F1: Renault confirma fim de construção de motores
A possibilidade acabou por ser confirmar. A Renault irá deixar de fabricar motores para a F1 e a unidade de Viry-Châtillon irá focar-se noutros projetos.
A Renault confirmou o fim do seu programa de F1 em Viry-Châtillon, pondo fim ao seu papel de construtor de motores após uma presença quase ininterrupta desde 1977. O Comité Social Económico (CSE) opôs-se à decisão, mas isso não impedirá que o motor Renault-Alpine seja descontinuado até 2026. Segundo a publicação francesa L’Équipe, partir dessa data, os carros da Alpine utilizarão motores Mercedes. Esta decisão marca o fim de uma era para a Renault na F1, depois de ter conquistado 12 títulos como fabricante de motores e 11 títulos de pilotos. Assim, os motores Renault irão manter-se em pista até ao fim da época 2025.
O pessoal de Viry-Châtillon deverá ser encaminhado para outras atividades desportivas, nomeadamente o WEC (com a Alpine) e o Dakar (com a Dacia) e outros deverão ser alocados a projetos dentro da própria marca. Mas o mais provável e ver os melhores engenheiros deixar a estrutura e tentar o seu lugar noutras equipas.
A Renault entrou na F1 em 1977 com um motor turbo de 1,5 litros pioneiro, distinguindo-se dos rivais que utilizavam motores maiores e naturalmente aspirados. Apesar de não ter ganho um campeonato inicialmente, a tecnologia turbo da Renault acabou por levar à conquista de títulos no espaço de cinco anos. Abandonou o papel de construtor em 1985, regressou em 1989 como fornecedor de motores à Williams, com os saudosos V10 que dominaram a F1 de 1992 a 1997. A Renault regressou como construtor em 2002, conquistando dois títulos consecutivos em 2006, mas retirou-se novamente em 2009 após o escândalo “Crashgate”. Continuou a fornecer motores à Red Bull, ganhando quatro campeonatos antes de se separar em 2019 devido a dificuldades com as unidades de potência híbridas. Seguiu-se o regresso como construtor que não foi bem-sucedido. Muitas decisões erradas, falta de rumo, lutas internas motivadas por egos e uma gritante falta de estabilidade levaram o projeto Renault / Alpine ao ponto da própria casa-mãe não querer construir os próprios motores. Uma decisão que se lamenta, mas que faz parte do novo (mais um) plano para a Alpine, agora com Flavio Briatore ao leme das operações.
“As atividades de Fórmula 1 em Viry, excluindo o desenvolvimento de um novo motor, continuarão até ao final da época de 2025” pode ler-se no comunicado da Renault. “Na sequência do processo de consulta e diálogo com os representantes dos trabalhadores em Viry-Châtillon, a Alpine decidiu criar uma unidade de acompanhamento da F1. Esta unidade terá como objetivo manter os conhecimentos e as competências dos trabalhadores neste desporto e permanecer na vanguarda da inovação dos diferentes projectos da Hypertech Alpine.”
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É coerente, os Mercedes Classe A já tinham motores mercedes, chegou a altura de esta dar também o seu contributo. Alpine powered by Mercedes…
Tirando a ironia à parte é triste a Renault abandonar a produção de motores depois de um tão grande palmarés e também reconhecer que não tem capacidade de construir motores competitivos, não fic abem na fotografia
Querias dizer Motores Renault.
Exacto, não consegui editar 🙂
Não entendo como a casa mãe admite carros renault com motores doutro fabricante. Não agrega, não adiciona, está a mais na F1 vendam a equipa.
😡😡😡 que vergonha, o mais bem sucedido fornecedor de motores dos últimos 50 anos, revolucionário em muitas tecnologias, abandonar a F1. Sinto-me verdadeiramente órtão.😥😥😥
Nesse top 1 estou indeciso entre a Renault e a Honda.
Honda!
Isso é uma resposta de coração, não de factos. Desde que entrou a Renault ganhou 12 campeonatos de construtores, a Honda 5. A Renault lançou coisas como o turbo, válvulas pneumáticas, pré-ignição, ‘blown-diffuser’, a Honda sempre foi mais competente que revolucionária.
A Honda é dos melhores construtores de motores do mundo! Em terra, Água e por ultimo no Ar.
Vou armar-me em Zandinga: A equipa Alpine será vendida à Hitech durante o próximo ano, para entrar como Hitech-Mercedes em 2026. Não veremos o nome Alpine-Mercedes na grelha.
Não é querer ser Zandinga, mas tb espero que não, detestaria ver um Alpine/Mercedes, um atentado ao histórico da marca.
O dia triste para a fórmula1 e para a Renault. Valia mais terem vendido a Andretti a equipa e escusavam passar por esta vergonha.
“Na sequência do processo de consulta e diálogo com os representantes dos trabalhadores em Viry-Châtillon, a Alpine decidiu criar uma unidade de acompanhamento da F1. Esta unidade terá como objetivo manter os conhecimentos e as competências dos trabalhadores neste desporto e permanecer na vanguarda da inovação…” Até os trabalhadores do Grupo Renault sabem como funciona a marca na F1 e exigiram manter algo relacionado porque sabem que a gestão de topo tanto diz uma coisa hoje como o seu contrário amanhã. Assim tentam manter as competências para daqui a poucos anos poderem ser usadas de novo quando a estratégia voltar… Ler mais »
Tocou num ponto importante. A Renault sempre foi uma marca ligada às corridas, nao só F1, com troféus como clios e megane e fórmula renault, mas os lideres dos últimos anos mudam o rumo da empresa constantemente, tal como os políticos do nosso país, não há um desígnio, um rumo, e depois dá nisto..
Alpine e Renault deram dois tiros nos pés, ao pararem com a produção de motores Renault, este rótulo que passam ao mundo de incompetência em produzir um motor no desporto máximo motorizado!
Vamos esperar mais um tempo porque é bem possível que o próximo passo seja a venda da equipa de F1.
É uma péssima imagem para a marca Renault, um anuncio de uma retirada da F1 e venda da equipa, acredito que era menos grave para a imagem da marca Renault.
Devo comprar um automóvel da Renault? Também vão montar motores Mercedes nos automóveis? Se a Renault não tem competência para fazer motores mais vale comprar um automóvel doutra marca. Esta é uma decisão que lesa a imagem da Renault como fabricante de automóveis, mais valia terem vendido tudo o que tinham à Andretti Cadillac, inclusive os direitos do motor actual, podia permitir à Cadillac entrar em 2026.
E pode ser uma realidade a venda da equipa a Andretti.
So para avivar a memoria da malta Falando em motores só Ferrari 16, mais 4 da era que nao contavam os construtores, pre 58 Renault 12 Mercedes 10, mais 2 pre 58 Ford Coswort 10 Honda 6 ou 8 se contabilizarmos o Honda RBPT de 23 e o RBPT de 22 Climax 4 Repco 2 TAG 2, Porsche renomeados Vanwall 1 BRM 1 Honda RBPT 1 em 23 e considerando a parte dos titulos da Honda devido a renomeação RBPT e o mesmo se deve vir a suceder com a Ford RBPT vs Ford Coswort RBPT 1 em 22 que… Ler mais »
A BMW teve um destino semelhante e nem por isso a imagem ficou beliscada.
Na verdade a fórmula 1 deixou de ser um desporto genuíno para se equiparar ao WWF.
Aconselho vivamente a leitura deste artigo de João Pedro Marques, no Observador:
https://observador.pt/opiniao/o-clube-dos-pilotos-mortos/