F1: FIA procura fabricante para novo ‘Halo’ em 2026
Com a entrada em vigor dos novos regulamentos da Fórmula 1 em 2026, que deverão resultar em monolugares mais leves, a FIA pretende introduzir um novo ‘Halo’, mantendo os níveis de segurança, mas também mais leve.
A FIA tenta substituir o ‘Halo’ utilizado nos carros de Fórmula 1 por uma nova versão em 2026, com peso reduzido. Os fabricantes foram convidados a apresentar propostas para o fornecimento de deste componente de segurança dos monolugares a utilizar pelas equipas de F1 quando forem introduzidos novos regulamentos técnicos em 2026.
Um dos objetivos da FIA com os seus novos regulamentos é reduzir o peso dos carros de F1, que tem aumentado constantemente ao longo dos anos. O peso mínimo, ao abrigo das regras atuais, é de 798 quilogramas.
O ‘Halo’, um componente obrigatório de especificação fixa e que surgiu no seguimento do acidente de Jules Bianchi no Japão, pesa sete kg. Segundo o documento do concurso lançado pela FIA para o ‘Halo’ de 2026, a próxima versão deve ter uma massa “superior a 6 kg” e “deve ser em liga de titânio”, o que significa que esperam reduzir o seu peso em, no máximo, um quilograma.
Para garantir que a nova versão não faz nenhuma concessão à segurança, serão aplicados três testes estáticos ao projeto. O documento do concurso especifica que o ‘Halo’ deve ser construído a partir de uma liga de titânio, tal como acontece com os atuais. As versões mais pesadas em aço são utilizadas nalgumas categorias inferiores, onde as velocidades de impacto poderão ser mais baixas.
Recordamos que um dos primeiros desafios de Mohammed ben Sulayem como Presidente da FIA, foi resolver uma questão legal com o inventor e detentor da patente do ‘Halo’, Jens Nygaard, que colocara a entidade federativa em tribunal por alegada violação da sua patente. O ‘Halo’ passou a equipar obrigatoriamente todos os monolugares das competições sob alçada da federação internacional a partir de 2018 na sequência do acidente de Jules Bianchi em Suzuka. Teve um ‘parto’ difícil e demorou muito até que todos os intervenientes na Fórmula 1 o aceitassem, mas o sistema de proteção já salvou a vida a alguns pilotos e mais que isso, justificou todo o investimento e teimosia da FIA.
Neste momento, os monolugares utilizam a quarta versão do ‘Halo’, desde a introdução do atual regulamento técnico. O grave acidente de Romain Grosjean no final da época de 2021 teve impacto, mas o novo limite mínimo de peso dos monolugares obrigou que o sistema de segurança fosse revisto e aguente impactos mais fortes do que a versão anterior.
Porque não deixam liberdade às empresas para descobrir novos materiais ou soluções, referindo apenas as dimensões e o nível de resistencia que devem suportar e resistir?
O peso faria naturalmente parte de um dos critérios de avaliação.