F1: FIA anuncia testes mais rigorosos para as asas traseiras

A FIA confirmou que será introduzido um teste de deflexão da asa traseira mais rigoroso a partir do Grande Prémio da China, depois de analisar as imagens do Grande Prémio da Austrália.
As equipas foram obrigadas a utilizar câmaras para monitorizar as deformações em pista durante os treinos em Melbourne e, embora todos os carros tenham sido considerados legais, a FIA determinou que era necessário um teste mais rigoroso para a parte superior da asa traseira.
As asas flexíveis têm sido um fator-chave no desempenho da F1 durante anos. Tem permitido às equipas aumentar a velocidade em reta através da deformação das asas (reduzindo o arrasto criado), mantendo um elevado apoio aerodinâmico nas curvas. Esta capacidade tornou-se particularmente crucial na atual geração de carros de efeito de solo, que se debatem com a dificuldade de encontrar o equilíbrio certo entre curvas a alta e baixa velocidade.
A Red Bull manifestou preocupações sobre a flexibilidade aerodinâmica das asas da McLaren e da Mercedes na época passada, com a segunda metade de 2024 marcada por esta guerra de bastidores. A equipa austríaca reclamou, mas a FIA manteve os testes e, por conseguinte, a legalidade das asas foi confirmada. No entanto, ao contrário do inicialmente declarado pela FIA, foram introduzidas mudanças nos testes de deflexão das asas dianteiras e traseiras. Os novos testes para as asas traseiras passaram a ser aplicados desde o arranque da temporada, enquanto os testes da asa dianteira se seguirão no Grande Prémio de Espanha (30 de maio – 1 de junho). Agora, a FIA aumenta o grau de exigência dos testes, com efeito já a partir do próximo fim de semana.
O comunicado da FIA
O comunicado divulgado pelo órgão federativo diz o seguinte “Como já foi comunicado anteriormente, entre o final da temporada de 2024 e o início da temporada de 2025, a FIA exerceu a autoridade que lhe é concedida nos termos do artigo 3.15.1 dos Regulamentos Técnicos para introduzir testes de deformação de carga novos ou mais desafiantes para a asa dianteira (da Corrida 9, Grande Prémio da Espanha), a asa traseira superior e a asa traseira inferior (denominada “beam wing).
Além disso, a FIA pediu às equipas que utilizassem câmaras nos treinos livres para monitorizar as deformações em pista exibidas pelos carros durante o Grande Prémio da Austrália.
Depois de analisar as imagens das deformações das asas traseiras, combinadas com as deformações estáticas medidas pela FIA em Melbourne, a FIA concluiu que existem motivos suficientes para a introdução de um teste mais rigoroso na parte superior da asa traseira a partir do próximo Grande Prémio da China.
Mais especificamente, o artigo 3.15.17, introduzido em 2025, estabelece que se forem aplicados 75 kg de carga vertical em qualquer extremidade do elemento principal da asa traseira, a distância entre o elemento principal e o elemento inferior (também conhecida como “slot gap”) não deve variar mais de 2 mm.
A partir do próximo Grande Prémio de Xangai, este limite será reduzido para 0,5 mm. Devido ao curto prazo para Xangai, apenas uma tolerância de 0,25 mm será adicionada a este novo limite. As equipas foram informadas deste teste revisto na segunda-feira, 17 de março.
A FIA deseja ainda confirmar que, durante a prova de Melbourne, todos os carros foram testados de acordo com os requisitos do Artigo 3.15.17 e foram considerados conformes, pelo que todos os carros que correram em Melbourne foram considerados legais.”
Foto: Getty Images / Red Bull Content Pool
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