WRC: Ott Tanak vence Rali da Europa Central

Por a 20 Outubro 2024 13:31

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai i20 N Rally1 Hybrid) vencem pela segunda vez este ano e com o terceiro lugar de Thierry Neuville, o campeonato decide-se apenas no Rali do Japão.

Esta é a quinta vitória do ano para a Hyundai, face às sete da Toyota, numa prova em que a Toyota esteve perto de se aproximar bem mais da Hyundai nos Construtores, mas o erro de Sébastien Ogier, com nova saída de estrada – desta vez uma bem forte – levou-o ao abandono e com isso os pontos para a equipa.

Para o estónio, um triunfo que surge numa prova q.b., sempre a queixar-se muito da afinação do carro, que espelha bem o que tem sido o seu ano em que nunca deslumbrou, mas esteve muitas vezes num nível alto que lhe valeram duas vitórias e mais quatro pódios. Obteve a sua 21ª vitória da carreira. “Vamos ver para o campeonato”, disse o campeão do WRC de 2019, Tänak que ainda pode ser campeão, pois tal como vimos nesta prova, nos ralis qualquer coisa pode suceder a qualquer momento.

Quanto aos pontos, Evans somou 24, mais dois que o vencedor do rali, com Neuville a somar 18, o que deixa o campeonato em aberto.

Neuville soma agora 222 pontos, mais 26 que Ott Tanak, portanto, muito perto de garantir o título se tiver ‘juízo’ no Rali do Japão. Elfyn Evans (179) e Sébastien Ogier (166) deixaram de ter hipóteses de ser campeões.

Nos Construtores, a Hyundai vai para a última prova com 21 pontos de avanço para a Toyota, que tem pela frente uma tarefa muito difícil.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) são segundos pela quinta vez este ano, terminando a 7.0s dos vencedores, numa época pobre, em que tinha uma excelente oportunidade de conseguir o título que esteve perto de vencer duas vezes nos últimos anos. No primeiro dia Evans estava num quarto em que apenas 15,1 segundos os separava, com Elfyn Evans a terminar em quarto, a 7,3 segundos de Tänak. Após a PEC11 estava a 8.1s de Ogier, mas com a luta acirrada À sua frente entre Ogier e Tanak, cedeu tempo. Tentou reagir no domingo, ficou a 7.2s de Tanak mas voltou a perder tempo e quando Ogier se despistou teve que garantir pontos para a Toyota: “é difícil estar totalmente feliz depois de um fim de semana como este. Alguns bons momentos, não foi um mau fim de semana no geral. Não fomos tão rápidos esta manhã, mas agora voltámos a ser bastante rápidos.”.

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1 Hybrid) terminaram em terceiro e ficaram longe do objetivo. Na 6ª feira tudo corria a contento, ao terminar o dia na liderança, chegou ao final da etapa com uma vantagem de 6,4 segundos sobre Ogier e 7,8 segundos sobre o seu companheiro de equipa Ott Tänak, terceiro classificado, mas no sábado as celebrações do eventual título ficaram em suspenso depois de uma queda do primeiro para o quarto lugar pois sofreu dois incidentes ‘fora de estrada’ no espaço de um minuto. Assim que recuperou do primeiro despiste durante a especial alemã-austríaca de Beyond Borders, Neuville deu por si a cair novamente na relva. O segundo despiste revelou-se particularmente ‘dispendioso’, pois o belga teve dificuldades em retirar o seu Hyundai i20 N Rally1 Hybrid de uma vala de cimento e perdeu quase 40 segundos. A partir daí foi levar o carro até ao fim e esperar pelo Rali do Japão: “Não ajuda muito dizer que podíamos ter o título, foi uma prova difícil, estivemos no ritmo depois de sexta-feira. Aconteceu um erro, tivemos de gerir a nossa corrida, queríamos trazê-lo para casa, mas não era para ser este fim de semana. O Japão está a chegar e estou ansioso por isso”, disse.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR YARIS Rally1 Hybrid) foram quartos, ao fim ao cabo o seu segundo melhor resultado da época depois do segundo lugar no Quénia, o que não abona muito a favor do japonês, que está a marcar passo há muito tempo ao ponto da equipa o ter deixado de fora do Chile. Se a equipa não fosse a Toyota, já estava fora dos Rally1 há algum tempo. É bom piloto, mas dá a ideia que já não passa dali. No final do 2º dia estava 52,0 segundos atrás de Neuville, em quinto, sofreu uma penalização de 16 segundos por ter excedido a velocidade alvo numa área de chicane virtual. Ainda venceu um troço e foi 2º noutro, mas tem demasiados altos e baixos.

Katsuta foi também o piloto mais rápido no último dia, incluindo a Power Stage, garantindo um final tenso no Japão, onde, pela primeira vez desde 2021, os títulos de pilotos e fabricantes serão decididos na última prova.

Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) quase passa despercebido, consegue a ‘proeza’ de estar no campeonato atrás de Mikkelsen que fez menos oito provas. Não tem vida para os Rally1, isso já se percebeu há muito. Tem um fogacho aqui e ali, mas globalmente dá a sensação que pouco ou nada evouiu de um ano para o outro. É verdade que as condições ‘mutáveis deste rali não convidavam a grandes feitos, mas não tem capacidade de arriscar o mínimo exigível. Ainda assim, Grégoire Munster, com o quinto posto igualou o melhor resultado da sua carreira.

Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) desitiram devido a acidente. Depois da sua vitória na finlândia foram convidados a fazer as últimas quatro provas, mas mais valia terem ficado em casa, pois foram 16º na Grécia, 36º no Chile, e abandonaram por despiste em ‘casa’. Se as coisas he têm corrido de forma normal, era campeão, mas olhando para a sua carreira, três provas seguidas assim, nunca teve…

No primeiro dia “não foi suficientemente rápido” e terminou-o atrás de Neuville. No sábado, voltou à liderança pela primeira vez desde a manhã de sexta-feira, mas com Tänak no seu encalço, chegou a perder a liderança para o estónio após a primeira especial do dia, mas terminou-o 5,2 segundos na frente de Tanak. No domingo, bateu forte e desistiu.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid) teve um rali dececionante, abandonou após a PEC10 com um problema no diferencial dianteiro que comprometeu o comportamento do seu carro, levando a duas saídas de estrada. Voltou no domingo, mas já nada de especial conseguiu fazer.

Andreas Mikkelsen/Torstein Eriksen (Hyundai i20 N Rally1 Hybrid) teve mais um fim de semana mau, andou mal e para piorar ainda bateu forte com o seu i20 N na PEC5. Mais um rali para esquecer…

Sami Pajari/Enni Mälkönen (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) teve um problema com o sistema híbrido que afetou ligeiramente a sua primeira prova com o Toyota Rally1 em asfalto, sobreviveu, até se despistar forte no segundo dia, terminando ali a sua prova. É verdade que a prova era difícil, mas tinha que a cumprir até ao fim sem o acidente que teve. Aprendeu da pior forma e ‘roubou’ a si próprio experiência.

Do WRC2 falaremos noutro lado…

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2 Comentários
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hellrun
hellrun
20 horas atrás

Tom muito amargo nesta crónica. Parece que foi tudo mau, e que estiveram todos mal, e todos falharam os seus objectivos. Dificil de entender. Ou talvez não. Nota 1: Não ha ninguém hoje a queixar-se do segundo classificado ter levado mais pontos que o primeiro? Levou e levou bem, porque nesta logica de “três ralis em um” (são as regras actuais, e iguais para todos desde o inicio do campeonato), globalmente o Evans esteve mais rapido que o Tanak, nessas três “provas”, separadamente. Nota 2: Quando um comentador televisivo, perante o despiste de um concorrente (despiste igual a tantos outros… Ler mais »

serrote
serrote
Reply to  hellrun
18 horas atrás

…Neuville andou 11 classificativas à frente do rallye e portanto de Ogier (da 5ª à 11ª). Depois foi o despiste e não podia arriscar mais ao ponto de um possível abandono. Cumpriu.
Ogier quando comete o erro tentava recuperar a posição a Tanak,que estava à sua frente, preocupando-se apenas em tentar ganhar o rallye para continuar a sonhar com o “seu” campeonato porque como sempre que se lixe quem lhe paga o ordenado ao fim do mês.
Ps. Os meus pêsames aos comentadores da Sportv que quando ganha um Hyundai fazem luto prolongado.

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