Advogado de Hamilton “falou ao coração” do Conselho

A reunião do Conselho Mundial da passada quinta-feira foi uma das mais importantes de sempre da Fórmula 1, pois muito do futuro da disciplina “jogou-se” ali. As decisões não foram, obviamente, fáceis, pois o que estava em jogo era realmente importante.

Há quem discorde e pense que as sanções deviam ter sido mais duras, e por outro lado, há quem compreenda que havia a necessidade de salvar ao máximo a face da modalidade.

Como se sabe, vingou esta última tese, e para que se perceba até que ponto se levou a argumentação, atente-se no pedido emocional feito ao conselho por Mark Phillips, advogado de Lewis Hamilton, no sentido de não fazer “pagar” o seu constituinte, por um “crime” que ele não cometeu:

«Lewis Hamilton não fez nada de mal. Ele tem guiado duma forma fantástica, e lidera o campeonato por três pontos (na altura). Se a McLaren for banida da competição, o Lewis Hamilton não poderá competir, e perderá os pontos que brilhantemente ganhou nos últimos meses.»

«Seria um absoluto desastre para a Fórmula 1. O público perderia toda a confiança na modalidade que todos amamos. Seria também um desastre para a Ferrari, pois não acredito que poderiam, honestamente, querer ver a McLaren de fora. Seriam vitória na linha do que sucedeu em Indianapolis 2005. Claro que este pedido se estende ao seu companheiro de equipa, Fernando Alonso.»

«Quando considerarem o que é justo e proporcional, convidamo-los a lembrarem-se que os adeptos querem os pilotos a lutar em pista, e não gostariam que tudo fosse resolvido pelos advogados.»