Briatore e Agag podem ficar com estrutura de Enstone se a Renault abandonar a F1

A Renault não garante o fornecimento de motores a outras equipas em 2010, o que pode ser um sinal de que a marca está a equacionar a sua continuidade na F1

A Renault não garantiu na última reunião da FOTA antes do GP de Espanha a sua disponibilidade para continuar a fornecer motores a outras equipas em 2010, levantando dúvidas sobre a continuidade do construtor francês para alem do final deste ano. Por isso a Red Bull já começou a estabelecer contactos com a Mercedes, com vista a uma parceria para o próximo ano.

De Espanha, no entanto, chegam noticias que dão conta da possibilidade de Flávio Briatore e Alejandro Agag ficarem com a estrutura de Enstone, se a Renault decidir mesmo abandonar a F1, situação facilitada pelo facto do italiano ser o proprietário da fábrica que está arrendada à equipa gaulesa.

A Total prefigura-se como principal patrocinador da escudaria, pois a saída da ING está confirmada. Uma solução facilitada pelo facto de, duma maneira ou de outra, os custos de participação no Mundial de 2010 irem ser bastante inferiores aos deste ano, pelo que a petrolífera francesa terá de aumentar pouco a sua contribuição financeira para garantir o título de principal patrocinador da equipa.

Fornecimento de motores

Como a Renault não parece disponível para fornecer motores se não competir com a sua própria equipa, prefiguram-se duas alternativas para Briatore e Agag: a compra do projecto do V8 francês, facilitada pelo congelamento do desenvolvimento dos motores, ou a ligação a outro construtor – muito possivelmente a Ferrari – para ter propulsores para competir.

Em contrapartida, Fernando Alonso não iria ficar num equipa privada, deixando a nova formação a necessitar de pilotos jovens, de preferência com meios para contribuir financeiramente para o seu orçamento.