F1: Haas continua a desperdiçar oportunidades
A Haas surpreendeu todos nos testes de Barcelona com um carro muito mais competitivo do que em 2017. Os resultados mostravam que a nova máquina era capaz de lutar pelo top 5, um resultado inesperado e que levou muita gente a dizer que o novo carro da equipa americana era uma versão disfarçada do carro do ano passado da Ferrari.
Polémicas à parte, a Haas mostrava potencial para fazer muitos pontos durante a primeira metade da época e em Melbourne mostrou um ritmo de corrida fantástico que só não deu resultados positivos por causa do duplo azar nas paragens para troca de pneus. No Bahrein as coisas correram um pouco melhor e Magnussen conquistou o quinto posto, enquanto Grosjean se ficou apenas pela 13ª posição. Na China o cenário foi menos positivo e embora Magnussen tenha pontuado (10º posto), Grosjean ficou de novo fora dos pontos e longe do andamento mostrado pelo colega de equipa. Em Baku, ficaram ambos fora dos pontos, Grosjean levou um golpe na moral e Magnussen ainda teve hipótese de mostrar a sua pior faceta.
Para já, de uma equipa que mostrou potencial para fazer frente à Renault, vimos apenas 11 pontos marcados, contra 35 da Renault e 36 de uma McLaren longe da forma óptima. É um início de época para esquecer e várias oportunidades desperdiçadas de amealhar pontos valiosos.
Magnussen é claramente o piloto em melhor forma e dele já vimos prestações bem interessantes. O dinamarquês tem qualidade, e goza finalmente de alguma estabilidade para o mostrar. A sua postura demasiado agressiva poerá dar-lhe alguns dissabores no futuro mas para já é o homem forte da equipa. Grosjean por seu lado passa por uma fase negra. Olhado de lado por muitos, o francês sempre mostrou muita velocidade mesmo na fase “kamikaze” na Lotus. Grosjean sempre foi rápido mas faltava-lhe alguma serenidade em corrida para evitar toques e problemas. O incidente de Spa foi o ponto mais baixo da carreira, mas curiosamente, a partir daí mostrou muita qualidade e conseguiu andar ao mesmo nível de Raikkonen, colega de equipa de então. A era turbo-híbrida não começou da melhor forma para a Lotus e o francês aproveitou o convite da Haas para abraçar um novo desafio. Em 2016 Gutierrez não foi concorrência à altura e em 2017 a chegada de Magnussen não mudou esse cenário. 2018 está a ser um ano claramente atípico, com erros que deixaram de ser comuns no francês. O último, em Baku terá sido um golpe tremendo na moral já fraca. É a par de Sirotkin o único que ainda não pontuou. Grosjean admitiu que o novo carro não favorece as suas características mas terá de regressar depressa à boa forma. É mais um teste de fogo para o francês que ficou na história como o primeiro a marcar pontos pela equipa americana.
Será a Haas capaz de mostrar algo mais até ao meio da temporada? Ou será ultrapassada naturalmente por equipas mais fortes e experientes do grid? E Grosjean será capaz de voltar ao seu nível? Está a ser um arranque mais complicado do que se esperava para a equipa dos States.
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