com Pierre Gasly e Alex Albon. Eles recuperaram e são pilotos de Fórmula 1 muito conceituados. Estamos numa posição única de poder fazer isto. Noutra equipa, ele teria deixado a Fórmula 1 imediatamente”.
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A Red Bull voltar aos anos de dominio passados será praticamente impossível, até porque isso não era bom para o “negócio F1”. Os promotores disto querem equilíbrio com vários teams e pilotos a lutarem pela vitória. É melhor para a massa seguidora, e para eles que ganham mais dinheiro. Domínios continuados por muitos anos, como os da Ferrari nos anos Schumacher e AMG nos anos Hamilton e Rosberg são hoje não desejáveis, mesmo que eventualmente esses teams tenham “muito peso” lobbystico.
É que isto hoje( com tendência a acentuar-se), é muito mais negócio do que competição apenas desportiva.
Há uma coisa que as equipas mais antigas sabem muito bem, e que a Red Bull tem de aprender (ou convencer-se de): não se pode vencer sempre, os domínios são cíclicos. Aliás, já tiveram essa experiência, após o domínio de Vettel, em que “cederam” o “trono” à Mercedes e esta “devolveu-o” à Red Bull. Outros domínios se seguirão, maiores ou menores.
Cada vez me convenço mais que não é benéfico um proprietário ter duas equipas. Se tivessem só uma, será que continuavam com a mesma abordagem? Acredito que não.