F1: FIA defende processo de verificações técnicas após desqualificação de Hamilton e Leclerc

Por a 26 Outubro 2023 10:26

A FIA explicou, através de comunicado, o seu processo de verificações técnicas, após as muitas dúvidas levantadas com a desqualificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc no final do Grande Prémio dos EUA.

Foram verificados os desgastes da prancha no fundo de quatro monolugares e em dois deles verificaram-se infrações, o que levanta a dúvida de quantos poderiam estar nas mesmas condições do Mercedes W14 do britânico e do Ferrari SF-23 do monegasco.

A FIA começa por defender que “todos os fins-de-semana é efetuada uma série de verificações aleatórias em diferentes áreas dos carros”, um processo que está “em vigor há muitas décadas e existe para garantir o cumprimento dos regulamentos, uma vez que as equipas não sabem, antes da corrida, quais as áreas específicas dos seus carros que podem ser examinadas para além das verificações normais realizadas em todos os carros todos os fins-de-semana [como a amostra de combustível retirada de todos os carros após cada Grande Prémio]”. 

Depois de recordar que todos os concorrentes sabem que o não cumprimento dos regulamentos pode ter consequências graves, a entidade federativa garante que a sua equipa técnica “tem uma vasta experiência, bem como dados de uma infinidade de fontes e sensores que ajudam a informar as decisões sobre os aspetos de conformidade que podem ser verificados. Na grande maioria das vezes, todos os carros são considerados em conformidade. No entanto, como aconteceu em Austin, ocasionalmente são detetadas infrações às regras e comunicadas aos Comissários Desportivos, que decidem as medidas adequadas a tomar”. 

No entanto, “é necessário realizar muito trabalho no tempo limitado disponível após o final de um Grande Prémio e antes de os carros terem de ser devolvidos às suas equipas para serem desmontados e transportados para a corrida seguinte. No entanto, apesar de ser efetuada uma vasta gama de verificações, é impossível abranger todos os parâmetros de cada carro no curto espaço de tempo disponível – e isto é especialmente verdade em fins-de-semana de corridas consecutivas, em que os prazos de entrega do transporte também têm de ser considerados”.

A FIA salienta que o “processo de controlo não se limita às verificações pós-qualificação e pós-corrida. A FIA também efetua análises adicionais entre a qualificação e a corrida e, para além do número de carros selecionados para os controlos pós-corrida, pelo menos um é selecionado para uma análise ainda mais detalhada dos componentes internos”, que obriga à desmontagem e análise de peças “que não são regularmente verificadas devido ao tempo necessário para efetuar o procedimento. Este processo envolve a comparação dos componentes físicos com os ficheiros CAD que as equipas são obrigadas a fornecer à FIA, bem como a verificação dos dados da equipa que são constantemente monitorizados pelos engenheiros de software”, explicam. 

A FIA termina o comunicado afirmando que este processo foi evoluindo ao longo dos tempos e aperfeiçoado para “constituir o método mais rigoroso e completo de monitorizar os carros de F1 da atual geração, incrivelmente complexos, atuando como um sério dissuasor e sendo, ao mesmo tempo, exequível na prática dentro do quadro logístico de um fim de semana de Grande Prémio”.

Foto: Philippe NANCHINO/MPSA

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4 Comentários
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canam
canam
1 ano atrás

O fundo dos F1s é uma regra básica. O seu desgaste acentuado significa que o carro anda mais perto do chão, logo é mais rápido. As desclassificações por isto são imediatas e no historial da F1 tem havido várias. Esta regra da tábua de madeira do fundo dos F1 é bem antiga. (vem dos anos 80 passados).

2020
2020
Reply to  canam
1 ano atrás

Sim mas para quem tem um chassi diferente de todos os outros – RB – mais difícil de poder acontecer já que o fundo não é plano. … É a minha opinião.

Pity
Pity
Reply to  2020
1 ano atrás

É a segunda vez que o vejo falar no fundo plano. Estranho que andando você por aqui há alguns anos, ainda não tenha reparado que o regulamento mudou o ano passado. Com o efeito de solo, o fundo deixou de ser plano, tem uns túneis chamados Túneis Venturi.
Se não acredita em mim (pode acontecer), procure em sites em que confie.

leandro.marques
Reply to  2020
1 ano atrás

Tu sabes como as medições são feitas?!?!?!?! É que para teres referido o que referiste não fazes a mínima ideia… Sejam os fundos lisos como uma tábua de madeira não trabalhada ou que pareçam com um portão todo floreado tão em voga em Portugal há umas décadas atrás é igual. Os pontos de leitura e suas posições definidas estão lá e não são afetados pelo maior ou menor trabalhado dos fundos. Pensem antes comigo, quais os pilotos que prolongaram o primeiro stint, com os carros com deposito de combustível cheio? Os desqualificados. Os pneus, passando a sua janela de funcionamento… Ler mais »

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