MOMENTOS DO ANO: O regresso de Flavio Briatore

Num regresso que acabou por não ser surpreendente, Flavio Briatore voltou à F1. O italiano, cara de um dos episódios mais negros da F1, permitindo a manipulação vergonhosa de uma corrida, manteve sempre a sua influência na F1. O regresso pela porta da Alpine, a mesma estrutura que deixou quando foi acusado de ter sido um dos responsáveis pelo “craschgate”, acabou por surgir com alguma naturalidade. Luca de Meo, CEO da Renault, considerou que precisava da experiência de Briatore e recorreu ao italiano.

Esta mudança surge após um período turbulento para a Alpine, que registou mudanças significativas na estrutura de gestão ao longo do último ano. A equipa enfrentou um declínio na competitividade, caindo do quarto para o sexto lugar entre 2022 e 2023, e ocupava o oitavo lugar entre dez equipas no campeonato após nove corridas desta época.

Desde julho de 2023, a Alpine sofreu uma série de saídas de alto nível, incluindo o antigo ddiretor-executivoLaurent Rossi, o diretor de equipa, o diretor-desportivo, o diretor técnico, chefe de aerodinâmica e diretor de operações. O novo chefe de equipa, Bruno Famin, lidera o esforço de reestruturação, que inclui a contratação do antigo engenheiro da McLaren e da Ferrari, David Sanchez, como diretor técnico executivo.

O regresso de Briatore é controverso, dado como deixou a F1 em 2009, na sequência do escândalo ‘crashgate’, em que o piloto da Renault, Nelson Piquet Jr., se despistou deliberadamente durante o Grande Prémio de Singapura de 2008 sob ordens da equipa, beneficiando o seu colega de equipa Fernando Alonso. Embora Briatore tenha sido inicialmente banido por tempo indeterminado pela FIA, foi anulado por um tribunal francês em 2010. Desde então, manteve-se envolvido na F1 através da gestão da carreira de Alonso.

Com a vasta experiência de Briatore e a recente contratação de David Sanchez, a Alpine pretende recuperar a sua vantagem competitiva e melhorar a sua posição no campeonato.