F1: Conselho Mundial da FIA aprovou teto orçamental
O Conselho Mundial da FIA aprovou formalmente as alterações aos regulamentos da Fórmula 1 recentemente propostos, sendo que a medida aprovada mais importante é a confirmação do novo teto orçamental que está agora oficialmente fixado em 145 milhões de dólares para o primeiro ano, 2021, 140 milhões de dólares em 2022 e 130 milhões de dólares nos três anos seguintes, isto para anos ‘normais’, o que significa que já se estão a precaver para acontecimentos como o que está a afetar a presente temporada. Eis a comunicação da FIA que resume que que foi aprovado:
O Conselho Mundial do Desporto Automóvel da FIA aprovou por e-vote novas alterações ao Regulamento Desportivo, Técnico e Financeiro, que regem o Campeonato do Mundo de Fórmula 1, principalmente devido à necessidade de reduzir os custos e salvaguardar o desporto à luz da atual pandemia da COVID-19.
Na sequência do acordo inicial de adiar o Regulamento Técnico de 2021 para 2022 (que foi aprovado pelo Conselho Mundial de 30 de março de 2020), as alterações adicionais ao Regulamento Desportivo, Técnico e Financeiro para 2020, 2021 e 2022 receberam apoio unânime das equipas de Fórmula 1 e foram ratificadas hoje pelo Conselho Mundial.
Segue-se um resumo das alterações:
Regulamento Técnico:
Congelamento de uma vasta lista de componentes entre 2020 e 2021. A lista inclui o chassis, a caixa de velocidades, uma série de componentes mecânicos e estruturas de impacto. Foi concebido um sistema de ‘tokens’ simbólico para permitir um número muito limitado de alterações de acordo com as necessidades específicas dos concorrentes.
Depois de de 2020, serão limitadas as atualizações da unidade de potência.
Para 2021, será feita uma alteração tendo em vista a simplificação do fundo do carro na zona à frente dos pneus traseiros, a fim de moderar o aumento do apoio aerodinâmico entre 2020 e 2021.
Para 2021, aumento do peso mínimo para 749 kg.
Regulamento desportivo:
Para 2020, disposições para eventos “fechados” e “abertos” e a estrutura regulamentar relevante para cada um deles (por exemplo, pessoal no paddock), dependendo se tais eventos têm ou não espectadores.
Para 2020, várias atualizações relativas à regulamentação sobre pneus, com disposições que permitam testar pneus durante a Treino Livre 2, caso seja necessário aprovar uma nova especificação de pneus pela Pirelli e a utilização alargada de pneus P140 no caso de um Treino Livre 1 à chuva.
Para 2020, redução dos ensaios aerodinâmicos (ATR) e a introdução de restrições para o banco de ensaios das unidades de potência por razões de custos.
Para 2021, uma nova redução nos testes aerodinâmicos e a introdução de um ‘handicap’ da 1ª à 10º posições.
Para 2022, foram definidos alguns aspetos específicos fundamentais da regulamentação, incluindo o recolher obrigatório, componentes de número restrito (RNC), verificações e prescrições de parque fechados. Estes regulamentos funcionam como um pacote juntamente com os regulamentos técnicos de 2022, que foram aprovados pelo Conselho Mundial em 30 de Março de 2020 e farão parte de um processo contínuo de revisão e aperfeiçoamento ao longo de 2020 e 2021.
2021 Regulamento Financeiro:
Redução do nível do Teto Orçamental Cost para 145 milhões de dólares para 2021, 140 milhões de dólares para 2022 e 135 milhões de dólares para o período entre 2023 e 2025, com base numa época de 21 corridas.
Serão introduzidas as seguintes alterações/aditamentos às exclusões atualmente previstas no Regulamento Financeiro:
Aumento do limite de exclusão do Bónus de Fim de Ano para resultados desportivos excecionais de 10 milhões de dólares para 12 milhões de dólares e dos Encargos Sociais para o Bónus de Fim de Ano.
O limiar de exclusão para o cálculo dos encargos sociais sobre os salários pagos ao pessoal baixou de 15% para 13,8%.
Custos incorridos com o entretenimento do pessoal (limite máximo de $1M).
Bem-estar dos colaboradores: exclusão dos custos incorridos com programas médicos (ex.: vacinação, testes oftalmológicos, testes auditivos) disponibilizados a todos os colaboradores relevantes.
Custos de sustentabilidade incorridos com iniciativas ambientais.
Licença de maternidade/paternidade/paternidade partilhada/adoção, exclusão de custos com salários.
Licença por doença e licença por doença de longa duração: exclusão para custos salariais.
Projetos empreendidos para apoiar a FIA.
Paralelamente a estas alterações regulamentares, os Valores ‘Teóricos’ para Componentes Transferíveis (TRC) foram definidos pela FIA para 2021, o que se reveste de maior importância tendo em conta o nível reduzido do limite máximo de custos.
Foi reafirmado que o conceito de Valores ‘Teóricos’ (sujeitos à sua fixação correta e justa), alcança o seguinte:
Permite às equipas mais pequenas evitar a necessidade de estabelecer e manter uma capacidade de conceção, desenvolvimento e fabrico das peças que foram designadas como TRC (Componentes Transferíveis)
Impede o projecto “flipping” (uma pequena equipa que fornece uma grande equipa para contornar as restrições do ‘Cost Cap’).
Permite que as pequenas equipas façam economias reais.
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Uma vergonha. Budget cap, normas restritivas, proibiçao de desenvolvimento,horas contingentadas, bop… Qulquer dia um newey qualquer pode permitir-se projetar um carro estradal homologado q é mais forte do q um F1. E a acrescentar o congelamento durante 2020 e 2021 a fim de por regulamento oferecerem mais vitorias faceis à merdeces. Tudo ditado por um punhado de personagens sinistras q foram perpetuando em sucessao o poder ao longo dos decénios . À cabeça a McLadren, q tinha q ser irradiada para sempre após provada a prática daqueles crimes ( nem sequer de ilícitos civis se trata) bem tipificados, e em… Ler mais »
Isso é só ódio à McLaren, ou é medo que ela se chegue à frente e seja mais uma equipa com que a sua querida Ferrari terá de se preocupar?
Por essa ordem de ideias , os que condenam o Lance Armstrong é só por ódio.
Sim, se em 2030 continuarem a bater no “ceguinho”, sim.
Sonha !
lol se fosse a Ferrari a ganhar e o tecto orçamental a ajudasse, bem jurarias amor eterno à FIA, FOM e LM.
E acho engraçado que culpe a Mclaren actual, por erros e na maneira de fazer as coisas no passado. Isso é como culpar a Renault actual das trapaceirices de Briatore.
Isso é tudo muito bonito mas vamos a ver se esses tetos não tem muitos sotãos por cima.Como sucedeu com os tectos cheios de buracos de há 10 anos !
Uma organização de amadores como a FIA a controlar equipas-fábricas, é como os governos a dizerem que vão combater o crime organizado.Os grandes vão safar-se sempre e os pequenos é que vão levar com a “Lei”.Fica bem para a fotografia.