F1: Equipas pedem alterações aos regulamentos de 2026
As equipas e os pilotos de Fórmula 1 expressam preocupações significativas relativamente aos regulamentos recentemente revelados pela FIA para a época de 2026.
Os regulamentos, que introduzem alterações radicais e complexas, foram recebidos pelos protagonistas com algumas reticências. Após os pilotos duvidarem sobre a viabilidade das equipas conseguirem produzir carros 30 kg mais leves do que os modelos atuais, também os responsáveis das equipas consideram haver a necessidade de alterações.
James Vowles, da Williams, sublinhou que os regulamentos atuais devem ser vistos como um projeto preliminar e não como regras finalizadas. “Atualmente, da forma como os carros estão na versão provisória dos regulamentos, e temos de dizer provisória, os carros não são suficientemente rápidos nas curvas e são demasiado rápidos nas retas. A diferença de desempenho para um carro de Fórmula 2 pode ser tão pequena como alguns segundos. Por isso, estou confiante de que chegaremos a uma solução melhor. Penso que falamos de como fazer deste produto um produto que continua a ser o auge do desporto automóvel.”
Vowles abordou ainda a dificuldade em entender o regulamento. “E parece que a fórmula do motor tornará tudo à sua volta extremamente complicado. Tudo isto é muito técnico e difícil de compreender para nós, por isso, como deve ser para os fãs?”
Mike Krack, da Aston Martin manifestou a preocupação que os carros de 2026 possam ser significativamente mais lentos em comparação com os padrões atuais, algo também sugerido por Alexander Albon após testar uma versão no simulador.
“Tenho um pouco de receio de que tenhamos conferências de imprensa com pilotos a falar de estes pormenores técnicos que muitas pessoas não entenderão e perderão o interesse só por causa disso”, disse Krack. “Se tivermos uma gestão de energia diferente de pista para pista ou restrições no carro que façam com que um carro vá para a frente e outro para trás, como explicamos isto? Penso que é algo que temos de ter em conta.”