F1: Apresentado o Aston Martin AMR23
A Aston Martin mostrou ao mundo as cores do AMR23, o monolugar da equipa britânica para a temporada de 2023. Num evento transmitido desde a fábrica da equipa e que começou com as palavras do Presidente do Conselho de Administração da Aston Martin, Lawrence Stroll, seguido pelo chefe de equipa Mike Krack, a Aston Martin revelou o seu carro. E ficou o aviso de Lawrence Stroll durante o evento de apresentação do AMR23: “Quando fico excitado com alguma coisa, fico muito apaixonado. E quando fico apaixonado, ganho”.
O AMR23 é o terceiro carro produzido sob a designação da equipa Aston Martin, a mesma estrutura que começou como Jordan no início dos anos 90, e é o primeiro supervisionado por Dan Fallows, diretor técnico da equipa, que afirmou que a equipa quis ser ousada com o design muito diferente do carro comparativamente com o seu antecessor.
O AMR23 será a “arma” que a Aston Martin aposta para o regresso frequente aos lugares pontuáveis nas corridas da temporada de 2023 da Fórmula 1. Em 2022 a equipa deu um tiro no pé e arrancou muito mal, ao contrário de outros adversários que interpretaram melhor o regulamento técnico altamente alterado da época passada. Segundo os responsáveis da Aston Martin, um segundo plano estava na forja ainda antes de ter começado a época, mas a Fórmula 1 já não é o poço sem fundo de outras eras e por isso tiveram de ir produzindo as muitas atualizações aos poucos. Depois de passada a primeira parte da época – em que apenas somaram 18 dos 55 pontos com que terminaram o ano – a equipa de Silverstone foi subindo de desempenho em cada corrida, graças ao desenvolvimento agressivo do monolugar, que até visualmente ficou diferente. Os dois pilotos da equipa, Sebastian Vettel e Lance Stroll, que tinham lutado algumas vezes pelo único ponto possível, passaram a ocupar lugares mais acima na tabela classificativa, mas o carro continuou a ter um ponto fraco bem visível: o ritmo em qualificação.
Foi sempre mais difícil a Vettel e Stroll conseguirem pontuar porque a qualificação era o ‘calcanhar de Aquiles’ do AMR22, um dos pontos que a equipa mais deve ter trabalhado no monolugar agora apresentado.
Nova dupla, novos processos
Quando Sebastian Vettel anunciou que iria abandonar a competição no final de 2022, o jogo das cadeiras entre os pilotos começou a girar de uma forma extrema. Fernando Alonso foi confirmado como substituto do alemão e fez tremer o mercado de pilotos, mas a Aston Martin tinha encontrado um piloto que dá imensas garantias.
Alonso será importante para a equipa compreender o carro que agora apresentou e partir na direção certa para o seu desenvolvimento durante a temporada, que levará, esperam os responsáveis da estrutura, que o próximo carro “nasça” ainda melhor e por aí adiante. Apesar da idade do piloto asturiano, foi um compromisso da Aston Martin a pensar a médio prazo, porque o trabalho deste ano vai repercutir-se ao longo das próximas épocas numa equipa que tem como objetivo vir a lutar por vitórias em corridas e pelo campeonato, num plano que passa pelo crescimento da estrutura em meios técnicos e físicos.
Lance Stroll mantém-se na equipa, mas começa a época com os elogios do seu novo companheiro de equipa. Recentemente, Alonso afirmou que “em Lance, a equipa tem um piloto que é super jovem, super talentoso e tem a possibilidade de ser Campeão do Mundo. Vê-lo alcançar isso e ter desempenhado um papel nisso, quer esteja ou não ao volante, será especial para mim”. A verdade é que o piloto canadiano voltou a ficar atrás de Vettel no ano passado e com Alonso tem um novo “adversário” poderoso pela frente.
2023, finalmente o ano da mudança?
2021 foi um ano complicado para a Aston Martin que esperava começar com o pé direito mas não contou com os efeitos das mudanças do regulamento técnico para a época a época passada que provocara um abaixamento significativo na performance da equipa. As alterações ao fundo plano, com vista a reduzir o apoio aerodinâmico e, por conseguinte, a velocidade, fez com que os carros com a filosofia “low rake” (traseira com pouca elevação) fossem mais prejudicados em relação aos carros que seguiram a filosofia “high rake” (traseira elevadas). Se a Mercedes ainda conseguiu encontrar forma de contornar o défice de performance, a Aston Martin nunca encontrou o norte e acabou o ano com uma das piores médias de pontos por corrida da sua história, isto contando com o tempo da Force India e Racing Point, equipas que serviram de base para a atual Aston Martin.
Em 2022 as coisas não foram melhores, como descrevemos em cima, e a equipa voltou a terminar a temporada no 7º lugar da classificação do mundial de construtores. Para uma equipa que augura outro tipo de resultados e fez investimentos enormes nos meios técnicos e humanos em Silverstone, o resultado do ano passado tem de ser ultrapassado por uma boa época já em 2023. Serão capazes? Como dizia Christian Horner da Red Bull numa entrevista recente, continuamos a ouvir grandes promessas da Aston Martin e temos de esperar sempre que nos mostrem na prática. Até agora não foram capazes.
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Bem, a ver que faz a Mercedes e a Ferrari, porque até agora tem sido só clones do RB.