Christian Horner: “Temos uma oportunidade para tornar os carros mais excitantes e difíceis de guiar”
Autosport: Quais as primeiras impressões do novo carro e deste primeiro dia?
Christian Horner: Em primeiro lugar, que ele se distingue dos demais, de uma forma muito positiva, graças a uma decoração muito forte. Depois, que o RB12 é uma evolução positiva do RB11. O Daniel Ricciardo diz que as sensações são muito semelhantes. Penso que conseguimos corrigir alguns dos pontos que queríamos durante o inverno, mas ainda é muito cedo para ter uma noção exata. Nesta fase todas as saídas para a pista passam por procurar compreender o carro, reunir a informação, analisar a performance e perceber como é que ele se comporta.
AS: É realista esperar vitórias este ano em velocidade pura?
CH: Vitórias devido à velocidade pura? No papel, a Mercedes mantém-se como favorita absoluta. A vantagem que eles tinham no final do ano passado e a estabilidade dos regulamentos indica-nos que é expectável que tenham mantido esse progresso ao longo do inverno. Portanto, eles são claramente o modelo a seguir. Será interessante ver o progresso que a Ferrari obteve e depois obviamente o nosso. Olhando para o papel, diria que é improvável que possamos vencer uma corrida em velocidade pura, mas como sabemos, na Fórmula 1 as oportunidades apresentam-se e cabe-nos aproveitá-las, como fizemos em 2014. Espero que este carro nos consiga colocar nessa posição e haverá certamente alguns circuitos onde seremos mais competitivos do que outros.
AS: Qual é o seu estado de espírito para amanhã?
CH: O meu estado de espírito para amanhã é estar ansioso pela hora do almoço! Obviamente que será um dia interessante. Temos a reunião do Grupo Estratégico durante a manhã – normalmente um bom argumento – e temos a Comissão da Fórmula 1 à tarde, onde, espero, conseguiremos chegar a acordo nalguma coisa. É uma oportunidade fantástica para a Fórmula 1 avaliar as regras de 2017 e seria uma pena se essa oportunidade fosse deitada a perder por – perdoa-me a expressão – não termos pegado ‘nos touros pelos cornos’. Portanto se este processo for novamente adiado penso que será desapontante para os fãs e para toda a gente. Existe uma oportunidade real de, a partir de uma folha em branco, fazer algo extraordinariamente bom e implementar as ideias fundamentais que definimos há quase doze meses para tornar os carros mais excitantes e difíceis de guiar. Para passar a haver uma maior diferença entre os talentos dos pilotos, para tornar o desporto mais agressivo, e para ver o piloto e a máquina no limite.
AS: Não parece otimista…
CH: O que mais me preocupa é que cada equipa tem um determinado interesse escondido, e quando isso acontece estes compromissos acabam por ser diluídos. Penso que necessitamos realmente de uma forte liderança e comando, com os detentores dos direitos comerciais e a FIA alinhados amanhã na direção que pretendem para a Fórmula 1. Porque obviamente se e prolongar após o final de fevereiro, então é unânime que o melhor é esquecer a discussão.
AS: O conceito é demasiado radical? A Pirelli não consegue produzir os pneus?
CH: Bom, tivemos uma reunião muito produtiva com a Pirelli há cerca de três semanas onde diversas equipas e pilotos foram à sede em Milão e se encontraram com o Marco Tronchetti Provera para analisar todas as nossas preocupações. Foi-nos deixado muito, muito claro, durante esse encontro, que eles farão os pneus necessários para servir os regulamentos que nós definirmos. Penso que não é correto utilizar a Pirelli como bode expiatório para comprometer os regulamentos. Acredito que a Fórmula 1 necessita de definir um modelo de carro que quer verdadeiramente e sente ser necessário, e tenho a certeza que a Pirelli pode desenvolver o produto necessário, tal como o seu presidente nos garantiu.
Luís Vasconcelos
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O Horner deve estar fulo, quando estavam com a renault, não queriam tokens para pdoerem evoluir o motor à vontade e apanhar a mercedes. Agora que passaram a ser clientes, os tokens vão desaparecer e assim todos os construtores vão poder desenvolver à votnade e ultrapassá-los na boa… É o que acontece para quem cospe para o ar.