MERCEDES C63 AMG S: CONTRA A MONOTONIA

Por a 18 Julho 2016 18:58

Existem maneiras de satisfazer as necessidades de transporte do quotidiano… e depois há a forma AMG, que lhe acrescenta 510 cv na versão ’S’ que conduzimos!

Depois do fabuloso SL 63 AMG, a Mercedes achou que deveríamos igualmente experimentar as sensações ao volante do C 63 AMG, uma proposta mais familiar, e com menos potência (585 contra 510 cv), mas também com outro tipo de utilidade quotidiana. Afinal, as quatro portas e os cinco lugares tornam-no num automóvel mais inclusivo, em que ninguém tem de ficar de fora da brincadeira, ao passo que o descapotável SL, extraordinariamente elegante, está mais talhado para impressionar a namorada, e para longos e solitários passeios pelas marginais deste país.

A versão ’S’ do C 63 AMG da Mercedes é a mais potente que um potencial cliente pode adquirir quando se desloca ao concessionário da marca à procura do seu familiar-médio. Utiliza o mesmo motor de oito cilindros e 4.0 litros de cilindrada do incrível AMG GT, socorrendo-se da injeção direta e de dois turbocompressores para entregar potências que oscilam entre os 476 cv do C63 AMG ‘normal’ e os 510 cv já referidos no ’S’, sendo que o binário também sobe de 650 para 700 Nm quando comparadas as duas versões. Valores impressionantes, sem dúvida, mas com pouco impacto na real percepção de quem os conduz, tendo em conta que os ganhos na aceleração são irrisórios 0,1s (4,1 vs 4,0s dos 0-100 km/h), e que a velocidade máxima está limitada a 250 km/h. A maior diferença está, então, no diferencial autoblocante traseiro: no C 63 é mecânico e no C 63 S controlado eletronicamente.

Como em todos os modelos AMG, o modelo conta com o Dynamic Select, que permite alterar a resposta da direção, motor e caixa de velocidades por intermédio de quatro modos pré-definidos (Controlled Efficiency; Individual; Sport e Sport+), sendo que o ’S’ tem ainda uma variante ‘Race’ que possibilita maiores veleidades na gestão da tração traseira. Incluído de série é também o AMG Ride Control, com três níveis de ajuste eletrónico dos amortecedores, e um ESP com três programas de funcionamento, do mais ‘controlador’ ao mais permissivo.

Esteticamente, as maiores diferenças de um e de outro estão nas jantes e no tamanho das rodas, que no modelo de 476 cv é de 18 polegadas e no ’S’ que ensaiámos é de 19’’, com pneus de 245/35 à frente e 265/35 atrás.

MAIS ÁGIL

Como nas restantes versões do Classe C, a lista, vasta, de equipamento de segurança passiva e ativa também se inclui no AMG, destacando-se sistemas como o Attention Assist, que deteta a fadiga do condutor, e o Collision Prevention Assist Plus, que trava automaticamente o veículo na iminência de uma colisão. Mais leve em 115 kg do que o SL com a mesma designação, o C 63 AMG S revela um comportamento mais ágil, apesar de ser ligeiramente mais comprido. O equilíbrio de proporções (no SL, a frente, demasiado longa, é também mais pesada), em conjunto com o chassis bem calibrado, torna a condução sempre fluída, mas tem também menos cavalos e isso nota-se na fogosidade com que se vão efetuando as passagens de caixa. No entanto, potência bruta sem controlo serve para muito pouco a não ser em linha reta, e é por isso que o familiar-médio da Mercedes parece mais completo, a que se junta obviamente uma maior versatilidade. A transmissão AMG Speedshift MCT de sete velocidades e dupla embraiagem destaca-se pela rapidez e acerto, enquanto a direção elétrica está cada vez mais fidedigna. A experiência sensorial, como em todos os AMG, é excelente, e marcante, em particular quando somos consumidos pelo rugido sonoro que é proferido pelo sistema de escape, e que ganha uma dimensão superior quando selecionados os modos Sport+ e Race. O binário, fabuloso, garante que há força suficiente para nos colocarmos (e sairmos) de qualquer situação, sendo também o que possibilita ao condutor ‘brincar’ com a traseira do carro com o ESP desligado. No plano estético, as enormes jantes raiadas, lábio dianteiro e difusor, e a inscrição ‘V8 biturbo’ das laterais identificam-no imediatamente.

Preço: 131.250€ (versão ensaiada)

Motor 4.0 / 510 cv, gasolina; motor v8, 3982 cm3, inj. direta, turbo, intercooler; binário 700 nm às 1750-4500 rpm; potência 510 cv às 5500-6250 rpm; transmissão traseira, auto. 7 vel.; 0-100 KM/H 4,0s; Consumo 8,2 L/13,2 L/100 Km (AutoSport) Emissões 192 g/km- CO2; Suspensão multibraços com molas helicoidais à frente e atrás; travões DV/DV; Peso 1730 kg; depósito 66 l; Mala 435 l; vel. máx 250 km/h (limitados eletronicamente.)

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
3 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
ernie
ernie
8 anos atrás

“Afinal, cinco portas e o mesmo número de lugares tornam-no num automóvel mais inclusivo”… Cinco portas?! Até pode haver mas não é este pois não?
Já agora, faz algum sentido de comparar um C-Klass (Gama média da AMG) com um SL (Topo de gama AMG)?
Quanto a mim, a comparação só faria algum sentido se fosse CLS e SL, S Cabrio e SL, ou ainda o C com o C Coupé.
Deviam ter-se limitado ao modelo em questão, deixando completamente de fora o SL, assim ficou ridículo.

ernie
ernie
Reply to  andre-bettencourt-rodrigues
8 anos atrás

Caro André Bettencourt Rodrigues, tem razão no facto de partilharem a designação 63, que já teve a ver com a capacidade do motor V8 6.3 atmosférico, e que hoje é dada às versões V8 Biturbo mais potentes, que no C63S é um 4.0, e no SL é um 5.5, pelo que nem o motor é partilhado, já que um tem por base o novissímo bloco 4 litros estreado no GT, e o outro usa o “velho” 5,5 litros, que antes de ser Biturbo, foi Kompressor (SL55), e lá se vai a alegada partilha de motor, mesmo sendo dois V8 Biturbo.… Ler mais »

últimas AUTO+
últimas Autosport
automais
últimas Automais
automais
Ativar notificações? Sim Não, obrigado