Pôr o carro a trabalhar e não saber como arrancar: os seletores na era moderna
A tecnologia tem vindo gradualmente a absorver o mundo automóvel, mas não é preciso chegarmos a um carro de condução autónoma para ficarmos baralhados, confusos ou surpreendidos pela forma como determinadas opções são tomadas. Há coisas bem mais simples que nos podem pôr a pensar. Uma delas pode mesmo ser: como ou onde é que engreno as mudanças?
Pois bem, também já nos aconteceu, isto apesar de experienciarmos muitos carros de marcas e modelos diferentes. A variedade e opções mudam tanto de marca para marca, que ninguém fica imune a querer andar e não conseguir fazer aquilo que corriqueiramente deveria ser óbvio, “meter a primeira” ou, como vai cada vez sendo mais usual, “colocar na posição D”. Tudo isto se deve a hábitos que vamos criando e ao ‘choque’ da mudança dos tempos. É natural por isso que às vezes não saibamos meter as mudanças, mas não se trata de não saber, simplesmente se nunca precisámos ou contactámos com determinada novidade, é natural que a primeira vez crie alguma estranheza.
Vamos por isso perceber por partes algumas opções de posicionamento e formas de utilização dos seletores de velocidade, que variam tanto no seu feitio como na sua beleza.
Posicionamento: Na generalidade dos casos ainda encontramos grande parte dos seletores de velocidades colocados entre os dois bancos dianteiros, junto ao travão de mão, quando há, ou à zona que lhe era destinado. Porém, há casos que não são bem assim. Por exemplo, no BMW i3 94 Ah temos o seletor (que acaba por assumir o papel de uma quase manete de maiores dimensões) acoplado ao próprio volante, do lado direito, e temos de rodar a patilha para a posição que pretendemos. É muito fácil por isso chegarmos ao veículo e olharmos para o seu posicionamento tradicional e não o encontrarmos.
Nos Mercedes, não raras vezes, temos uma pequena manete incorporada no volante, também no lado direito. A um primeiro momento, esta surge tão discreta e subtilmente em volantes e habitáculos geralmente tão equipados em funcionalidades que, para quem não esteja habituado, pode ‘perder-se’ facilmente à sua procura, muito simplesmente, por não se aperceber dela.
Engrenar as mudanças: tendo já o seletor ‘em mãos’, e falamos aqui dos seletores de caixas automáticas, pode surgir a pergunta, como já ouvimos várias vezes: “E agora como é que se faz para pôr a andar?” Não é surpreendente, porque se andamos toda a vida, ou a maior parte dela, com uma caixa manual, o primeiro impacto gera sempre estranheza e, se não nos tivermos informado antes, natural desconhecimento. Por isso, não é surpreendente acabarmos por estar às ‘apalpadelas’ à procura de destravar o carro e seguir viagem.
O P (Travão de Parque) poderá ser desligado carregando num botão junto do próprio seletor, enquanto pressionamos o travão de pé, depois, mediante o tipo seletor, que varia de marca para marca e mesmo dentro da gama de modelos de um próprio fabricante, geralmente temos de pressionar um botão no seletor como que para o ‘destrancar’e podermos então deslocá-lo para a opção pretendida. No caso que falámos, dos Mercedes, através de um simples movimento da manete para cima ou para baixo, retiramos a caixa do P (Travão de Parque) para a opção pretendida.
Terminada a viagem, o processo é o mesmo. Pé no travão, colocar o seletor na posição P e, nos casos em que há, carregar também no botão P (por vezes há as duas opções, no seletor e num botão). Nota para o facto de haver uma generalidade de possibilidades e opções diferentes no mercado, falando-se aqui de situações de cariz mais generalizado, porque há carros que podem ter uma outra particularidade e o processo não ser literalmente assim. Mas, como em tudo, estamos sempre a aprender…
André Duarte
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