F1, Balanço da época 2024: Haas
A Haas terminou a época 2024 no sétimo lugar, o melhor resultado desde 2018, depois de uma época que começou com uma liderança nova, que poucos pensariam dar resultados de forma tão rápida.
No final de 2023, foi com alguma surpresa que a notícia da saída de Günther Steiner tinha deixado o comando da Haas, equipa que ajudou a criar, com Gene Haas. Entrava em cena Ayao Komatsu, que deixou o cargo de diretor de engenharia de pista, para assumir o leme da equipa americana, numa fase algo negativa.
Os resultados da Haas desde 2018 não era nada positivos. Depois do quinto lugar em 2018, seguiu-se uma queda na performance e nos resultados que atirou a equipa para os últimos lugares da tabela de forma consecutiva. O investimento da equipa nunca foi impressionante e sempre foi preciso fazer muito com pouco. Steiner fartou-se deste modelo e quis mais dinheiro para a equipa. Não houve acordo com Haas e Steiner saiu para dar lugar a Komatsu.
2024 seria assim um ano de mudança na equipa na estrutura, apesar de manter os pilotos. Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg permaneceram na equipa e esse terá sido um dos pontos principais para a boa temporada da equipa. Especialmente Hülkenberg que conseguiu rubricar uma das melhores épocas da sua carreira na F1. O monolugar era rápido em qualificação, mas em corrida, a menor capacidade para cuidar dos pneus levava a um decréscimo da performance. Mas com a capacidade dos pilotos e as melhorias implementadas ao longo do ano, a Haas foi marcando pontos importantes. Hulkenberg pontuou em 12 corridas e fez 41 pontos enquanto Kevin Magnussen pontuou em apenas seis provas (16 pontos no total).
Foi uma temporada positiva para a Haas, com bons resultados, acima do esperado, e com a entrada da Toyota, como parceira técnica no que pode ser um primeiro passo para um regresso da marca nipónica para a F1 o que, para já, é um cenário pouco provável. Mas com Komatsu aos comandos, a equipa ganhou mais vida, mais competitividade. A mudança na liderança trouxe uma nova visão, uma nova postura que resultou muito bem.
Para 2025, mais mudanças com uma dupla completamente nova: Kevin Magnussen vai regressar ao endurance e dá lugar a Oliver Bearman enquanto Nico Hülkenberg assume o desafio da Audi, deixando Esteban Ocon no seu lugar, vindo da Alpine, que terá ao seu lado Laura Muller. A alemã vai fazer história na Fórmula 1 como a primeira engenheira de corrida, juntando-se à equipa Haas para a temporada de 2025 para trabalhar com o piloto Esteban Ocon. Atualmente engenheira de simulação na Haas, a sua promoção significa um grande passo em direção a uma maior inclusão na Fórmula 1, juntando-se a outras mulheres notáveis como a chefe de estratégia da Red Bull, Hannah Schmitz.
Uma Haas diferente, para melhor, que encara 2025 com mais mudanças. Se por vezes as mudanças trazem instabilidade, no caso da Haas, em 2024 trouxeram um élan positivo. Veremos se as mudanças para próxima temporada também o fazem.
Notas
Haas – Nota 7
Nico Hülkenberg – Nota 8
Kevin Magnussen – Nota 5
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A Haas acabou por ter um amargo de boca no último 1/3 da época, pois embora tenha melhorado o seu desempenho, permitindo tb a Magnussen fazer alguns bons resultados, a Alpine tb melhorou e teve aquele resultado fantástico, mérito dos seus pilotos no Brasil, que acabou por roubar o 6.º lugar que parecia quase certo da Haas. Mesmo assim, uma melhora significativa.