Anúncio dos motores de 2021 da Fórmula 1 não vai agradar a todos…
Está iminente a divulgação por parte da Liberty Media das novas regras de motores para 2021. A data prevista é 31 de outubro, mas pelos vistos ainda há arestas a limar e no paddock ninguém sabe que regulamentos vão ser escolhidos: “Normalmente sabe-se bem depressa, há sempre alguém que manda cá para fora, mas desta vez é diferente. Sabemos algumas coisas, mas não muito” disse Bob Fernley, Chefe da equipa Force India.
Para já o que se sabe é que os motores de 2021 vão ser novamente baseados num V6 de 1.6 litros que deverá incluir MGU-K (a unidade motriz atual, além do motor de seis cilindros em V, sobrealimentado por turbo compressor, de 1,6 litros, tem ainda acoplado um duplo sistema de recuperação de energia: um de recuperação da energia cinética (ERS-K) – como já existia antes de 2014, mas que vulgarmente era chamado de KERS – e outro de recuperação da energia térmica dos gases de escape (ERS-H) – , tudo conseguido através de dois motores geradores elétricos (MGU-H e MGU-K).
O que não se tem certeza é se o sistema incluirá a MGU-H e se o turbo será único ou duplo (twin turbo). Toto Wolff dá umas luzes, mas puxa a brasa à sua sardinha: “Se omitirmos a MGU-H, perdemos 60 por cento da energia elétrica. Como a vamos recuperar?” Já a Red Bull, argumenta que retirar a complexa MGU-H significa a possível entrada na F1 de construtores independentes como a Ilmor e a Cosworth: “Com a MGU-H, não teremos empresas mais pequenas como essas e nós queremos que elas cá estejam” disse Helmut Marko.
Pelo que se percebe, oque quer que seja apresentado será controverso, até porque a Liberty MEdia não precisa da aprovação das equipas, porque o acordo da Concórdia expira precisamente em 2020. Mas se a decisão, como parece, for contra os desejos da Mercedes, as palavras de Niki Lauda não deixam dúvidas: “Eles decidiram vão-nos dizer, nós ouviremos, e depois decidimos se é bom para nós ou não”. Como se percebe, é uma ameaça velada…
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Se a MGU-H cair o retrocesso é enorme! Se a F1 não quer perder o comboio para outras formular emergentes tem de aumentar a complexidade dos sistemas híbridos e não o contrário.
Podeira ter MGU-H padrão, que poderia ser adotado por construtores independentes. Assim, fica liberado para quem quiser desenvolver o seu.
Padrão na F1 não deve existir…qual a vantagem dos construtores de usarem algo que não é dele?
A vantagem é baixarem os custos. Os construtores já usam muitos elementos comuns sem prejuízo de terem o seu próprio conjunto singular.
Baixar os custos?? Isso é uma treta pegada…não é por causa dos custos serem elevados que os construtores não vão para a F1…
São eles que dizem não sou eu. Se fosse eu a pagar andavam todos em carrinhos de rolamentos (gripados).
Se é verdade que a MGU-H era um elemento complexo quando foi introduzido, agora, após alguns anos de desenvolvimento, já deveria ser considerado mais banal. Os carros elétricos de produção já incluem algo semelhante. Reafirmo que a aposta deveria ir no sentido de uma eletrificação gradual (porque os adeptos ainda não aceitam a eliminação pura dos motores térmicos). Um bom primeiro passo seria a eletrificação do eixo dianteiro e mgu H e K standard. Tudo o que seja andar no sentido oposto da indústria será suicida mesmo que a curto prazo possa ser mais do agrado dos adeptos mais conservadores.… Ler mais »
Deveriam voltar aos V12, com turbo e sem limite de rpm. Quem quer economizar que compre um Fiat 500!
Qual a vantagem de ter um V12?
A ideia é renovar a F1 ou transformá-la na Fórmula E versão 2.0? Com a quantidade de sistemas eléctricos existentes nas UM da F1, já tenho dúvidas de qual é o objectivo.
Mas qual é o terror que sentem pela propulsão elétrica? Têm medo de apanhar um choque?
Se os responsáveis da F1 não abrirem os olhos não passa a ser a Fórmula E 2.0…mas sim deixa de existir. A F1 sempre foi o pico máximo do desenvolvimento automóvel, se não seguir as tendências de mercado e regredir para tecnologia completamente obsoleta prevejo um fim triste…e rápido…
Isso é o óbvio, entra pelos dentro, mas pelos vistos não falta aqui quem insista em bater com a cabeça na parede em defesa do insustentável.
Na verdade, sendo a Liberty americana, e sendo conhecido o amor dos americanos por muito barulho e fumo preto, até não me admirava nada que dessem um ou dois passos atrás. Se não o fazem é porque os construtores diziam bye bye porque o investimento na F1 só é sustentável enquanto via de investigação e desenvolvimento para aplicação nos carros de estrada. Ok, a Ferrari talvez ficasse, (mas a correr sozinha).
Claro que nao vai agradar a todos, assim como o fabricantes nao precisam da F1 ou da FE para desenvolver tecnologias, esta é desenvolvida a portas fechadas e sem olhar a custos. A tecnologia actual é exelente, os mais rápidos de sempre, precisa de ser limada no que diz respeito a equilibrio, mas isso vem com o tempo como se ve! Há outras tecnologias sim, mas nem tudo pertence á F1, visto que esta nem tem control de tracao… quanto mais controlo de custos! Todos os regulamentos da F1 devem ser feitos a pensar no show, no publico e principalmente… Ler mais »
Sou adepto à muitos anos mais de 30 e sou da opinião que a formula 1 tem que evoluir e quer queiram ou não um dia será eléctrica. Pode e devera haver peças standart só assim a disciplina se torna cativante a construtores e fabricantes, são eles que a fazem continuar a existir, os adeptos são só uma parte do espectáculo não o todo.