F1: Análise ao caso Williams
Esta semana tem sido muito agitada no mundo da Fórmula 1, mas, o pior chegou na sexta-feira, quando a Williams anunciou que tinha colocado a equipa à venda. Apesar das duas últimas temporadas não terem sido as melhores, a equipa de Grove continua a ser uma das históricas da Fórmula 1.
Apesar da diretora adjunta da Williams, Claire Williams, afirmar que a equipa “não está num declínio a longo prazo” (CLIQUE AQUI PARA LER MAIS), a verdade é que o último título mundial foi em 1997 (Jacques Villeneuve) e a última vitória foi em 2012 (Pastor Maldonado).
O modelo de negócios atual da Williams, de construir o seu carro por completo (apenas não faz o motor) parece estar obsoleto. Equipas como a AlphaTauri, Racing Point, Alfa Romeo e Haas, que compram das ‘casas mães’ já ultrapassaram a Williams. Só a McLaren tem um modelo parecido ao da Williams.
A equipa de Grove também sofre com a distribuição da receita perante os construtores, com a Ferrari, Mercedes e a Red Bull Racing a levaram para casa a maior parte do dinheiro nestes últimos seis anos. A Williams tem recebido cerca de 67 milhões de euros, comparado com os cerca de 2 biliões de euros distribuídos pelos três primeiros.
Apesar de existirem equipas sem esse dinheiro, elas acabam por ter alguém por trás (AlphaTauri tem a Red Bull Racing) ou são salvas por bilionários (Racing Point). No caso da McLaren, a maioria da companhia é propriedade de um fundo de riqueza do Bahrein. A Williams ainda é detida, na maior parte (52%), por Sir Frank Williams.
Quanto ao negócio Williams, não se prevê que faltem interessados: a marca Williams ainda é forte junto dos adeptos em todo o mundo, e os novos pactos da Fórmula 1 (quando forem assinados) significam que potenciais proprietários precisem de depositar cerca de 180 milhões de euros num fundo anti-diluição para entrar, mas a aquisição de uma equipa em atividade evita isso.
Assim, segundo o racefans.net, já houve interesse em adquirir a Williams – incluindo o bilionário russo Dmitry Mazepin, os proprietários do projecto Panthera F1 e o candidato à Fórmula 1, Adrian Campos. A Williams oferece uma oportunidade, que poderia ser facilmente adaptada a diferentes modelos de negócio, seja ele de fabricante, equipa satélite ou equipa independente.
Por fim, claro que seria uma grande pena ver o nome Williams e a família desaparecer da Fórmula 1. Apesar da venda ser uma solução, não podemos esquecer de que pode haver um investidor que possa eventualmente adquirir uma participação minoritária, fornecendo o capital necessário para ajudar a equipa de Grove.
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