A corrida da minha vida: Filipe Campos na Baja 500 Portalegre, 2011

Filipe Campos tem uma longa carreira mas nunca esquecerá a sua quinta vitória na Baja de Portalegre, onde andou de faca nos dentes na estreia com o MINI All 4Racing

Os quatro títulos de campeão nacional e a vitória na internacional Baja Aragón, em 2011, são algumas das marcas incontornáveis na extensa carreira de Filipe Campos. Contudo, o piloto do Porto diz que nenhuma prova lhe terá dado tanto gozo como a vitória– tirada a ferros – na emblemática Baja Portalegre 500 de 2011, na estreia ao volante do moderno, na altura, MINI All4 Racing.“Poderia apontar vários motivos para o prazer que senti naquele momento”, refere o consagrado piloto da antiga Yser Racing Team. “O facto de ter sido em Portalegre, uma das provas mais carismáticas do mundo e o local onde me iniciei no todo-o-terreno, em 1987; o facto de aquela ser a 25ª edição; o facto de ser a minha estreia com o MINI; o facto de o carro estar completamente desafinado na parte da manhã – não tivemos tempo para fazer um bom setup antes da prova –; os furos que me obrigaram a ir atrás do prejuízo à tarde, onde andei realmente no máximo…

Enfim, tudo isso em conjunto provocou um grande prazer no final, uma grande emoção.

Além disso, o MINI era um carro fantástico, talvez o melhor carro dessa altura.

Toda aquela tecnologia é bem diferente dos Toyota Land Cruiser que guiei em tempos…e com os quais também me diverti à grande!”

Naquela edição, os dois furos na parte matinal fizeram Campos terminar a primeira secção a oito minutos e meio do líder, o russo Leonid Novistskiy. “A suspensão e a repartição de travagem não estavam nada ao meu gosto, mas eu também estava chateado comigo próprio, por não ter feito melhor. No pouco tempo que tivemos na assistência, a equipa conseguiu melhorar o acerto, e entrei para o troço da tarde completamente ‘de faca nos dentes’.

No final ganhei por cerca de dois minutos ao Hélder (Oliveira), que também fez uma prova fantástica no Nissan Pathfinder. Tenho pena de não ter feito mais provas com o MINI, mas essa vitória valeu quase por um campeonato”, disse Filipe Campos. Com esse triunfo, Campos tornou-se o recordista de vitória da clássica alentejana: cinco, recorde que ainda hoje, doze anos depois, perdura.