F1, GP da Hungria: Os melhores e os piores
É tempo de rever uma última vez os acontecimentos na Hungria e apontar os melhores e os piores do fim de semana. Lewis Hamilton voltou a ser dominador e saiu da Hungria com a liderança do campeonato no bolso. Eis a nossa seleção.
Os melhores
Lewis Hamilton
Imparável. Na qualificação impôs a sua lei e conquistou a 90ª pole, o que lhe dá uma taxa de sucesso de 35.57%. Números monstruosos que continuam a aumentar, tal como o número de vitórias que agora subiu para 86, com uma taxa de aproveitamento de 34%. Hamilton passeou a sua classe em Hungaroring, esteve um nível acima de todos os restantes e confirmou que apesar de tudo o que se possa dizer… o grande favorito é ele e o hepta vem a caminho.
Lance Stroll
Não é um piloto que desperte paixões, quer pelo que mostra em pista, quer pela postura fora dela. É um piloto que traz pouco à F1, mas numa fase em que se fala de mudanças na Racing Point, fez questão de calar os críticos com uma excelente exibição durante o fim de semana, quer na qualificação, quer na corrida. O seu lugar não está em perigo, mas Stroll mostrou que pode ser mais do que apenas o filho do patrão.
Red Bull
Pode não ser consensual atribuir o título de uns dos melhores do fim de semana à Red Bull. Afinal o fim de semana foi confuso, com muitas dificuldades em encontrar o equilíbrio certo no carro, o que complicou a vida aos pilotos. Mas no domingo a Red Bull mostrou porque é sempre uma das melhores. Os mecânicos fizeram um trabalho estupendo depois do erro de Verstappen, ainda antes da corrida começar e a equipa conseguiu maximizar o resultado possível. Não chega para o título, mas o esforço dos mecânicos da equipa que fizeram um pequeno milagre e depois voltaram dos mais rápidos nas paragens nas boxes tem de ser enaltecido.
Williams
Dois carros na Q2, era algo que já não víamos há algum tempo por parte da Williams. O carro tem um ritmo interessante em qualificação e beneficia do talento de George Russell que tira o melhor partido do que tem à disposição. Em corrida as coisas não fluem tão bem e as dificuldades são claras, mas os passos são positivos e merecem ser realçados.
Kevin Magnussen
Um dos pilotos mais subvalorizados do grid. Tem um feitio pouco dado a sorrisos e em pista é terrível na defesa do seu espaço. Mas a equipa emendou o erro de o colocar com pneus de chuva (de forma atabalhoada, o que valeu penalização) e sendo o primeiro a calçar pneus slicks, ficou em excelente posição para marcar pontos. Mesmo com a penalização acabou em 10º, um prémio merecido pelo trabalho em pista e pela frieza de não se meter em batalhas que não eram suas.
Sebastian Vettel
Numa altura em que é carta fora do baralho na Ferrari mostrou toda a sua qualidade e experiência. A forma como pediu para colocar pneus médios ao invés dos macios é a prova que apesar de todas as críticas, ainda é dos mais inteligentes em pista. Foi essa decisão que lhe valeu o sexto lugar final, enquanto Charles Leclerc ficou fora dos pontos. Já na qualificação tinha mostrado um nível ligeiramente superior ao do seu colega de equipa. O “velho” ainda não está acabado.
Os piores
Ferrari
Os erros continuam. Um carro difícil de guiar, melhorias que não trouxeram grande evolução, uma equipa algo perdida e erros estratégicos. Um quadro já antes visto e que continua. A Ferrari tem de fazer muito mais e a paciência dos fãs esgota-se.
Esteban Ocon
Não está a ser fácil o regresso do francês. Uma desistência e uma corrida fora dos pontos são o resumo das duas últimas provas de Ocon. O talento está lá, mas a sorte não o tem acompanhado neste começo de época. Pode e vai fazer mais, desde que não fique mentalmente afetado com este arranque.
Sérgio Pérez
Pérez sabe que pode estar de saída da equipa e talvez isso o tenha afetado neste fim de semana. Em qualificação é normal não brilhar, é um ponto fraco assumido, sendo que o mexicano prefere afinar o carro para a corrida, esquecendo um pouco a qualificação, embora tenha feito o quarto melhor tempo. Mas nem na corrida vimos o Pérez do costume. Não esteve no topo das suas capacidades e foi apenas um ator secundário enquanto o seu colega de equipa assumiu o protagonismo. Pode fazer mais, mas o contexto atual pode não beneficiar.
Valtteri Bottas
A um candidato ao título pede-se mais. Bottas não foi capaz de chegar a Verstappen, e ficou longe do ritmo de Hamilton. O próprio admitiu que foi uma corrida fraca, mas já começamos a ter visluimbres do passado… Bons começos e depois um abaixamento de forma. Bottas tem de mostrar mais se quiser assustar Hamilton. Está ainda longe de o fazer.
Alfa Romeo / Alpha Tauri
Fraco andamento, quer em qualificação quer em corrida. Dos quatro pilotos destas duas equipas, apenas Pierre Gasly se evidenciou na qualificação, mas problemas de motor voltaram a impedir que o francês fizesse mais. Duas equipas que precisam de melhorar para começar a marcar pontos.