F1: A época 2023 ainda tem muito para dar?
Olhando para o cenário da primeira corrida, a maioria dos fãs poderia ficar desanimada com o cenário atual da F1. A Red Bull venceu sem grande dificuldade, as dificuldades das principais rivais acentuaram-se e iniciaram crises e apenas a Aston Martin se aproximou da frente, embora a alguma distância. Valerá a pena ver a F1 este ano?
A resposta é simples. Sim! É escusado escamotear o facto de que a F1 foi quase sempre assim. Não são numerosas as épocas em que uma equipa não dominava em relação às outras, que o melhor piloto estava no melhor carro e que as diferenças eram por vezes demasiado grandes. É assim na F1 e em qualquer desporto. Os ciclos podem ser maiores ou mais curtos, mas existem. E neste momento a Red Bull segue na frente, no que pode ser um novo ciclo vitorioso para a equipa austríaca. Mas é escusado lamentar isso. A F1 sempre nos deu motivos de interesse, apesar de ser assim. E este ano não será diferente. Eis alguns pontos que poderão interessar:
- Quem se aproxima mais da Red Bull?
Com a Red Bull a ser claramente favorita, a luta pelo segundo lugar vai ser mais animada. Quem vai conseguir uma vaga no top 3? Pode parecer uma pergunta pouco apelativa, mas quando vemos os nomes que estarão na luta o cenário melhora. Poderemos ter Hamilton vs Alonso, Leclerc vs Russell, com Carlos Sainz e Lance Stroll à mistura. Não custa muito acreditar que este sexteto nos vai dar entretenimento ao longo do ano.
- Quem responde melhor à crise?
Ferrari está em crise, Mercedes está em crise, Mclaren está em crise. Há muitas equipas a passarem por momentos delicados, que exigem novas ideias, novas formas de trabalhar e que possivelmente nos irão dar mudanças que vão dar que falar. Quem responde melhor ao desafio?
- Alpine vs McLaren, parte II
No ano passado foi uma das lutas mais interessantes e este ano pode reeditar-se. McLaren vs Alpine significa Pierre Gasly e Esteban Ocon vs Lando Norris vs Oscar Piastri. O que fará Gasly na sua primeira época fora do “reino Red Bull”? Como será a relação entre Gasly e Ocon? Como será a primeira época de Piastri? Conseguirá Norris levar a McLaren mais longe, mesmo com as dificuldades iniciais? E a Alfa Romeo? Entra nesta luta, com Valtteri Bottas e Zhou Guanyu (que tem de provar que evoluiu)?
- O que fará a Haas?
A Haas, só por si, é uma história completa. Com uma dupla muito experiente e com qualidade, podem almejar chegar longe. Mas conseguirão evitar os erros e os azares do passado? Conseguirão Magnussen e Hulkenberg fazer pequenos milagres?
- Quem foge ao último lugar?
A Williams e a Alpha Tauri parecem ser as principais candidatas a esta luta. A Williams evoluiu bem, a Alpha Tauri estagnou um pouco. Quem conseguirá fugir ao último posto? Albon e Sargeant (que tem de provar que tem valor para a F1) ou De Vries e Tsunoda (ambos querem mostrar-se à Red Bull para serem opção para o futuro).
- Corridas loucas
Sabemos que na F1, nem sempre impera a lógica e não têm faltado corridas que fogem aos padrões de normalidade. E se um ou dois Red Bull tiverem problemas? Quem lucra? E se chover? Quem leva a melhor? E se alguém errar? Quem aproveita?
Todos queríamos uma época como a de 2021, dramática, emotiva, apaixonante e decidida nos últimos metros. Mas essas épocas não acontecem com frequência. Com este conjunto de regras, é provável acontecerem mais vezes. Mas é preciso algum tempo para isso. Uma coisa é certa, as diferenças entre as equipas são menores e, por isso, qualquer erro, qualquer falha, será castigada, melhorando o espetáculo. O cenário pode não ser animador, mas não nos parece que as eras Ferrari ou Mercedes de domínio enfadonho se repitam. A vantagem da Red Bull é significativa, mas se olharmos para as Q3 de 2014 a 2021 vemos que a diferença média entre o tempo da pole e o tempo do 10º lugar é superior a 2 segundos. Este ano o top 10 da Q3 coube em 1.2 segundos (esquecendo que Hulkenberg não ficou com um tempo registado). Em corrida as diferenças vincaram-se um pouco mais, mas estamos apenas no arranque da época e os carros ainda vão evoluir. Podemos ver o copo meio-vazio, e dizer que Verstappen é o campeão anunciado e não ver mais, ou ver o copo meio-cheio, e apreciar o espetáculo da F1 que tem melhorado muito e dado grandes corridas.
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Concordo com tudo o que foi escrito. E todos estes pontos continuam a ser enormes focos de interesse para os adeptos. Contudo, parece-me demasiado cedo para deixar de acreditar numa luta a dois ou três pelo título de pilotos. Relembro que a Ferrari em 2022, saiu do Bahrain com uma dobradinha no bolso e a RB viu ambos pilotos desistirem na corrida devido a problemas de fiabilidade. Eu também tenho enorme expectativa para perceber de que forma a penalização aplicada à RB terá impacto na evolução do carro durante a época. Numa temporada tão longa como esta, não é de… Ler mais »