F1 GP de Abu Dhabi, a Desilusão: Valtteri Bottas
Para a desilusão no GP de Abu Dhabi, tínhamos três candidatos: Valtteri Bottas, Lance Stroll e Kevin Magnussen. Excluímos Sergio Pérez por ter ficado fora de prova demasiado cedo. Kevin Magnussen era uma hipótese, pois não conseguiu ajudar a Haas na luta pelo sexto lugar dos construtores, e Lance Stroll voltou a passar tão despercebido que se tornou difícil avaliar o que quer que fosse. Assim a escolha recaiu sobre Bottas.
O finlandês fizera uma qualificação brilhante, com o pior carro da grelha. Uma passagem à Q3 que abria boas perspetivas: Bottas poderia tentar marcar pontos e não terminar a época a “zeros”. Cometeu um erro na primeira volta que comprometeu a corrida de Sergio Pérez e voltou a cometer o mesmo erro, na mesma curva com Kevin Magnussen na volta 30. Uma corrida que espelha um pouco a sua passagem pela Sauber. Bottas sempre foi subestimado e agora a sua postura mais despreocupada faz dele um personagem por vezes intrigante. Mas o seu talento é maior do que os zero pontos de 2024. Entrou na equipa errada, no momento errado. Em Abu Dhabi, acabou por terminar a sua passagem na Sauber e como piloto de F1 a tempo inteiro, da pior forma.
Foto: Phillipe Nanchino /MPSA
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Estranho o Bottas não ter conseguido um único ponto ao longo de uma época imensa (a maior até agora), e o Zhou ter conseguido. Acho um pouco injusto, mas são corridas.
Lembra-se da Williams em 2019? Quando o Robert Kubica pontuou e o George Russell não o fez? Não significa nada em termos de mérito relativo dos pilotos.
Não foi o caso. Qs pontos do Zhou não foram exclusiva obra do acaso; o Bottas só fez caquinha, quando teve um carro ligeiramente melhor – estranho de um piloto que sempre foi bastante ponderado. Não se pode negar o mérito ao Zhou, ficou merecidamente à frente do Bottas no campeonato, soube fazer o que um piloto mais rápido e experiente não soube.
Nada disso desmente o que escrevi. Como você mesmo escreveu, o Bottas é «um piloto mais rápido e experiente». Mas não foi ele quem pontuou, tal como não foi o GR o piloto a pontuar com um Williams em 2019.
Ok, pode não dizer em termos de mérito global, mas eu entendi como mérito na temporada. Neste caso, acho que Zhou ficou à frente por mérito, não por acaso (como o Kubica com o Russell).
Podia ter pontuado ontem, mas devia estar a pensar mais nas férias do que na corrida e fez asneiras.
Esta despedida foi miserável e o Bottas só tem de se queixar de si mesmo. Se o acidente com o Pérez ainda pode ter alguma condescendência, o acidente com o Magnussen não tem desculpa nenhuma, mero desespero. Bottas sai pela porta pequena, o que é pena para um piloto com uma carreira interessante, mas deve-o apenas a si mesmo. O Zhou soube tirar partido do Sauber ligeiramente melhorado, nas últimas corridas, o Bottas não teve cabeça e só fez bosta.
Discordo totalmente da frase : “Bottas sempre foi subestimado”! É exatamente o contrário! Ele sempre foi superestimado! Um piloto que sempre foi rápido numa volta, apenas isso! Em corrida nunca foi páreo para Hamilton. Se largava na frente com um ótimo carro, sem tráfego, aí tudo ok. Mas largando um pouco mais atrás ou no meio do pelotão, sempre foi um desastre para se recuperar e fazer ultrapassagens. O que vimos domingo foi Bottas sendo Bottas em sua essência!
Nada a opor. Penso o mesmo. Quando estava a ler o texto o que me veio à mente foi: subestimado ou sobrestimado? O resto do seu comentário resume, para mim, a carreira de bottas na F1. É um daqueles que, para mim, tiveram mais anos de F1 do que aquilo que o seu talento vale.