F1, GP da China: Isack Hadjar envergonhado, mas feliz com apoio de Lewis Hamilton

Isack Hadjar respondeu às críticas de Helmut Marko depois de o conselheiro da Red Bull ter considerado “embaraçosa” a sua reação emocional ao despiste na volta de formação do Grande Prémio da Austrália.

Hadjar reconheceu que também achou a reação embaraçosa, mas esclareceu que falou com Marko e que não existem problemas entre eles.

“Eu próprio senti-me envergonhado. Falei com o Helmut ao telefone um dia depois, e está tudo bem. Conheço-o há alguns anos. Sei como ele trabalha. Além disso, acho que ele disse aquilo em alemão e foi reinterpretado de forma diferente. Não vi as imagens, por isso não posso dizer muito”.

O jovem piloto foi consolado por Anthony Hamilton no paddock. Hadjar descreveu-o como um momento especial, especialmente porque Lewis é o seu ídolo.

“Ele [Anthony Hamilton] disse que lhe fez lembrar o Lewis com a saída de pista na entrada das boxes em Xangai. Foi um momento agradável, partilhar tempo com alguém como o Anthony – obviamente, o pai do meu ídolo. Por isso, foi um momento muito especial. E, de facto, o Lewis enviou-me uma mensagem mais tarde nesse dia. Pessoal com muita classe”.

Mais tarde, Lewis Hamilton contactou Hadjar com palavras de apoio, dizendo que compreende como estes momentos são dolorosos e sublinhando que uma corrida não define um piloto. Hamilton também se ofereceu para estar disponível para conversas no futuro, encorajando Hadjar a concentrar-se em recuperar dos contratempos.

“Nesses momentos, sentimos que não só estamos desiludidos connosco como também sentimos que todos os olhos estão postos em nós e que todos nos estão a julgar”, disse Hamilton. “Só queria ter a certeza de que ele (é importante nesses momentos), tem pessoas com quem pode falar”.

“Eu realmente queria tentar estar lá o máximo que eu pudesse e a minha porta está sempre aberta, podemos sempre ter conversas para seguir em frente. Ele deve saber que uma corrida não o define, há muitas oportunidades pela frente. O que importa não é a queda, mas sim a forma como nos levantamos”.