F1: Alain Prost avisa Hamilton que na Ferrari terá “uma pressão diferente”
Numa altura em que Lewis Hamilton passa por dificuldades na Mercedes, prepara-se ao mesmo tempo para a sua mudança para a Ferrari em 2025 e Alain Prost deu alguns conselhos ao britânico, avisando-o que precisa de acautelar-se relativamente às disparidades culturais e operacionais que poderá encontrar na sua nova equipa.
Prost baseia-se na sua própria experiência de transição da McLaren para a Ferrari no início dos anos 90 para realçar os desafios que Hamilton poderá enfrentar. Depois de ter passado de uma equipa sediada na Grã-Bretanha para a icónica marca italiana, Prost sublinha a “pressão diferente” inerente a cada ambiente, sugerindo que a adaptação à dinâmica única da Ferrari pode constituir um obstáculo inicial para o piloto britânico.
“A relação com Charles, o ambiente na Ferrari também é [importante]”, disse Alain Prost à Sports Illustrated. “Teve um período tão longo com uma equipa inglesa, a Mercedes, com uma forma de trabalhar e depois vai para uma equipa italiana, especialmente com uma pressão diferente, uma forma de pensar diferente, está sob pressão dos media. Penso que não é assim tão fácil”.
O antigo campeão francês disse perceber a mudança de equipa por parte de Lewis Hamilton, procurando o britânico, na opinião de Prost, um novo rumo para a sua carreira e ir ao encontro da motivação para continuar na Fórmula 1. “Posso compreender a sua decisão porque, obviamente, quando se está numa equipa como a Mercedes, que não ganha uma corrida há dois anos e está a lutar para voltar à frente, e com a sua idade, disse: ‘Ok, porque não tentar algo diferente?’. Não tenho a certeza se tinha a possibilidade de ir para a Red Bull, mas não com o Max [Verstappen], de certeza. Portanto, isso não é possível. Depois podia ir para a Ferrari, especialmente com a mudança de regulamento em 2026. […] A questão é: será que é uma boa jogada? Será que vai ser uma boa escolha? Também, para a Ferrari, se pode colocar a questão. É bom para o desporto porque toda a gente vai ver. Podemos ter uma ideia, mas a ideia ou a perceção que podemos ter hoje vai ser diferente no próximo ano, na mesma fase, porque vai estar um ano mais velho e será que vai voltar a encontrar a sua motivação estando na Ferrari? É possível, porque se for por um curto período de tempo, talvez apenas um ano, se a Ferrari estiver a correr bem, penso que ele pode voltar a encontrar a motivação”, concluiu Prost.
Foto: Philippe Nanchino / MPSA
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A ida para Maranello acontece tarde demais. Os anos estão lá e a pedalada já não é a mesma como é lógico. Daí ser difícil obter o tão desejado 8º titulo na minha opinião. Mas a ida para lá obedece também a outros interesses, que não os meramente desportivos.
Concordo, é mais uma questão de figurar no currículo do que outra coisa qualquer. Além disso, o Hamilton sempre teve o sonho e ambição de conduzir para a Ferrari, e esta gosta de ter grandes nomes a correr para si pois significa maior exposição mediática para ambos.
De qualquer forma, seria extraordinário se ganhasse o 8º título nesta fase?
E Prost acha que o Hamilton não sabe “onde se vai meter”? A pressão dos adeptos, pode ser a mesma dos tempos do Prost, mas a dos dirigentes da equipa pode não ser, já que não são as mesmas de há 30 anos.
Até porque, nessa altura, a gestão era bem mais italiana, logo muito mais sensível e permeável a críticas da imprensa.
Faltou o Prost aconselhar o Hamilton a não criticar o carro, lá para os lados de Maranello não gostam muito disso. Nomeadamemte a não compará-los a camiões, senão rua!!