F1: Nos passos de Bruce McLaren

Por a 2 Junho 2024 12:02

Bruce McLaren nasceu a 30 de agosto de 1937 em Auckland, na Nova Zelândia. Faria em 2024 – depois de se celebrar os 60 anos da fundação da equipa McLaren em 2023 – 87 anos não fosse o fatídico acidente sofrido em Goodwood a 2 de junho de 1970 aos comandos do novo monolugar da Can-Am, o revolucionário M8D, com o enorme motor Chevy, que seria o dominador da série americana na temporada seguinte… podia ser de outra maneira?

Hoje, 54 anos após a sua morte, é dia de recordar Bruce McLaren, um dos verdadeiros ‘garagistas’ que colocou a sua equipa a competir em várias competições automobilísticas e nos dias de hoje, ainda é um marco no desporto, e o seu legado, a McLaren.

Nova Zelândia, 1953 em Miruwai. Um jovem de 16 anos vencia a sua primeira corrida de automóveis. O jovem que desde pequeno sonhou em ser piloto de corridas, provava pela primeira vez o sabor do triunfo. Provavelmente ninguém naquela altura imaginou que em poucos anos se tornaria num nome incontornável do automobilismo mundial.

Bruce McLaren não teve um começo de vida fácil, estando dois anos preso a uma maca. A doença de Perthes, uma condição que ocorre nas crianças e que se caracteriza por uma perda temporária do fluxo sanguíneo na região da anca, diagnosticada aos nove anos, não lhe retirou o sorriso e a vontade de ser mais rápido. Recuperado da doença nunca se evidenciou nos desportos típicos na Nova Zelândia, mas começou a mostrar um talento inato ao volante, começando a participar em provas locais. O jovem Bruce foi ganhando notoriedade na sua terra natal, de tal forma que Jack Brabham reparou nele. A organização do Grande Prémio Internacional da Nova Zelândia seccionou-o para o seu programa “Piloto para a Europa”, concebido para proporcionar a um promissor piloto uma experiência com os melhores do mundo. Iria para a casa da F1, Inglaterra, sob a “proteção” de Brabham.

A chegada à Europa

Chegado à Europa, integrou a Cooper, onde militava Brabham. Na altura, a Cooper situava-se em Surbiton, nos arredores de Londres, e tinha construído um carro compacto, bastante leve e com um motor situado atrás do condutor, uma configuração inicialmente revolucionária, mas que se tornaria a norma. Após uma promissora estreia na F2 em 1958, McLaren passou a integrar a equipa de F1 durante a época de 1959, tendo por ali ficado durante sete anos. As suas qualidades de condução eram evidentes, o que ficou provado quando venceu o Grande Prémio dos Estados Unidos em 1959, numa altura em que tinha 22 anos e 80 dias, o que o tornou no mais jovem piloto a vencer um Grande Prémio de F1, recorde que perdurou por mais de 40 anos.

Mas McLaren vendo Brabham criar a sua equipa, cedo entendeu que queria fazer o mesmo. A verdade é que Bruce McLaren era bem mais do que um bom piloto. As suas capacidades como preparador vinham desde os seus 14 anos de idade, quando alinhou numa prova de rampa com um Austin 7 Ulster preparado por si na estação de serviço onde o seu pai trabalhava. Já na década de 60, e como era bastante comum na altura, McLaren pilotou também bastante em provas de Sport, bem como carros de produção, para além da sua cruzada na F1. Pilotou para marcas como a Jaguar, a Aston Martin e a Ford, com a qual venceu as 24 Horas de Le Mans em 1966.

Sucesso rápido e morte prematura

Fundou a sua própria equipa em 63, apostou na Can-Am para ganhar dinheiro ao mesmo tempo que testava para a Ford, trabalhando no GT40 da marca americana, ganhando dinheiro para a sua equipa. Todo o seu esforço era canalizado para a F1,onde queria ter sucesso. O primeiro grande triunfo surgiu em 1968 quando McLaren venceu em Spa, com um carro com o seu nome. Apenas a segunda vez que tal acontecia na F1 e algo que nunca mais se repetiu, As fundações da sua equipa iam ficando cada vez mais fortes, mas infelizmente Bruce McLaren faleceu com 32 anos, ao volante do M8D num teste de preparação da máquina para a época de Can-Am de 1970.

O legado de Bruce não morreu com ele. Pelo contrário, a sua paixão contagiou todos os que o rodeavam, que fizeram questão de manter o sonho do homem que os guiou até então e o nome McLaren continuou em pista. Passado quatro anos da sua morte a McLaren venceu o seu primeiro título com Emerson Fittipaldi e vencia na Indy 500 com Johnny Rutherford, repetindo o feito em 1976, com James Hunt a dar o título na F1 e Rutherford a repetir o êxito na Indy 500, um feito inédito para uma equipa de competição.

A trajetória de evolução da McLaren era clara e em menos de dez anos passou de uma equipa pequena a trabalhar numa espécie de galpão, para ser uma das melhores equipa do Grande Circo. Mas em 1978, o bem sucedido M26 já não tinha argumentos para andar na frente e os sucessores (M28 e M29) eram carros pouco competitivos. Com os maus resultados a sucederem-se e a pressão da Philpp Morris (patrocinadora principal) a aumentar Teddy Mayer, no leme da operação desde a morte de Bruce, teve de abrir a porta a um tal de Ron Dennis.

Sr. Perfeição entra em cena

Dennis tinha criado a sua equipa depois ter sido mecânico de Jochen Rindt na Cooper, acompanhando a mudança do piloto alemão para a Brabham. Dennis ficou na Brabahm até ao fim da equipa, altura em que a sua reputação já lhe permitia almejar criar uma equipa sua. Começou com a Rondel que por falta de apoios não singrou na F1, depois de uma passagem bem sucedida pela F2. Com esse projeto falhado voltou a tentar na F2 novamente com sucesso, criou a Project Three e depois a Project Four que participou na criação do programa Procar BMW M1. O sucesso de Dennis não estava completo e a vontade de voltar a tentar a F1 era grande a porta surgiu pela McLaren.

A Philipp Morris, descontente com os resultados da McLaren e sendo também patrocinadora da equipa de Dennis, colocou o britânico à frente da McLaren, com Mayer ao seu lado e a Project Four fundiu-se com a McLaren, mantendo o nome da equipa de F1. Dennis tinha ao seu lado o desenhador John Barnard com um projeto inovador que iria colocar em pista o primeiro carro em fibra de carbono. O MP4/1 (Marlboro Project 4 – 1) foi o primeiro carro desta nova colaboração. Pouco tempo depois Dennis adquiriu a totalidade da equipa a Mayer e ficou sozinho à frente da equipa.

Dois anos depois da entrada de Dennis a McLaren tornava-se vice- campeã e em 84 voltava a vencer o título, dez anos depois, iniciando uma era de domínio absoluto que prevaleceu durante nove épocas. A McLaren cimentou a sua posição como uma das maiores equipas da F1 e Ron Dennis fez crescer a equipa de forma imparável. O início do novo milénio deu-nos uma McLaren sempre na luta pela melhores posições, apesar do domínio da Ferrari e no virar da primeira década dos anos 2000, a McLaren era a segunda equipa mais velha da grelha, a segunda mais bem sucedida, atrás da Ferrari, com o nome McLaren agora a voltar às estrada com uma aposta forte em modelos desportivos de topo de gama.

Com Ron Dennis ao leme a McLaren tornou-se em mais do que uma equipa de F1. Passou a ser sinónimo de tecnologia de ponta, de carros de alta performance, com o McLaren Technology Center a ser o símbolo da marca, um complexo tecnológico onde a equipa desenvolveu todos os seus carros. Desde 1980 até 2013, com avanços e recuos, a McLaren instalou-se no topo do automobilismo e por lá permaneceu durante trinta anos.

O começo do ciclo negativo

A chegada a 2013 mudou tudo e começou um ciclo negativo que demorou sete épocas a ser contrariado. De 2008 a 2012 a McLaren terminou sempre no top3 em luta com a Red Bull e a Ferrari, com os Bulls a levarem a melhor e a McLaren a ter algum ascendente sobre a Scuderia, 2012 deu o terceiro lugar, mas com uma ponta final de época muito interessante, com o MP4/27 a mostrar ser um carro rápido e capaz de ganhar. Mas os engenheiros consideravam que o carro não dava garantias para 2013. Apesar de rápido, o monolugar não era uma plataforma completamente entendida pelos engenheiros da equipa sediada em Woking e para evitar surpresas desagradáveis, resolveram fazer um carro do zero, o MP4/28, um ano antes da mudança de regulamentos para motores híbridos. A mudança revelar-se-ia desastrosa e a McLaren acabou com um carro muito menos competitivo e que permitiu apenas chegar ao quinto lugar. A nova era híbrida não trouxe melhorias e apesar de terem o melhor motor da grelha, e terem terminado no pódio a primeira corrida de 2014, a McLaren continuava com problemas e não conseguia ser competitiva o suficiente para ameaçar os líderes e terminou 2014 em quinto também, atrás de uma Ferrari perdida, uma Williams renascida, da Red Bull e dos Mercedes que se tornariam dominantes desde essa altura.

O pesadelo Honda e a saída de de Dennis

Ron Dennis, que tinha abandonado o cargo de CEO para se focar apenas na presidência do grupo, estando mais focado no desenvolvimento da marca fora das pistas, regressou em 2014 para voltar a colocar a equipa no caminho do sucesso. O plano passava por reeditar a parceria de sucesso dos anos 80 com a Honda que passaria a fornecer as unidades motrizes além de um cheque anual de 100 milhões. Com a McLaren a ser fornecida em exclusivo pela Honda, podia funcionar quase como a Mercedes e Ferrari, usando motores “próprios” e sem depende de fornecedores que também competem em pista. Na teoria a visão de Dennis era a ideal, mas a prática revelou-se um pesadelo.

Em 2015 a Honda entrou com pouca preparação e com uma unidade motriz longe de ser competitiva e fiável. Desde cedo se entendeu que a relação entre a McLaren e os japoneses não era harmoniosa e essa sensação foi se confirmando ao longo do tempo. 2016 não trouxe melhorias e no final da época a surpresa aconteceu… Ron Dennis, o homem que reergueu a equipa nos ano 80 e lhe deu a dimensão que tem hoje foi afastado do cargo de CEO pela maioria dos acionistas deixando para trás um legado de 35 anos. Em 2017 o britânico vendeu a sua percentagem da equipa e desligou-se definitivamente da “sua” McLaren. Ver a McLaren sem Dennis foi um choque para muitos e o segundo homem a colocar a equipa na rota do sucesso ficava de parte.

Uma nova era com começo titubeante

Com a saída de Dennis os acionistas foram buscar um nome conhecido do automobilismo… Zak Brown.

Brown, homem da Califórnia, correu durante dez anos, começando em 1986 nos, karts, F3 britânica, Indy Lights e GT2. Depois de um interregno entre 2001 e 2005, voltou de forma esporádica às pistas criando em 2009 a United Autosports com Richard Dean, além de começar a focar-se nos negócios onde se tornou uma referência na área do marketing ligado ao desporto motorizado e de ser presidente não executivo de uma das maiores plataformas mundiais de comunicação de desporto motorizado.

Brown chegou com a missão de devolver à McLaren a glória do passado, com uma herança pesada.

Zak Brown não tinha uma tarefa fácil quando assumiu o comando da McLaren. Ron Dennis era já um nome mítico da F1, que transformou a McLaren numa equipa de topo e numa marca globalmente conhecida. O contributo de Dennis é inquestionável e deu uma dimensão ainda maior ao legado de Bruce McLaren, fundador da equipa que ainda hoje, passado tantos anos é recordado com saudade pela sua tenacidade, caráter e talento.

A McLaren estava destinada a grandes feitos, com homens de visão, que não olharam a meios para atingir os fins. Foi esta herança pesada que Zak Brown começou a carregar em 2016. Chegou com a missão de reerguer uma equipa perdida, sem patrocinadores de monta, sem competitividade e sem ânimo e com uma das maiores estrelas da F1, Fernando Alonso, sem carro para mostrar o seu talento. Encontrou um cenário longe do ideal, mas veio determinado em usar todo o seu vasto conhecimento no automobilismo para ter sucesso.

Bater no fundo e recomeçar

Os primeiros tempos foram duros para Brown. A equipa estava convencida que tinha o melhor chassis e que apenas a deficitária unidade motriz da Honda impedia que se lutasse pelo título. O foco passou a estar na altura em Alonso, que chegou à equipa pela mão de Dennis, numa espécie de” All In” no espanhol. Era preciso dar-lhe as ferramentas mínimas para regressar ao topo o mais rapidamente possível. Esta pressão de dar a Alonso um carro minimamente decente, esperando pelos milagres do asturiano, colocaram ainda mais pressão na equipa, que por sua vez colocavam mais pressão na Honda, deteriorando uma relação cada vez menos saudável. Sem esperança no trabalho dos nipónicos, a McLaren apostava nos motores Renault para chegar ao sucesso a curto prazo. Mas os problemas eram mais profundos do que Dennis e até Brown poderiam ter pensado.

As lacunas a nível estrutural ficaram expostas quando a McLaren já não se podia mais desculpar com a falta de capacidade das unidades da Honda… a performance de 2017 mostrou de forma clara que o problema da McLaren não era apenas o motor. Uma organização hierárquica que não permitia avanços rápidos, uma infraestrutura a precisar de melhorias e uma abordagem que tinha de ser repensada. Tudo tinha de ser revisto. Alonso bateu com a porta no fim desse ano, apesar de ter renovado no começo da época e a McLaren ficava sem a sua estrela, sem argumentos, com cinco anos de performances pobres e o ânimo arrasado.

Foi o momento de definição para Brown e agora com já pouco menos de duas épocas de experiência tratou de fazer as mudanças necessárias, sem a pressão de dar um carro vencedor a um campeão do mundo. Foi inteligente na abordagem e ao invés de rasgar tudo e começar do zero, deixou que numa primeira fase o muito talento que reside em Woking estabelecesse as fundações enquanto procurava soluções para o futuro, sob a batuta de Pat Fry, que sairia no final da reestruturação. As adições de James Key para diretor técnico, um nome já há muito falado para grandes equipas, depois do excelente trabalho na Toro Rosso e de Andreas Seidl para diretor da equipa trouxeram a clarividência e o rumo que a equipa precisava.

Os primeiros raios de luz

O trabalho feito pelos homens da casa merece destaque e o carro de 2019 já apresentava uma base interessante, muito graças ao trabalho de Fry. Mas Key e Seidl foram duas apostas em cheio, em especial o alemão que foi arrancado do reino da Porsche para reeditar o seu excelente trabalho no projeto de endurance da marca alemã.

A evolução da equipa em 2019 foi clara. Olhando de uma forma simplista, apenas para os resultados da qualificação na última prova, em Abu Dhabi, em 2014 a diferença para a Mercedes era de 1,4 seg., Em 2015 foi de 2,4seg, distância que se manteve mais ou menos inalterada em 2016 e 2017. Em 2018 a diferença foi de quase três segundos, mas em 2019, passou a ser de apenas 1,6 seg. e em 2020… 0,5 seg. O salto que a equipa deu em 2019 foi tremendo, sendo consolidado em 2020. Em dois anos a McLaren foi a equipa que mais evoluiu na F1.

Brown teve também a estrelinha da sorte do seu lado e a aposta numa dupla jovem para esta nova era parecia demasiado arriscada, mas Carlos Sainz integrou-se de forma perfeita na equipa, criou uma ligação raramente vista com Lando Norris que se mostrou um jovem talentoso, irreverente mas com capacidade para assumir o desafio. A atmosfera sem pressão permitiu que ambos mostrassem o melhor de si desde cedo e o trabalho conjunto da equipa foi melhorando a cada corrida.

O resultado é uma equipa muito melhor, mais capaz, com um carro mais competitivo e acima de tudo, com um espírito de equipa mais vivo que já rendeu dois pódios e um terceiro lugar final em 2020. A McLaren era uma equipa algo cinzenta com uma postura fria, muito graças à visão perfeccionista de Dennis. Agora há mais fogo, há mais vida, graças à postura de Brown.

A nova visão de Brown

A mudança tem um rosto. Para o bem e para o mal Zak Brown ficará ligado de forma bem vincada aos sucessos e insucessos da equipa nos próximos anos. Para já parece estar a fazer um bom trabalho, apesar de ter demorado a entender os problemas e de ter dado demasiada importância a Alonso no começo do seu “reinado”. Brown disse em 2017 que seriam precisos cinco anos para voltar a ver a McLaren lutar por títulos. Só o tempo dirá se a previsão estava certa, mas a evolução até agora entusiasma.

A McLaren ainda não é aquela equipa poderosa que víamos no início desta década. O tempo perdido e os erros cometidos de 2012 a 2017 custaram caro e ainda se farão sentir por algum tempo. Mas Brown sabe atrair patrocinadores e depois desta reformulação, e de todos os departamentos estarem em “velocidade de cruzeiro” pode dedicar-se àquilo que sabe fazer melhor que é atrair investimento.

Brown parecia ter encontrado a fórmula do sucesso. Mais que isso, mostrou a ambição de tornar a McLaren uma equipa global com a aposta na Indy, o interesse no endurance, numa filosofia que não era seguida por mais nenhuma equipa da F1 na altura. Falhou em alguns capítulos, mas apostou em Lando Norris como piloto da equipa, um dos jovens que pode marcar uma nova geração na Fórmula 1, assim como o seu companheiro de equipa em 2023, Oscar Piastri. Juntos são a esperança da McLaren para a F1, enquanto o projeto da Indycar sofreu também alguns contratempos.

No entanto, a aposta mantém-se forte na F1 e na Indy. E isto leva-nos de volta ao início da história da McLaren.

Um novo ciclo com raízes fortes nos primórdios da equipa

Com Bruce McLaren ao leme, a equipa tentou o sucesso na F1 e conseguiu, tentou o sucesso na Can-Am e conseguiu. Bruce McLaren venceu na F1, venceu, venceu em Le Mans e venceu na Can-Am. Com o seu espírito empreendedor e gosto pela engenharia, focou-se em fazer carros de topo que permitiram aos seus pilotos vencer. Com a sua coragem e astúcia apostou em diversas frentes e conseguiu impor-se.

A paixão de Bruce McLaren pela engenharia, pela perfeição mecânica, pelo engenho e pela parte da expansão dos negócios foi honrada de certa forma por Ron Dennis, que usou a mesma abordagem perfecionista para fazer crescer a marca na F1 e nas estrada. Com Ron Dennis a McLaren criou os alicerces para uma marca forte de alcance global. Com Zak Brown a visão é mais ampla, mais aberta. A aposta em diversas categorias, o ambiente mais leve, mais descontraído e os sorrisos em quem trabalha na McLaren são também um reviver dos primórdios da McLaren em que Bruce não era apenas o chefe mas sim mais um dos mecânicos que, apesar da tremenda carga de trabalho nunca perderam o sorriso graças ao humor de Bruce.

No funeral de Timmy Mayer, irmão de Teddy Mayer (que viria a ser o responsável pela equipa logo após a morte de McLaren), primeiro piloto a morrer com um carro feito pela sua mão, Bruce McLaren disse a famosa frase: “Fazer algo bem vale tanto a pena, que morrer a tentar fazê-lo melhor não pode ser imprudente. Seria um desperdício de vida não fazer nada com a própria capacidade, pois sinto que a vida se mede em realizações, não apenas em anos”.

Com apenas 32 anos de vida, as realizações de Bruce foram o catalisador para uma das maiores equipas de sempre do automobilismo. Uma equipa que passou por um ciclo negativo mas que agora se reergue novamente. McLaren está imortalizado e o seu legado perdurará. Mas agora o nome volta a ganhar força, volta a ser respeitado dentro de pista. Com a resiliência típica do seu fundador, a equipa esta de novo na rota do sucesso. A McLaren é hoje uma equipa com uma postura muito mais próxima da do homem que sonhou ser piloto e ter a sua equipa. Bruce McLaren certamente sorriria ao ver os monolugares laranja a passarem em pista.

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