F1: GP da Bélgica permanece em 2023 após colapso das negociações com GP da África do Sul
Após colapso das conversações para um regresso iminente ao circuito de Kyalami, na África do Sul, o Grande Prémio da Bélgica vai continuar no calendário de Fórmula 1 por mais um ano.
As esperanças para a realização de um Grande Prémio da África do Sul em 2023 caíram por terra após uma série de negociações entre a Fórmula 1, o promotor da corrida local e os proprietários do circuito de Kyalami terem falhado, avança o RacingNews365.com.
Embora a Fórmula 1, propriedade da Liberty Media, esteja determinada a organizar uma corrida em África, é provável que se procure um novo promotor, sendo que 2024 seja agora o ano traçado para a realização de Grande Prémio no continente. A atual empresa promotora, South African Grand Prix (Pty) Ltd, liderada por Warren Scheckter, sobrinho do campeão do mundo pela Ferrari, Jody Scheckter, já foi informada da decisão.
A decisão significa que o Grande Prémio da Bélgica poderá continuar no calendário em 2023, sendo que o contrato do histórico circuito de Spa-Francorchamps expira no final deste fim-de-semana, após a conclusão do Grande Prémio.
Espera-se um anúncio este fim-de-semana, potencialmente já na manhã de sábado, com um calendário provisório para 2023 (pendente de ratificação pela FIA mais à frente, em outubro). Espera-se que o calendário albergue 24 corridas, incluindo um provisório Grande Prémio da China.
O maior obstáculo para a corrida se realizar já em 2023 na África do Sul foi a falta de apoio tangível do governo, tendo o Departamento de Turismo da África do Sul estado preparado para contribuir através de uma taxa turística especial, mas não emitir garantias.
O bilionário Patrice Motsepe, o homem mais rico da África do Sul e Presidente da Confederação Africana de Futebol, manteve inicialmente conversações com a SAGP com vista a financiar o evento com base num empréstimo, mas a empresa não conseguiu cumprir as condições de aluguer do circuito estipuladas pelo Kyalami. Motsepe é o cunhado do Presidente de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
O conselho de desporto automóvel da África do Sul também tinha manifestado preocupações sobre o curto espaço de tempo para preparar o evento, salientando que o país não tinha acolhido um Grande Prémio durante 30 anos. O Presidente da MSA, Anton Roux, voou para o Grande Prémio da Áustria em julho para discutir a situação.
Outro obstáculo terá sido o investimento que precisava de ser feito no circuito sul-africano, cerca de 15 milhões de dólares, para cumprir os requisitos da licença de Grau 1 da FIA, avança o mesmo órgão de comunicação social.