F1: Mercedes explica porque foi multada no GP de São Paulo

Por a 8 Novembro 2024 16:50

A Mercedes recebeu uma multa de 10.000 euros no GP de São Paulo devido a uma infração ao procedimento de ajuste da pressão dos pneus na grelha de partida, motivada por um calendário apertado após uma partida abortada. A pressão dos pneus de ambos os carros foi ajustada na grelha (com os pneus montados), o que é contra as regras. Mas tal aconteceu devido à falta de tempo no arranque caótico da corrida, entre o arranque abortado e o arranque definitivo da prova.

Andrew Shovlin, diretor de engenharia da Mercedes na pista, explicou que a Mercedes enfrentou problemas de tempo, especialmente devido à disposição das boxes em Interlagos, que exigiu um longo percurso para levar os pneus aos carros. O conjunto específico de pneus que escolheram também ainda não tinha sido calibrado para a pressão de corrida, o que aumentou a complexidade.

Embora a Mercedes tenha conseguido montar os pneus dentro do período de cinco minutos exigido, não teve tempo para as verificações finais da FIA, embora as pressões estivessem corretas. Os comissários de pista reconheceram as circunstâncias invulgares e impuseram apenas uma penalização financeira, observando que não houve qualquer ganho desportivo e que a conformidade com os regulamentos de pressão foi mantida.

“O problema foi que, quando recebemos a mensagem para o recomeço, foi diretamente para os 10 minutos que faltavam”, disse ele. “Os pneus devem ser colocados no carro a cinco minutos do final. Isso significava que tínhamos apenas alguns minutos para levar os pneus para o carro, colocá-los no carro e verificá-los pela FIA. Não deu certo”.

“No Brasil, a disposição das boxes é invulgar. É preciso descer para a entrada da via das boxes ou ir para um portão muito mais acima. Mas com a posição da nossa garagem, tivemos que percorrer um longo caminho para chegar ao carro.”

“Depois, a complicação adicional foi que o conjunto que pedimos, não tinha sido sangrado até as pressões de corrida naquele momento”, observou ele. “Os engenheiros pedem pressões diferentes para os pneus. Os técnicos de pneus andam de um lado para o outro a tentar garantir que todos os conjuntos estão prontos. Estes conjuntos não estavam prontos. Assim que chegamos ao carro, estávamos perto do limite de cinco minutos [os carros devem ter os pneus montados, cinco minutos antes do arranque], que é uma penalização grave se não o fizermos. Tivemos então de os colocar no carro. Depois começámos a sangrá-los, mas ficámos sem tempo. Mas a penalização deveu-se ao facto de não termos tido tempo para fazer as verificações da FIA. Eles ficaram satisfeitos por os pneus estarem com a pressão correta. Simplesmente porque o controlador não estava lá a supervisionar a sangria antes de os colocar no carro. Foi por isso que fomos chamados aos comissários de pista”.

“A sanção foi uma multa de 5.000 euros por carro. Portanto, 10.000 euros no total. Mas eles aceitaram que não havia qualquer ganho desportivo e que estávamos a cumprir todos os regulamentos relativos à pressão dos pneus. A multa só foi aplicada por uma questão processual, com a agravante de não ter havido tempo para os colocar lá e fazer as verificações antes de serem montados”.

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