F1, George Russell: “Se existisse gravilha, os pilotos iriam tratar os limites de pista de forma diferente”
George Russell é de opinião que a solução para as várias infrações aos limites de pista são simples: escapatórias de gravilha. Enquanto os pilotos tiverem uma ‘rede’ a ‘protegê-los’, eles vão ‘alargar’ os limites do que fazem em pista.
A sugestão do piloto britânico surgiu após numerosas penalizações e incidentes por violação aos limites de pista, onde o carro ia muitas vezes para lá da linha branca, em Spielberg: “É uma posição muito difícil para todos os envolvidos, mas está a ficar um pouco fora de controlo”, acrescentou. Russell acredita que a questão está a ser tratada superficialmente, afirmando que é necessário “voltar à raiz da questão”.
“Se existissem mais escapatórias de gravilha, provavelmente os pilotos iriam tratar os limites de pista de forma diferente, os resultados teriam sido diferentes, as penalizações podiam ter sido diferentes…”
“Precisamos de, em vez de andar em círculos e tentar encontrar a melhor solução, resolver a raiz da questão. [Depois] não estaremos nesta situação. É tão difícil para nós, pilotos, neste momento, abordar uma linha branca, onde não se consegue sentir a essa linha branca”, afirmou.
“Correndo lado a lado, se fores empurrado para fora, vais manter o pé para tentar atacar novamente na próxima curva, mas se houver ali uma escapatória de gravilha, ou qualquer outra coisa que nos penalize, ambos os pilotos terão abordagens diferentes”.
“Penso que nos sentimos ouvidos”, disse o piloto da Mercedes sobre a relação dos pilotos com a FIA. “Mas eles não podem simplesmente mudar as regras semana sim, semana não, quando um piloto aparece e diz: ‘Penso isto, penso aquilo’.
Eles precisam de se cingir às suas armas, mas só precisam de ser aplicadas de forma consistente e precisa para ser claro para todos nós”, insistiu o piloto de 24 anos.
“Penso que as penalizações precisam de ser um pouco mais consistentes e isso só acontecerá se houver consistência por parte das pessoas que supervisionam os regulamentos”, concluiu Russell.
Eduardo Moreira