Conseguirão McLaren e Ferrari voltar a bater a Red Bull?

Lento e sem grandes pontos de ultrapassagem, o Grande Prémio da Hungria acaba por ser um dos mais exigentes da época, já que não só os pilotos têm se enfrentar 70 voltas num circuito muito sinuoso e sem grandes retas para descansarem (exceção à reta da meta), como também deverão ter de enfrentar o calor abrasador que se costuma fazer em Budapeste por esta altura do ano. Também por isso será importante efetuar uma boa gestão dos pneus, na medida em que a Pirelli vai levar os dois compostos mais macios da sua gama.

A McLaren chega à Hungria na mó de cima depois de vencer a prova alemã quando poucos o previam, em especial atendendo à sua prestação na corrida anterior, em Silverstone. O regresso da permissão para utilização em pleno dos gases de escape na zona do difusor em fase de desaceleração voltou a colocar os MP4-26 na luta pelos triunfos e Lewis Hamilton mostrou toda a sua agressividade ao vencer em Nürburgring. Se Hamilton chega muito motivado fruto do seu triunfo, já Jenson Button procurará regressar à discussão pelas posições da frente, das quais o azar o tem arredado nas duas últimas provas.

Mas também a Ferrari tem razões para sorrir, já que conseguiu bater a Red Bull na Alemanha depois de o ter feito também em Inglaterra, mostrando que a competitividade dos 150º Italia está mesmo em progressão. Se na corrida do passado fim de semana, as baixas temperaturas jogaram contra a formação transalpina – cujas dificuldades em colocar os pneus à temperatura ideal são conhecidas – o calor e os pneus macios deverão ajudar a Ferrari a manter-se na luta pelas posições cimeiras, em especial pelas mãos de Fernando Alonso.

Contudo, nem McLaren nem Ferrari partem com o estatuto de favoritos em Hungaroring. Isto porque num traçado sinuoso que exige mais em termos de eficiência aerodinâmica, os RB7 voltam a estar mais à vontade para evidenciarem a sua vantagem, tal como fizeram no ano passado depois de também terem sido batidos na corrida anterior, então em Hockenheim.

Mark Webber bateu claramente Sebastian Vettel na Alemanha, com o jovem alemão a alcançar aquele que foi o seu pior resultado da temporada, pelo que será interessante observar qual será a resposta do líder do campeonato já na Hungria e depois de no ano passado ter perdido um triunfo que parecia certo para o seu companheiro de equipa nesta pista.

Atrás das três equipas de topo, também deverá ter lugar uma luta interessante com a participação dos pilotos da Mercedes GP, Renault e Force India. A primeira não tem conseguido estar à altura dos desafios a que se propôs no início da temporada, enquanto a segunda procura recuperar a competitividade entretanto perdida e recuperar o quarto lugar do campeonato de construtores. A formação de Vijay Mallya, que tem vindo a subir de forma, poderá também imiscuir-se na luta entre estas duas formações, tal como fez no Nürburgring, baralhando um pouco as contas. Também a Sauber deverá estar na discussão pelos pontos, já que o C30 dá-se bem com pistas mais sinuosas.

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