Dietrich Mateschitz: “Se não tivermos um bom motor, a Red Bull sairá da F1”
A questão não é nova, já o ano passado a ameaça foi feita de forma velada, mas o assunto volta à baila. Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, voltou a dar uma entrevista à Speedweek, onde falou novamente na possibilidade da Red Bull sair da Fórmula 1 se não for encontrada uma solução que contemple motores competitivos para a sua equipa.
Desta feita, Dietrich Mateschitz, diz que nem um monolugar de excelência saído da pena de Adrian Newey seria suficiente para garantir a continuidade da Red Bull na Fórmula 1, já que, como se sabe uma motorização competitiva faz toda a diferença e Mateschitz não quer que a sua equipa, depois de ter ganho tudo o que havia para ganhar entre 2010 e 2013, esteja muito mais tempo sem ter condições para lutar pelos lugares da frente. Para já estabelece como objetivo ficar logo atrás da Mercedes e da Ferrari, mas para o ano pretende garantir um motor mais competitivo. Se assim não for: “Se não tivermos um bom motor, sairemos da categoria pois não pretendemos passar os próximos anos na luta pelo quinto lugar”, disse.
Há muito que se sabe que se a Red Bull se mantiver com esta ausência de perspetivas que a situação melhore no curto prazo, Mateschitz pode decidir a qualquer momento sair, pois se as ameaças que foram feitas o ano passado eram apenas uma forma de pressão sobre a FIA para tentar limitar o domínio dos Mercedes, desta feita a questão é mais profunda…
Ao contrário da Ferrari, McLaren ou Williams, marcas que para além da sua participação no Mundial de Formula 1 têm outras divisões empenhadas na indústria automóvel, suficientemente lucrativas para até suprirem alguns problemas financeiros das suas equipas de competição, a Red Bull está na F1 apenas por uma questão de marketing e por isso, poderá abandonar os Grandes Prémios em qualquer momento.
Bastará que na Áustria se chegue à conclusão que a participação nos Grande Prémios já não ajuda a vender o produto da marca de bebidas energéticas ou que a equipa registe uma quebra de receitas comerciais por falta de resultados e/ou perda de patrocinadores e Mateschitz poderá muito bem dar ordem para vender as estruturas de Milton Keynes e de Faenza.
Mas a saída de cena da Red Bull não implicará o fecho da equipa, até porque isso representaria um enorme prejuízo para Mateschitz e o austríaco só virará as costas à Fórmula 1 se lhe aparecer um comprador com meios para assumir uma das estruturas mais avançadas do Mundial. A equipa que começou como Stewart Grand Prix, foi Jaguar Racing e é, há onze anos, a Red Bull Racing, não irá desaparecer se Mateschitz se cansar da F1, mas passará a existir sob outra denominação. Como aconteceu com a Jordan, que foi Midland e Spyker antes de ser Force India; como foi o caso da Toleman, que passou a Benetton, Renault, foi Lotus e agora é Renault outra vez; ou como foi a Minardi, desde há dez anos denominada Toro Rosso. E como poderá acontecer a curto prazo com a Sauber, se os suíços continuarem a revelar-se completamente incapazes de encontrarem patrocinadores para a sua equipa.
Ainda antes de chegar a um possível abandono da Fórmula 1, a Red Bull está a tentar ‘namorar’ outros ‘pretendentes’. A Audi está recetiva a uma passagem para os Grandes Prémios, o que se pensa ser apenas uma questão de tempo até os alemães avançarem para o Mundial de Fórmula 1 com o claro objetivo de acabar com o domínio da Mercedes. No entretanto, a Red Bull não tem mesmo grandes alternativas. Nem a Mercedes, nem a Ferrari nem a Honda parecem interessadas em colocar em risco as suas equipas de ponta com a venda de motores à Red Bull. Portanto, pode estar perto o fim da passagem da Red Bull pela Fórmula 1. Para Dietrich Mateschitz o caminho é claro. Ou luta pelas vitórias e títulos ou a Red Bull sai da F1. Não há meio termo…
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Outra vez esta conversa?
Nem li a noticia… mas arre que putos mais birrentos! Então pensavam que mudando o nome ao motor para Tag Heuer e um toque da Ilmor faziam o Renault passar a andar nas horas? Continuo na minha, o que Mateschitz quer é o poder que Ecclestone tem na F1!
Então não são os maiores da aldeia que vencem tudo e todos?
Então que façam o próprio propulsor como os outros!
A Red Bull NUNCA deveria ter entrado como equipa. Eu sei que sem eles, dificilmente teríamos 22 carros em pista, eles compraram a Jaguar e salvaram a Minardi, comprando-a. Esse mérito é deles e eu não lho nego, mas pela mentalidade do dono, nunca deveriam ter deixado de ser apenas patrocinadores. Se todos os donos de equipas pensassem da mesma maneira, a F1 já teria desaparecido há muitos anos, no máximo, existiria um troféu monomarca, resta saber de que marca 🙂 A Ferrari esteve 21 anos sem vencer nos pilotos, 18 nos construtores, a McLaren tem tido longos períodos de… Ler mais »
É a Benetização da Red Bull como sempre disse. Tal como a antiga Benetton se fez à volta do Schumacher,e depois da saída dele veio por aí abaixo até acabar por ser vendida,estamos, quer queiramos, quer não, a assistir precisamente ao mesmo com a Red Bull, team que foi construído e teve a glória à volta do Sebastian Vettell. Após a sua saída, a equipa ficou orfã, e tem vindo a decair sem apelo nem agravo. Seguramente que irá ser vendida, não só porque o dono perdeu o interesse pela F1, como também porque a marca comercial já não precisa… Ler mais »
São situações muito diferentes. A Benetton não se fez à volta de Schumacher, a Benetton cresceu com a presença de Schumacher, o que é diferente. Quando ele saiu, e Brawn, e Byrne, começou a decadência. Mas foi porque saíram os três. Se Brawn e Byrne tivessem ficado, a história poderia ter sido outra. Quanto à Red Bull, o seu forte sempre foi Newey, mas quando os motores (ou unidades motrizes) passaram a ter mais importância do que a aerodinâmica, acabou-se o domínio. Vettel foi importante? Claro que foi, isso não se discute, mas ele sozinho, tal como Schumacher sozinho, sem… Ler mais »
Gira o disco e toca o mesmo. Cala-te Dietrich!
Se estivessem mesmo na F1 de corpo e alma e se o verdadeiro interesse deles fosse o desporto em si não vinham com esta conversa da treta. Só foram campeões porque na altura não tiveram concorrência a altura , se são assim tão super porque não se lançam a fazer os proprios motores e se deixam de conversa , afinal a Red Bull não dá asas nem asinhas
E agora, senhores e senhoras, em solidariedade com as adversidades da RB, o concerto de mais pequeno violino do mundo.
Conseguem ouvir?
Não?
Claro que não!
Outra vez arroz!
Quer se goste ou não A RB tem grande participação no mundo dos desportos, não só na F1, a quantidade de pilotos patrocinados e apoiados na carreira por eles é gigantesca, na F1, eu que nem gosto deles, já lá colocaram vários. O que é certo é que são duas equipas de meio do pelotão para a frente e isso não é fácil de substituir, é com isso que este “Dotor” joga, para lhe darem um motor Mercedes.