FIA prepara revolução nos Rally2: adeus segmento B, olá ‘novo mundo’…
A 11 de dezembro devem ser conhecidas as regras do Mundial de Ralis para 2027, que vai incluir os Rally1 e Rally2, ficando por se saber ao certo o que está para vir. É praticamente garantido que o chassis tubular introduzido em 2022 vai ficar, resta saber se também agregado aos Rally2 – o que é quase certo – e qual vai ser o caminho dos Rally1.
Quanto aos Rally2, o que está em cima da mesa é uma fórmula que permita construir carros a partir desse chassis tubular também por preparadores que não as marcas automóveis de modo a, com isso, alargar o âmbito de construtores (marcas) que possam vir para a competição sem que com isso tenham de criar estruturas próprias como a Toyota ou a Hyundai e possam usar equipas como a Ford faz com a M-Sport. Como a Subaru fez com a Prodrive, como a Ralliart fez com a Mitsubishi, o que não faltam são exemplos passados. Resta esperar, a 11 de dezembro deve saber-se isso tudo.
Em declarações ao Dirtfish, Richard Millener disse que a M-Sport está à espera da oficialização das decisões para arrancar com o Ford Puma Rally2, o que será um corte com o passado, e a explicação é muito simples.
Os Rally2 até aqui foram todos construídos tendo como base veículos do segmento B, carros como o Peugeot 208, Citroën C3, Ford Fiesta, Skoda Fabia, Hyundai i20, Toyota Yaris, mas o mercado automóvel e consequentemente os fabricantes estão a ‘fugir’ desse segmento porque cada vez mais os mercados ‘pedem’ crossovers, pequenos SUV ou mesmo SUV, e por isso não faz sentido estar a gastar rios de dinheiro nos ralis fazendo marketing de carros que cada vez menos têm paralelo no que mais vende a indústria, e por isso a FIA procura regras para os Rally2 que permitam aos construtores acompanhar o que o mercado automóvel ‘pede’…
O Ford Puma Rally1 foi o primeiro RC1 a ser construído tendo como base um SUV crossover subcompacto, ainda do segmento B, mas já não os pequenos utilitários, mas sim a ‘atirar’ para os crossover. E é isto que os fabricantes querem e a FIA deve seguir, a forma como o vai fazer é que ainda se está para ver…
Por exemplo a Ford, como se sabe, cessou a produção do Fiesta e continua a correr com um carro que não ‘existe’ na sua gama, daí a necessidade do Puma se tornar um Rally2: “Um Ford Puma Rally2 é o nosso objetivo”, disse Richard Millener, diretor da equipa M-Sport, ao DirtFish. “Na sua forma atual [como carro de produção], a altura e o peso do carro seriam proibitivos para o Rally2. A única forma de isto funcionar é com um chassis tubular ao estilo do Rally1.”
Millener diz que a mudança para espelhar a célula de segurança dos Rally1 representa o caminho mais sensato a seguir: “construir um chassis com sub-frame (chassis tubular) e aparafusar-lhe painéis à escala é uma excelente forma de preparar a categoria para o futuro. Se garantirmos essas regras durante, digamos, 10 anos, isso ajudará a baixar o preço do chassis através duma produção em maior escala e de economias de escala durante esse período.”
Tem toda a razão, Millener, e esta pode ser a solução para os ralis. Recuando no tempo, os grupo A tiveram sucesso porque não eram só os construtores a poderem ‘fazê-los’ mas também preparadores um pouco por todo o lado, o que hoje em dia não sucede com os Rally2, muito menos com os Rally1.
Só as marcas ‘fazem’ os Rally2, quanto muito, os preparadores montam os kits, mas a base vem quase montada da fábrica, e a ideia da FIA é abrir a possibilidade de mais preparadores poderem montar os novos Rally2, havendo muito mais peças ‘normalizadas’, que são adquiridas na marca ou mesmo OEM e os melhores preparadores passam a ter a hipótese de construir carros como kits.
Portanto, é muito importante esta nova regulamentação dos Rally2, de modo a perceber que possibilidades se poderão abrir. Resta aguardar pelo detalhe e perceber o que aí pode vir…
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