F1: Alterações recentes dão um pouco mais de liberdade a equipas e pilotos

Por a 17 Fevereiro 2024 12:13

Na primeira reunião da Comissão da Fórmula 1 de 2024, foram aprovadas uma série de alterações aos regulamentos que terão impacto na forma de trabalhar das equipas para aquela que será a temporada mais longa da história do mundial da FIA. As mais significativas – aumento do número de unidades motrizes alocadas por temporada e as alterações ao formato Sprint – já demos conta, mas há outras que mereceram menos destaque naquela altura e terão também influência no decorrer de cada fim de semana de Grande Prémio. 

Pode ler AQUI mais sobre os desafios das alterações ao formato sprint. 

Em relação às unidades motrizes, cada piloto passa a poder utilizar quatro, em vez de três que seria expectável para este ano. Em 2023, por causa da longa época, decidiu-se pela alocação excecional de quatro unidades por piloto, quando tinha sido delineado no regulamento três motores por piloto. Assim, a Comissão de F1 decidiu que durante as temporadas de 2024 e 2025, cada piloto possa usar até 4 unidades sem que exista qualquer penalização.

Na reunião de 5 de fevereiro foi ainda noticiado a mudança que envolve a ativação do DRS no início das corridas. Para a próxima temporada, a ativação do DRS nas corridas será antecipada para uma volta, em vez da prática anterior de esperar duas voltas após o início da corrida ou o reinício após um Safety Car.

Para além destas alterações, a Fórmula 1 decidiu flexibilizar o recolher obrigatório para as equipas. Tendo em conta o aumento do calendário, a F1 e a FIA tinham introduzido regras mais rigorosas para as horas de trabalho durante os fins de semana de corrida a partir da temporada de 2022. O objetivo é garantir um maior descanso para os mecânicos, que anteriormente trabalhavam até altas horas da noite para efetuar as verificações necessárias nos carros. Assim, a atividade destes elementos foi restringida desde o dia de quarta-feira até ao final do GP. No entanto, apesar do horário apertado e controlado para garantir mais descanso às equipas, verificou-se que, em várias ocasiões, as equipas violaram o recolher obrigatório para realizarem trabalhos urgentes nos carros.

Os regulamentos contemplam um regime de exceção que tem passado por revisões progressivas ao longo dos anos. Inicialmente, o recolher obrigatório estava dividido em três períodos, alinhados com as fases do fim de semana de corrida. Para cada um desses períodos, as equipas tinham um número específico de “jokers” que permitiam trabalhar fora do horário estabelecido. Inicialmente, estava previsto que em 2024 esse número diminuísse ainda mais, com a redução para dois “jokers” autorizados em cada um dos três períodos de recolher obrigatório. No entanto, considerando o aumento do calendário, que contará com 24 corridas este ano, essa abordagem foi revista. Para o período anterior ao início do treino inaugural, crucial para a montagem dos carros entre provas, o número de “jokers” manteve-se em quatro. Para o segundo período de recolher obrigatório, o número de exceções permitidas aumentou para três.

Outra alteração diz respeito à abertura do pitlane antes do início das corridas. Com as provas nos EUA e as apresentações dos pilotos ao estilo do futebol americano, a FIA e a F1 decidiram passar o este período para 50 minutos antes do início da corrida, mas depois do fracasso que aqueles momentos tiveram em 2023, foi decidido repor para 40 minutos. Ou seja, os carros terão de sair para a grelha 40 minutos antes da volta de formação, fechando-se essa janela dez minutos depois. 

Uma outra alteração para a próxima temporada refere-se ao reinício se uma corrida for interrompida. Até o ano passado, as regras estipulavam que, após a hora da partida ser redefinida, o procedimento seria retomado em cinco minutos para agilizar as operações. No entanto, a partir desta temporada, serão concedidos cinco minutos adicionais, proporcionando mais tempo para todos se prepararem. Também a partir deste ano, as equipas terão uma maior liberdade quando os carros estiverem parados na grelha, podendo realizar a troca de pneus livremente, inclusive optando por um composto diferente em caso da corrida interrompida.

Foto: Philippe NANCHINO / MPSA

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